Sem contrato para 2016, Magnussen lamenta: “A McLaren não precisa de mim, mas eu preciso dela”

A McLaren deve manter a experiente dupla formada por Jenson Button e Fernando Alonso para 2016. Enquanto isso, Kevin Magnussen se resigna por não ter perspectivas e voltar à F1 como titular: “Não tenho contrato para o ano que vem, não tenho nada”

Kevin Magnussen se mostrou desiludido quanto com a falta de perspectiva na F1. Depois de um ano de estreia considerado positivo pela McLaren em 2014, o dinamarquês foi rebaixado ao posto de reserva, já que a equipe de Woking trouxe de volta Fernando Alonso, incumbido de liderar o projeto de reconstrução do time nesta nova parceria com a Honda. A McLaren deve seguir para 2016 com a dupla formada por Alonso e Jenson Button, enquanto Magnussen está à deriva e sem contrato para o ano que vem.

O jovem piloto de 22 anos, que terminou a temporada passada em 11º, com 55 pontos e o pódio conquistado na primeira corrida daquele ano, na Austrália, voltou a Melbourne para substituir Alonso, lesionado em um acidente nos testes da pré-temporada em Barcelona. Kevin, no fim das contas, acabou não correndo, já que o MP4-30 apresentou uma pane na sua volta de saída dos boxes para o grid.

Kevin Magnussen não escondeu que está desiludido com seu momento atual na carreira (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)

Depois de uma breve experiência em 2015, Magnussen não escondeu o enfado por se ver subutilizado na equipe. “Basicamente, odiava tudo. Não me rendi, mas estava muito triste e não me preocupava com as corridas. Estava muito feliz correndo e pensava que o faria novamente [em 2015], mas no começo eu só me lamentava”, declarou o piloto em entrevista ao jornalista Nigel Roebuck.

“Depois de tanto tempo vivendo corrida após corrida e, de repente, não estou nelas e sem esperanças para o futuro. Não tenho contrato para o ano que vem, não tenho nada”, lamentou.

Entre os jovens pilotos forjados na McLaren, destacam-se, além do próprio Magnussen, outros dois bons valores. Stoffel Vandoorne, talentoso belga que lidera a GP2, admitiu recentemente que não tem vaga garantida na F1 no ano que vem mesmo se for campeão da categoria de acesso. Outro nome é o do holandês Nyck de Vries, campeão da F-Renault Europeia ano passado e atualmente na World Series como piloto da Dams.

Ron Dennis, diretor-executivo da McLaren, recentemente esteve na Dinamarca para lutar por patrocínios ao jovem Kevin. A postura do chefão de Woking reflete, na visão do piloto, a confiança no seu talento. “Dissemos que não era só para mim, que eles também precisavam. Também era pela Dinamarca, porque se puder vencer na F1, poderia colocar o país no mapa”, afirmou.

“Ron demonstrou que ainda confia em mim. A McLaren não precisa de mim, eles são geniais sem mim, mas eu preciso deles, e Ron não fez isso porque sou bonzinho, mas sim porque ele acha que pode me ajudar”, falou Magnussen em entrevista à revista ‘Motor Sport’.

No entanto, uma série de acontecimentos no começo do ano atrapalhou sua programação na captação de patrocínios para mantê-lo na F1. “Tive de fazer o teste em Barcelona e logo depois a corrida na Austrália, de modo que era bem tarde para tal. Só tivemos algumas semanas para buscar patrocinadores e perdemos tempo quando estávamos testando e correndo pela McLaren”, lastimou.

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