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Fórmula 1

Verstappen nega frustração, mas diz: “90 por cento do grid venceria” com carro da Mercedes

Max Verstappen se vê “no meio do nada” atrás da dupla da Mercedes e bem à frente das demais forças do grid. E mesmo que diga que não esteja frustrado com o domínio da equipe heptacampeã do mundo, o holandês tenta focar no que é possível fazer para que a Red Bull volte ao topo da Fórmula 1

Em equipes diferentes, Hamilton e Verstappen são parceiros de pódios (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

Em equipes diferentes, Hamilton e Verstappen são parceiros de pódios (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

 

A primeira vitória de Max Verstappen na Fórmula 1 foi logo na sua estreia com a Red Bull, em maio de 2016, quando o holandês fez história ao triunfar no GP da Espanha. Desde então, o prodígio despontou como campeão do mundo em potencial. Só que, desde então, a Mercedes reforçou seu período de dominância no esporte e segue enfileirando vitórias e títulos. Já são sete do Mundial de Construtores, e a equipe de Brackley está perto de celebrar o hepta de Lewis Hamilton no Mundial de Pilotos. Para Max, hoje muito mais experiente e maduro, mas com apenas 23 anos, resta somente esperar pela oportunidade de chegar ao Olimpo do esporte a motor.

Enquanto a chance não vem, o holandês busca ajudar a Red Bull a voltar aos tempos de glória na Fórmula 1. Verstappen, atualmente, enfileira vários pódios, já são nove troféus na temporada e 40 na carreira, mas a hegemonia da Mercedes faz com que as vitórias sejam esporádicas, como a que aconteceu no GP dos 70 Anos da Fórmula 1, em Silverstone. Só Verstappen e, depois, Pierre Gasly, de forma surpreendente no GP da Itália, foram capazes de vencer nesta temporada.

Verstappen entende que a maior parte do grid poderia vencer com a Mercedes (Foto: Mercedes)

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Assim, o piloto, em entrevista à revista F1 Magazine, afirmou que é muito mais fácil chegar ao topo do pódio com o carro da Mercedes.

“Não, não estou frustrado com isso. Tenho muito respeito pelo que eles conquistaram. Não estou frustrado com Lewis em um carro Mercedes. Para ser sincero, 90 por cento do grid poderia vencer naquele carro. Nada contra Lewis, ele é um ótimo piloto, mas o carro é muito dominante”, ressaltou.

“Ok, talvez os outros não sejam tão dominantes quanto Lewis, mas você aceita a situação em que está e simplesmente tira o melhor proveito disso. Não estou frustrado, estou mais focado no que podemos fazer para tentar batê-los”, disse Max, resignado.

Verstappen soma 162 pontos no Mundial e está em terceiro na tabela, atrás só de Hamilton e Valtteri Bottas, com o finlandês atualmente com 197 tentos no campeonato. Max entende que poderia estar em uma situação melhor na temporada se não fosse pelos abandonos. Em 13 corridas disputadas, o dono do carro #33 da Red Bull não completou os GPs da Áustria, Itália, Toscana e Emília-Romanha, os três últimos na Itália.

Realista, Verstappen sabe que, hoje, faz um campeonato à parte: escolta os carros da Mercedes — às vezes ameaça Hamilton e Bottas — e, ao mesmo tempo, está num patamar de performance muito superior aos demais pilotos.

“Estou no meio do nada neste campeonato. Da minha parte, jamais imaginei que estaria na briga pelo título. Vou terminar em terceiro se não continuar abandonando. Em geral, esse é o lugar ao qual pertencemos. Se você está 60 pontos ou 10 atrás, em terceiro, não importa muito, você está mais lento. Só precisamos entender por que temos esses problemas, porque ter três abandonos não é bom. Só temos de tentar fazer melhor”, disse.

Perguntado sobre o que é possível fazer para interromper a soberania da Mercedes, Verstappen elencou alguns pontos.

“Há algumas coisas no momento. Em primeiro lugar, sempre somos muito lentos no começo [da temporada], por isso precisamos garantir que temos um carro que seja muito mais competitivo”, disse.

“Como fazer isso? Claro que não achamos isso, então precisamos mudar nossa abordagem. Precisamos encontrar uma forma diferente de trabalhar. Em termos de operações, somos bons: temos pit-stops muito bons, somos bons em estratégia. Não acho que muitas coisas dão errado aqui”, salientou o piloto, que aproveitou para criticar a performance do motor Honda.

“Além disso, neste ano claramente faltou potência. Existem algumas coisas que temos de trabalhar para conseguirmos lutar com eles”, concluiu Verstappen, dono de um currículo que compreende ainda nove vitórias, duas poles e nove voltas mais rápidas ao longo de 115 GPs disputados desde sua estreia na Fórmula 1, em 2015.