Singapura passa por uma grande investigação de corrupção. S. Iswaran, agora ex-Ministro de Transportes do país, é acusado de aceitar suborno do bilionário malaio Ong Beng Seng num valor estimado de US$ 119 mil — R$ 5,86 milhões, na cotação atual — para beneficiar interesses comerciais. Seng é um magnata da hotelaria — dono da rede Hotel Properties — e responsável por levar a Fórmula 1 ao país. Iswaran renunciou ao cargo de ministro, foi solto sob fiança e aguarda julgamento. Ele se declarou inocente.
No entanto, apesar do escândalo num país que se orgulha por não ter corrupção, o Ministério do Comércio e Indústria de Singapura declarou na última quinta-feira (18) que não há a intenção de, por ora, encerrar o contrato com a Fórmula 1. O acordo para receber a categoria é até 2028.
“Os termos de todos os acordos foram considerados cuidadosamente pelo governo. Houve um estudo de consultoria independente. Não há nada que sugira até agora que os contratos da F1 ou outros contratos tenham sido estruturados em desvantagem do governo”, afirmou.
“Todos os preparativos para o GP de Singapura de 2024, programado para 20 a 22 de setembro, estão no caminho certo”, seguiu.
A movimentação é grande no país. 550 mil viajam para assistir à F1 em Singapura. A receita turística, de acordo com o governo, é de US$ 1,5 milhão —R$ 7,39 milhões.
“O GP de Singapura de F1 também elevou a reputação de Singapura como um nó vibrante da Ásia Global. Além do setor do turismo, a corrida também beneficiou muitas empresas de Singapura que estão envolvidas em diferentes aspectos da corrida, por exemplo, em logística, transporte, construção e serviços de engenharia”, encerrou.
A Fórmula 1 retorna às pistas de 21 a 23 de fevereiro, com os testes coletivos da pré-temporada no Bahrein, no circuito de Sakhir.
