Bortoleto vê reta final como “momento mais mental” da F2 2024 e prega “pé no chão”
Ao GRANDE PRÊMIO, Gabriel Bortoleto afirmou que a disputa nas próximas quatro rodadas da F2 2024 vai exigir muita força mental e concentração contra Isack Hadjar
A Fórmula 2 retorna neste fim de semana, na Itália, após longa pausa das férias com uma disputa pelo título que vai exigir, sobretudo, muita concentração, na visão de Gabriel Bortoleto. Segundo colocado na tabela, a 36 pontos de Isack Hadjar, o piloto da Invicta afirmou que vê as quatro rodadas restantes como o momento “mais mental” da competição, porém salientou que o foco é buscar o francês na briga.
Bortoleto assumiu a vice-liderança com o pódio conquistado na última rodada, na Bélgica. Ele ainda se valeu de mais uma etapa complicada para Paul Aron para ter apenas o piloto da Campos à sua frente com mais 156 pontos em jogo.
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Gabriel conversou com o GRANDE PRÊMIO durante as férias e começou pela primeira vitória na categoria, na Áustria, “o fim de semana no ano em que mais senti confiança”, destacou.
“Desde o treino, eu me lembro de sair do carro supertranquilo, falei com o time ‘a gente está muito bem, tendo ótimas voltas consecutivas’, em minissimulação de corrida, estava bem animado mesmo. Fomos para a classificação, ficamos em terceiro, mas falei ‘cara, estamos forte mesmo nas corridas'”, frisou Bortoleto.
No domingo, o pole-position, Dennis Hauger, teve problemas antes mesmo da volta de apresentação, mas o infortúnio do norueguês foi apenas um detalhe. Já no sábado, Bortoleto avisou à Invicta que as mudanças de um dia para o outro teriam de ser mínimas, pois o ritmo do carro era muito superior ao dos demais adversários.
“A gente tinha uma vantagem de ritmo absurda. Tanto que o Pepe Martí fez um pit-stop no virtual safety-car e saiu na minha frente 9s, ou algo assim. Eu tirei esses 9s muito, muito rápido, e porque a gente estava voando na pista”, celebrou.
Em Spa-Francorchamps, um pequeno problema no sensor do acelerador fez o carro entrar em modo de segurança e o impediu de aquecer os pneus da maneira adequada na volta de apresentação. “Quando larguei, larguei com o pneu frio, e não tive boa vantagem comparada ao Aron e ao Hadjar na minha frente. Quando coloquei o médio do meio para o final da corrida foi incrível, a gente teve um ótimo ritmo”, continuou.
Hadjar, aliás, afirmou após vencer a prova belga que teve de forçar o ritmo para conter um possível ataque de Bortoleto. O GP, então, quis saber se, daqui em diante, trata-se de um duelo mental, e Gabriel concordou.
“Acho que o momento mais mental do campeonato é no final, quando tudo está quase se definindo e você precisa encaixar bem as coisas. São muitas pausas entre uma corrida e outra, e isso também é uma questão mental, porque se for uma seguida da outra, é o seu mês. Você vai para cima, vê o que dá e resolve. Mas quando acaba uma corrida, tem de voltar para casa, repensar tudo… isso mexe muito com a cabeça. Você precisa estar em ótima situação, dentro e fora de pista, bem consigo mesmo, para quando chegar naquele final de semana, estar 100% concentrado e entregar os resultados que tem de entregar”, seguiu.
“Diria que sou uma pessoa bem pé no chão, no sentido de que não almejo algo que sinto que eu não possa conquistar”, enfatizou o jovem. “Desde o começo do ano, a gente tem demonstrado muita velocidade, era só uma questão mesmo de começar a encaixar as coisas, e agora que as coisas estão se encaixando bastante posso dizer que estamos, sim, na luta pelo título. O Hadjar está um pouquinho à frente, 36 pontos, mas a gente vai tentar recuperar, ir para cima, e vamos ver o que dá”, encerrou.
Após longa pausa de férias, a Fórmula 2 retorna neste fim de semana, de 30 de agosto a 1º de setembro, em Monza, para a rodada da Itália.
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