F2 proíbe modelo de refrigeração de motores com gelo seco para últimas corridas de 2024

A partir de agora, as equipes da Fórmula 2 não poderão inserir o gelo seco diretamente nos radiadores por uma das entradas existente nos carros

A Fórmula 2 — que é liderada pelo brasileiro Gabriel Bortoleto, da Invicta — decidiu fazer uma alteração importante no regulamento para as últimas duas corridas da temporada 2024 no Catar e em Abu Dhabi. As duas etapas estão entre as mais quentes do calendário e, por isso, é essencial que o trabalho de resfriamento dos carros esteja sob controle. Por isso, assim como na Fórmula 1, a F2 decidiu alterar o modo como as equipes trabalham com o gelo seco para resfriar as unidades de potência dos bólidos.

O clássico gelo seco, utilizado pelas equipes para manter as temperaturas baixas dos carros, são feitos de duas maneiras pelos mecânicos atualmente: jogá-lo diretamente nos radiadores por uma entrada existente nos monopostos, criando o contraste e, assim, diminuindo o calor do motor, ou por meio de ventoinhas que, com o gelo seco inserido, empurram um forte ar frio para o motor, mais direcionado para o trabalho de refrigeração e sem a possibilidade de vazamento.

Durante a temporada, alguns episódios levaram a categoria a rever essa regra por motivos de segurança. Em SpaFrancorchamps, na Bélgica, o gelo seco inserido no motor do carro de Andrea Kimi Antonelli, da Prema, caiu na pista durante a formação do grid e causou preocupação dos comissários. Fato parecido aconteceu com o carro de Paul Aron, da Hitech, na mesma etapa.

“A responsabilidade da equipe é garantir que os agentes não líquidos [como o gelo seco] sejam contidos dentro do conduto do radiador esquerdo entre a tela do radiador e a parte frontal do radiador em si quando o carro está na pista”, diz o regulamento.

A Fórmula 2 caminha para o fim da temporada 2024 (Foto: James Gasperotti)

No entanto, devido a esses episódios, a F2 decidiu reverter o regulamento, limitando o uso de gelo seco apenas com dispositivos externos. A informação é da revista inglesa Autosport. “Para resfriar o carro enquanto está parado, as equipes poderão usar apenas as ventoinhas clássicas para empurrar o ar frio que provém dos contêineres onde está o gelo seco. A novidade já foi comunicada às equipes durante o GP da Itália, embora apenas por meio de um boletim separado inserido entre as notas do diretor de prova”, explica a revista.

Porém, na última reunião do Conselho da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), essa nova regra foi inserida diretamente no regulamento técnico da categoria.

“Os agentes refrigerantes não líquidos que utilizam o calor latente de evaporação — como, por exemplo, o gelo seco — são proibidos, exceto se utilizados dentro de dispositivos de resfriamento externos removíveis e temporariamente conectados ao carro parado”, esclarece, agora, o regulamento oficial, destacando que o uso de gelo seco é permitido apenas por meio de dispositivos externos.

Fórmula 2 retorna de 29 de novembro a 1º de dezembro em no Catar, primeira vez da categoria no circuito de Lusail. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades da temporada 2024.

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