Não só os pilotos falam sobre a saúde mental no esporte, os chefes de equipe também abordam o assunto. Um deles é Toto Wolff, da Mercedes, que revelou ao jornal Sunday Times suas mais de “500 horas de sessão de terapia” desde seu início na categoria, em 2004. Ele também relata a importância das consultas, dizendo que “algumas das pessoas mais bem-sucedidas são muito, muito sensíveis, o que significa que são muito, muito vulneráveis”.
Rival dentro e fora das pistas, Christian Horner, chefe da Red Bull, deixou as intrigas de lado para apoiar o austríaco. Horner elogiou a honestidade de Wolff, e ressaltou a importância em abordar o tema, sobretudo num esporte de alto rendimento como é a Fórmula 1.
“Acho que poder falar sobre isso é uma coisa positiva. Dou todo apoio a Toto por ter a coragem de falar sobre seus próprios problemas pessoais”, disse ele, antes da corrida no GP do Bahrein. “É algo que está muito mais em foco nos dias de hoje, e acho estamos cientes e procuramos ser proativos”, acrescentou.
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“Tenho sorte de não ter problemas pessoais, mas amigos que conheço sofreram com problemas de saúde mental. Então, é claro, é um tópico importante e acho que é muito bom destacar”, seguiu.
Lewis Hamilton é um porta-voz de causas sociais e também das várias questões em torno da F1. Após o GP de Abu Dhabi de 2021, como exemplo, o heptacampeão mundial se afastou das redes sociais. Embora saiba que podem ser muito positivas, ele entende que a internet também tem seus defeitos.
“Acho que [minha ausência nas redes sociais] foi para separar as coisas, tirar o sete vezes campeão mundial como piloto de corrida e voltar para o ser humano realmente”, disse Hamilton, em entrevista à emissora britânica Sky Sports.
“Sou igual a todos, sou sensível e minhas emoções oscilam, é uma montanha-russa de emoções neste esporte, assim como a vida é. Precisei me desconectar das redes sociais, que podem ser uma ferramenta poderosa e ótima para acompanhar amigos e notícias, mas também podem ser complicadas”, concluiu.