Symonds fala que Williams deixou afobação de lado, melhorou comunicação e diz ter sorte por contar com Massa e Bottas

Diretor-técnico da Williams, Pat Symonds disse que reerguer a Williams não está sendo tão complicado como ele pensou em um primeiro momento e destacou como o trabalho de reconstrução em Grove deve ser encarado passo a passo

A missão de levar a Williams de volta ao topo da F1 não está sendo tão complicada como Pat Symonds pensou ao ser convidado para trabalhar no time em meados de 2013. O diretor-técnico contou que teve uma boa primeira impressão da equipe de Grove e se mostrou mais uma vez satisfeito com o processo de reconstrução que, no seu entender, está sendo até melhor que o esperado.

Symonds destacou que, desde a sua chegada, precisou trabalhar para aprimorar dois aspectos em especial: a afobação e a comunicação do time.

O engenheiro mencionou que tudo começou com a 'Fase 1’, que consistiu na reestruturação da cúpula — a sua chegada e as nomeações de Claire Williams como chefe-adjunta e Mike O’Driscoll como diretor-executivo, além da contratação de Rob Smedley, que só pôde iniciar os trabalhos em abril. Então começou efetivamente o trabalho no desempenho.

Pat Symonds chegou à Williams em 2013 (Foto: Getty Images)

“”Vi várias coisas nos processos que estavam sendo realizados que não eram efetivas. Havia certa afobação, o que foi algo que ataquei. Eu estabeleci o que era necessário e comecei a colocar no lugar. Olhei para os processos. E então tentei focar o pessoal na performance. Não tínhamos isso: cada departamento estava fazendo isso individualmente, mas todos estavam em silos e não havia comunicação”, afirmou em entrevista ao site oficial da F1.

“Nunca é apenas uma pessoa: o que isso tudo mostra é que havia qualidade lá, apenas era preciso direcionar para transformar essa qualidade em desempenho”, elogiou.

“Obviamente, eu sabia onde queria o time, e ainda sei onde quero chegar: muito à frente de onde estamos agora. Mas o progresso inicial está muito melhor do que o esperado”, comentou o britânico.

Symonds destacou que a mudança para o motor Mercedes foi fundamental, mas lembrou que o problema não era exatamente o propulsor, já que o time contava com as unidades de força V8 da Renault em 2013, que ganharam cinco dos oito títulos disputados durante a última era.

O diretor-técnico afirmou que o péssimo ano de 2013 da Williams se deu principalmente por causa do difusor-soprado do FW35, que era horrível, e admitiu que o cenário poderia não ser tão bom em 2014 caso o artifício não tivesse sido proibido.

Finalmente, falou sobre os pilotos — e rasgou elogios. “De todos esses anos que eu estive na F1, de todos os grandes pilotos com quem trabalhei, eu acho que tenho sorte neste ano de ter dois caras que se dão bem, que abordam o trabalho com inteligência e diligência, que são muito rápidos e entendem o que estão tentando fazer como um time”, falou Symonds.

“Eles são muito bons ao levar o time para a frente, e essa provavelmente é a principal razão pela qual estou tão feliz. O time está passando por uma mudança, e os pilotos são grande parte disso. No final, está nos ajudando”, completou.

Depois de 11 corridas, a Williams foi ao pódio três vezes e ocupa a quarta posição no Mundial de Construtores. O time perdeu muitos pontos nas primeiras provas, mas conseguiu se recuperar nas últimas corridas e agora já sonha até com o vice.

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