Fórmula 2 introduz pistolas elétricas para troca de pneus em nome da sustentabilidade
As pistolas elétricas ainda trazem um impacto menor sobre o orçamento das equipes pela redução dos custos de logística e também deixam o pit-lane mais 'limpo' e seguro
A Fórmula 2 trouxe mais uma pequena mudança para a temporada 2023 em nome da sustentabilidade e também da segurança. Os mecânicos estão operando com pistolas elétricas para a troca de pneus durante os pit-stops, ao contrário das pneumáticas utilizadas no ano passado.
As novas peças ainda trazem um impacto menor sobre o orçamento das equipes, além de serem mais confiáveis. O CEO da categoria, Bruno Michel, explicou que com a mudança, o pit-lane fica “mais limpo”, uma vez que as pistolas elétricas eliminam a necessidade das garrafas de ar comprimido.
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“A principal razão por trás dessa mudança é deixar o pit-lane mais limpo do que antes e, consequentemente, mais seguro”, declarou, falando também sobre como a redução de peso dos equipamentos será benéfica em termos de logística.
“Levar todos esses equipamentos pelo mundo foi muito complicado. Nós nos livramos de 100 a 200 kg de frete, pois as novas pistolas elétricas são muito mais leves que o pórtico e todos os equipamentos anteriores. Durante as rodadas europeias, as viagens da equipes se tornam mais sustentáveis do que nunca”, acrescentou.
Há uma preocupação, porém, com a eficácia das novas pistolas no tempo das paradas de boxes, já que as pneumáticas podem realizar pit-stops frações de segundo mais rápido. O diretor-técnico da F2, Didier Perrin, no entanto, garantiu que a substituição foi feita após um diálogo estreito com todas as equipes do grid atual.

“Não há ninguém em posição melhor para saber os requisitos necessários para essas pistolas do que os mecânicos que fazem as trocas de pneus todo fim de semana. Eles sabem o que faz uma pistola de roda ser boa”, frisou Perrin. “Se compararmos com a pneumática, as elétricas serão alguns décimos de segundo mais lentas, mas a consistência do pit-stop é melhor. As novas pistolas são mais leves e fáceis de usar, o que torna os pit-stops mais consistentes para as equipes”, salientou.
Michel acrescentou ainda que desde que haja um benefício que não prejudique a ação na pista, a F2 tem o dever de melhorar e trazer tal tecnologia para os finais de semana. “Quando é possível fazer mudanças que nos levem na direção certa em termos de tecnologia e diminuição de custos, é o passo certo. Precisamos ter esse tipo de abordagem agora, e não ficar preso na forma como sempre executamos as coisas. Evoluímos”, concluiu.
No Bahrein, Fórmula 2 e Fórmula 3 deram um passo decisivo em busca da sustentabilidade. As classes de apoio à Fórmula 1 passaram o combustível sustentável avançado, conforme aprovado pelo Conselho Mundial de Automobilismo. A ideia é que, no campeonato do próximo ano, o combustível utilizado seja 55% sustentável em sua composição, com a porcentagem aumentando gradativamente até atingir 100% em 2027, um ano após a introdução da nova geração de motores na F1.

