“Tinha mais ritmo”: Leclerc confirma ordem da Ferrari para não ultrapassar Vettel no fim do GP da Austrália

A forte pré-temporada feita pela Ferrari em Barcelona caiu por terra depois de um fim de semana bem abaixo da crítica no GP da Austrália. Atrás da Mercedes em todos os treinos livres e na sessão classificatória, Sebastian Vettel e Charles Leclerc tiveram uma jornada discreta também neste domingo (17). Os dois foram superados por Max Verstappen, que foi ao pódio com a Red Bull. Pior, a Ferrari teve de lançar mão de ordem de equipe para impedir que Leclerc, com melhor performance dos pneus nas voltas finais, fizesse a ultrapassagem sobre Vettel, que terminou em quarto, seguido pelo monegasco.

 

Ao fim da prova, o jovem piloto, que fez sua primeira corrida pela Ferrari neste domingo, confirmou que teve de obedecer à ordem emitida pela equipe chefiada por Mattia Binotto e se segurou na quinta colocação.

 

“Tinha mais ritmo, mas a equipe nos pediu para guardarmos as posições. Tínhamos mais a perder do que a ganhar, de modo que não reclamo”, disse Leclerc durante entrevista coletiva.

Resignado, o monegasco lamentou o resultado obtido pela Ferrari, mas lembrou as características singulares do circuito Albert Park e deixou claro que não há motivos para se desesperar no momento.

 

“Não foi a melhor corrida [terminar em] quarto e quinto. Esperávamos mais. Por outro lado, a Austrália é uma pista muito peculiar e não há razão para entrar em pânico agora”, comentou.

 

Por outro lado, Leclerc entende que a Ferrari precisa reagir depois de um forte início de temporada da rival prateada. “Precisamos trabalhar porque a Mercedes parece muito forte agora. Acho que nós estamos mais próximos do que mostrou esta corrida”.

 

Questionado sobre a largada, quando quase se chocou com Vettel, Leclerc defendeu sua trajetória e disse que o tetracampeão não viu a aproximação do carro #16. “Quanto à corrida, a largada foi muito boa e acho que Seb não me viu. Então perdi as posições para Seb e Max”.

 

Quanto a Vettel, ao ser questionado sobre a falta de ritmo no fim da corrida, o tetracampeão culpou a performance dos pneus médios. “Não fomos suficientemente rápidos. Os pneus ficaram destruídos no fim. Não tive aderência nas últimas 20 ou 30 voltas. O segundo stint não foi nada bom, não sei muito bem o que aconteceu”.

 

O alemão entende que não tinha como segurar Verstappen e teve de resistir para terminar em quarto no fim da prova, com a ajuda providencial da Ferrari no pit-wall. “Max vinha muito mais rápido, e não tinha ritmo, de modo que não pude lutar no fim da corrida, simplesmente queria chegar à bandeirada”, concluiu.