Williams admite surpresa com início de Colapinto e crava: “Merece vaga na F1 2025”
Chefe da Williams, James Vowles admitiu que ficou surpreso com a velocidade da adaptação de Franco Colapinto à F1 e disse que o argentino merece ficar no grid para 2025. No entanto, evitou entrar em detalhes sobre conversas com outras equipes
Quando a Williams decidiu demitir Logan Sargeant e substituí-lo por Franco Colapinto, membro da academia da equipe e então titular na Fórmula 2, já esperava que o rendimento do argentino fosse, ao menos, se equiparar ao do americano. No entanto, o resultado foi bem melhor do que o imaginado, e o jovem de 21 anos imediatamente se colocou no radar da categoria após três boas apresentações em Itália, Azerbaijão e Singapura. Até o chefe da esquadra de Grove, James Vowles, admitiu que ficou surpreso com o que viu.
“O que eu não esperava que fosse acontecer é a velocidade com a qual ele dominou as coisas”, admitiu Vowles em entrevista ao podcast Beyond The Grid, da F1. “Pensei que ele fosse levar algumas corridas para chegar lá, então estaríamos nas Américas quando ele conseguisse”, afirmou.
“Com as suas forças, ele consegue absorver toda a pressão. Milhares de coisas que chegam nele, e ele simplesmente lida com o tranco. Ele nunca está confuso, em pânico ou sobrecarregado. Simplesmente demonstra: ‘Pode aumentar, vou devolver ainda mais'”, revelou Vowles.
Com 37 corridas disputadas na Fórmula 1, Sargeant fez toda a temporada 2023 e as 15 primeiras corridas de 2024, somando um ponto — no GP dos Estados Unidos do ano passado. Em três participações, Colapinto já conquistou quatro, todos no Azerbaijão, e passou perto de um novo top-10 com o 11º lugar em Singapura, quando andou em nono por boa parte da prova.
Questionado se teria pensado em aliar Alexander Albon com Colapinto para o ano que vem, Vowles ressaltou as características do já contratado Carlos Sainz e afirmou que a chegada do espanhol não acontece apenas pelo que ele pode fazer dentro das pistas. Por outro lado, disse que o argentino merece uma vaga de titular na Fórmula 1.
“Carlos [Sainz] não traz apenas a habilidade de ser rápido, mas de levar o time adiante. Na posição em que a Williams está, precisamos de líderes que entendam o que é a excelência. Nesse caso, Ferrari ou McLaren, que foram suas duas últimas experiências. E que eles tragam isso para cá, para que possamos ir à frente. Estamos evoluindo bem, mas precisamos de um passo largo”, admitiu.
“O que Franco nos traz é essa performance pura. Não tenho dúvidas de que ele consegue extrair tudo desse carro. Mas há prós e contras para os dois, algo que precisamos ser claros sobre. O que eu diria é que Franco merece um lugar na Fórmula 1”, cravou.
Sem espaço no time, mas com a opinião de que Colapinto merece ficar na F1, Vowles foi questionado sobre a possibilidade de conversar com Sauber e RB [Visa Cash App RB], equipes com um assento ainda não confirmado para o ano que vem. O britânico preferiu não entrar em detalhes, mas não descartou a chance.
“Primeiramente, ele merece ser um piloto da Fórmula 1. Então, faremos o que pudermos — até certo ponto — para que isso funcione. Não sei em que ponto estão Sauber e RB sobre suas decisões. O que sei é: pegue os últimos 12 meses e me diga que você conseguiu prever tudo que aconteceria. Eu não consegui”, afirmou.
“E o ponto é que acho que o Franco, se não estiver em um assento em 2025, é a melhor opção para todos, na parte da frente ou de trás do pelotão. Inclusive para nós, já que você não consegue prever o que vai acontecer”, comentou.
Por fim, Vowles garantiu que, caso Colapinto não consiga seguir na F1 em 2025, vai oferecer ao piloto as melhores oportunidades para tentar retornar. Sobre manter algum tipo de vínculo com o argentino em caso de transferência para outra equipe, o chefe da Williams não se aprofundou e disse que “depende do acordo”.
“Nossa responsabilidade em relação a ele é garantir testes em um carro antigo, mantê-lo trabalhando conosco e deixá-lo o melhor posicionado possível para, caso uma oportunidade surja, ele possa agarrá-la. Tudo depende do acordo. Não é necessariamente um sim, você precisa ver quem está oferecendo e em quais circunstâncias”, ressaltou.
“O que é importante para mim é que confiei nele, e ele confiou em mim de volta. Isso significa muito para nós como organização. Então, encontrar um lugar para ele evoluir e ser um piloto profissional na Fórmula 1 é chave. Só não posso prever nada, porque cada equipe é diferente na forma de conversar”, finalizou o chefe da Williams.
A Fórmula 1 agora só volta entre os dias 18 e 20 de outubro para o GP dos Estados Unidos, em Austin.
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