Lundgaard domina e vence corrida 2 da F2 em Mugello. Schumacher amplia liderança
Christian Lundgaard assumiu a liderança na largada e não foi mais alcançado. O dinamarquês sobrou e venceu com 14s de vantagem. Mick Schumacher, cada vez mais líder da F2, foi quarto em corrida sem brasileiros na zona de pontos
Christian Lundgaard caminhava para a vitória na corrida 1 da Fórmula 2 em Mugello, mas foi traído por um safety-car tardio. Um dia depois, neste domingo (13), tudo correu bem: o dinamarquês assumiu a liderança ainda na largada, depois controlando a corrida e garantindo vitória.
Foram inacreditáveis 14s de vantagem sobre Delétraz, segundo colocado. O suíço esteve mais preocupado com Jüri Vips, que chegou perto de fazer a ultrapassagem no fim. Não deu, mas o estoniano teve o primeiro pódio na F2 como prêmio de consolação.
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Mick Schumacher terminou em quarto. O pódio voltou a escapar, mas o alemão segue fazendo valer a regularidade, pontuando sempre. O alemão superou os adversários diretos na luta pelo título e ampliou a vantagem na liderança do campeonato.
Guanyu Zhou fez grande corrida após largar do fim do grid, terminando em quinto. Callum Ilott, Jehan Daruvala e um inesperado Marino Sato fecharam a zona de pontos.
Os brasileiros acabaram o dia zerados. Felipe Drugovich passou a maior parte da prova na zona de pontos, mas perdeu performance após ser tocado por Yuki Tsunoda e acabou em 15°. Pedro Piquet conseguiu o 12° lugar, enquanto Guilherme Samaia foi 16°.
Saiba como foi a corrida 2 da Fórmula 2 em Mugello
Através do grid invertido, a largada teria Artem Markelov e Jüri Vips formando uma primeira fila improvável. Só que foi o terceiro colocado quem partiu melhor: Christian Lundgaard voou no apagar das luzes e surgiu em primeiro.
Markelov seguou o segundo lugar, com Delétraz em terceiro. Vips patinou e caiu para quarto, com Schumacher em quinto. Drugovich, Armstrong e Ghiotto completavam a zona de pontos. Mais atrás, começava a ‘remontada’ de outros protagonistas do campeonato: Ilott subia para 12°, enquanto Shwartzman aparecia em 16°. O russo, por sinal, fazia pilotagem agressiva: na terceira volta, forçou uma manobra linda por fora contra Zhou.
O começo da prova teve ainda um incidente na parte da trás envolvendo Ticktum. O britânico precisou trocar a asa dianteira e ficou essencialmente fora da briga por pontos.
Quatro voltas tinham passado e Lundgaard fazia excelente trabalho. O dinamarquês abriu 4s de vantagem sobre Markelov, que sustentava 1s sobre Delétraz. O russo se esforçava, isso até perder tempo e, no sexto giro, acabar ultrapassado pelo suíço, novo segundo colocado.
Vips tentou fazer o mesmo uma volta depois, mas acabou tocado de leve por Markelov, que segurou o terceiro lugar. Mais atrás, Ghiotto passou Drugovich e assumiu o sexto lugar. Mais um pouco e Mazepin fez o mesmo, tomando o sétimo posto e deixando o brasileiro em oitavo.
Foi só na décima volta que Vips passou Markelov. Schumacher, depois de um pouco de briga, fez o mesmo. Aí entramos em ritmo de passa boi, passa boiada: Mazepin, Ghiotto e Drugovich também superaram o russo, que em um toque danificou a asa dianteira. Era hora de ir aos boxes e desistir de brigar por pontos.
Era a volta 13, já na segunda metade da corrida. A zona de pontos tinha Lundgaard, Delétraz, Vips, Schumacher, Mazepin, Ghiotto, Drugovich e Daruvala. Ilott seguia reagindo e já aparecia em nono, flertando com pontos.
O primeiro grande acidente da corrida aconteceu na volta 16. Ghiotto tentou passar Mazepin por fora, mas foi surpreendido: o russo não deu tanto espaço assim e os dois bateram, com o italiano quase levantando voo e abandonando na hora.
O safety-car virtual foi acionado por dois giros. A Hitech achou que o safety-car normal seria acionado e chamou Mazepin para um pit-stop. Erro crasso: a pista foi liberada novamente e o russo acabou muito longe dos pontos.
A prova seguia com o top-4 intacto: Lundgaard, Delétraz, Vips e Schumacher tinham prova tranquila. Drugovich, nem tanto: o brasileiro relargou mal e perdeu posição para Daruvala. Agora em sexto, o brasileiro cometeu erro na última curva e perdeu posições para Zhou e Ilott. Era a vez de Tsunoda tentar atacar, mas não deu muito certo: o japonês foi afoito, tocando a traseira de Felipe e danificando a asa dianteira. O japonês foi aos boxes para pit emergencial.
Drugovich não parou, mas também tinha problemas. O carro perdeu rendimento subitamente e desabou para fora da zona de pontos. Quem também sofria era Shwartzman: o russo acabou com as chances de pontuar após passeio pela brita.
A corrida chegou ao fim com Lundgaard correndo quase em outra categoria. Foram 14s de vantagem sobre Delétraz, que fez bom trabalho ao se defender de Vips.
F2 2020, Mugello, corrida 2:
1 | C LUNDGAARD | ART | 23 voltas | |
2 | L DELÉTRAZ | Charouz | +14.321 | |
3 | J VIPS | DAMS | +14.870 | |
4 | M SCHUMACHER | Prema | +18.018 | |
5 | G ZHOU | UNI-Virtuosi | +18.382 | |
6 | C ILOTT | UNI-Virtuosi | +24.421 | |
7 | J DARUVALA | Carlin | +26.264 | |
8 | M SATO | Trident | +26.301 | |
9 | R SHWARTZMAN | Prema | +31.425 | |
10 | R NISSANY | Tirdent | +32.942 | |
11 | M ARMSTRONG | ART | +34.902 | |
12 | P PIQUET | Charouz | +35.040 | |
13 | J AITKEN | Campos | +35.254 | |
14 | N MATSUSHITA | MP | +36.983 | |
15 | F DRUGOVICH | MP | +39.072 | |
16 | G SAMAIA | Campos | +48.433 | |
17 | D TICKTUM | DAMS | +48.483 | |
18 | N MAZEPIN | Hitech | +50.793 | |
19 | Y TSUNODA | Carlin | +1:09.649 | |
20 | A MARKELOV | HWA | +1:21.885 | |
21 | G ALESI | HWA | +9 voltas | NC |
22 | L GHIOTTO | Hitech | +9 voltas | NC |