Vandoorne se dá melhor em pit-stop, toma ponta na corrida 1 em Mônaco e vence pela terceira vez em 2015 na GP2
Piloto da McLaren, Stoffel Vandoorne seguiu com a atuação brilhante neste início de temporada na GP2 e venceu pela terceira vez nesta manhã de sexta-feira (22) em Mônaco, palco da terceira rodada do campeonato. Alexander Rossi e Sergio Canamasas completaram o pódio
Stoffel Vandoorne chegou à terceira vitória na temporada 2015 da GP2. O belga, que é terceiro piloto da McLaren, apresentou um desempenho forte durante as 40 voltas da prova mais longa da categoria em Mônaco, palco da terceira rodada do calendário, passou o então líder Alexander Rossi no melhor trabalho da ART no pit-stop e não deu mais chances a ninguém. O jovem de 23 anos ampliou ainda mais a liderança no campeonato.
Ao norte-americano Rossi coube mesmo a segunda colocação. O piloto da Racing Engineering comandou boa parte da corrida no Principado, mas não teve como recuperar a posição depois que Vandoorne se deu melhor na única parada para troca de pneus.
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A terceira colocação ficou com o espanhol Sergio Canamasas, que foi, na verdade, beneficiado com uma punição dada ao colombiano Julián Leal, que vinha em terceiro. O brasileiro André Negrão terminou a etapa apenas na 21º.
Confira como foi a corrida da GP2 em Mônaco nesta sexta-feira
A corrida principal da GP2 em Mônaco começou tumultuada na manhã desta sexta-feira (22). Isso porque o japonês Nobuharu Matsushita e o neozelandês Richie Stanaway ficaram parados no grid no momento da largada. Com isso, um novo procedimento de partida precisou ser realizado para a bateria 1 em Monte Carlo.
Porém, a falha com os dois acabou afetando outros pilotos, que tiveram de ir aos pits e de lá largaram quando as ações foram retomadas.
A nova saída foi limpa e não viu incidentes, sendo que Matsushita, Pierre Gasly, Johnny Cecotto e Norman Nato, Stanaway e Artem Markelov foram os pilotos que tiveram de partir do pit-lane. Já o pole Alexander Rossi não conseguiu a melhor tração com os pneus macios no momento em que as luzes se apagaram e acabou perdendo a posição para o segundo colocado, Raffaele Marciello, que optara pelos supermacios.
Arthur Pic se posicionou em terceiro, seguido por Stoffel Vandoorne, Jordan King, Sergey Sirotkin, Julián Leal, Sergio Canamasas, Daniel de Jong e Richie Stanaway. André Negrão já surgia em 14º. Lá na frente, Marciello tentava abrir caminho na ponta, enquanto Rossi o seguia de perto. Pic vinha um pouco mais trás, sendo muito pressionado por Vandoorne.
E não demorou para a primeira parada. Com os supermacios já bem desgastados, o italiano da Trident foi aos pits no fim da volta 8. Rossi assumiu a liderança naquele momento. No giro seguinte, foi a vez de Pic ir buscar os pneus novos. Isso porque o francês também largara de supermacios.
Nesse meio tempo, Matsushita tentava superar De Jong na freada da chicane depois do túnel, mas acabou acertando o adversário. A batida o fez perder a asa dianteira. O japonês ainda seria punido mais tarde. Duas voltas depois, Marco Sorensen errou na Loews e acabou batendo na barreira de pneus, mas sem causar problemas para a corrida. Fim de prova para o dinamarquês, entretanto.
Em outro incidente, Markelov e Nick Yelloly se encontraram também na pista pouco depois, na mesma saída do túnel.
Enquanto isso, Rossi tentava escapar de Vandoorne. O belga pressionava, e a distância entre eles não passava de 0s7. Sirotkin, Leal e Canamasas completavam os seis primeiros.
Isso durou até a volta 20, quando os pilotos tiveram reduzir o desempenho em função de um safety-car virtual, que foi acionado devido a um acidente entre Mitch Evans e o mesmo Yelloly. O primeiro tentava uma ultrapassagem na freada da chicane na saída do túnel, mas acabou batendo no rival. Por conta dos detritos, os fiscais precisaram entrar na pista. Claro que o incidente foi parar na mesa dos comissários.
E foi aí que o líder Rossi decidiu ir aos boxes aproveitando a bandeira amarela. Vandoorne foi atrás e, com um melhor trabalho de pit da ART, voltou à frente do norte-americano, assumindo, assim, a ponta da corrida. Apesar da disputa apertada entre os dois no pit-lane, não houve contato e nem punição. Quem acabou sofrendo uma chamada dos comissários foi Julián Leal, que deixou os pits sem cuidado e chegou a acertar um carro que também saía dos boxes.
A volta das ações aconteceu no giro 22, e Vandoorne escapou na ponta, seguido por Rossi e Nathaniel Berton. Leal, Pic, Canamasas, Sirotkin, Stanaway, Marciello e Yelloly, que completavam os dez primeiros. Negrão vinha em 17º.
Quatro passagens mais tarde, um novo safety-car virtual foi acionado devido ainda a detritos na parte próxima à Piscina. A paralisação durou pouco, no entanto. No retorno, na volta 35, o líder tratou novamente de tentar escapar de Rossi. Um pouco mais atrás, Canamasas superava Pic para tomar a quarta colocação. Nesse tempo, Berton finalmente aos boxes.
Daí para frente, a corrida viu poucas mudanças, com Vandoorne administrando confortavelmente a liderança em cima de Rossi. Foi a terceira vitória em 2015 do jovem piloto da McLaren em Mônaco.
Ao norte-americano coube a segunda colocação do pódio. Leal terminou em terceiro na pista, mas vai cair na classificação porque tomou um penalty de 10s pelo incidente nos pits – na verdade, o colombiano acabou em sexto. Canamasas ficou com a terceira posição.
Arthur Pic completou em quarto, à frente de Sergey Sirotkin, Leal, Richie Stanaway, Marciello, Jordan King e Yelloly. O brasileiro André Negrão foi o 21º. Com esses resultados, Marciello sai na pole na corrida mais curta, que acontece neste sábado, a partir das 11h10 (de Brasília).
GP2, Mônaco, Monte Carlo, Corrida 1, Final:
1 | STOFFEL VANDOORNE | BEL | ART | 58:12.368 | 40 voltas |
2 | ALEXANDER ROSSI | EUA | RACING ENGINEERING | +6.292 | |
3 | SERGIO CANAMASAS | ESP | MP | +16.726 | |
4 | ARTHUR PIC | FRA | CAMPOS | +17.813 | |
5 | SERGEY SIROTKIN | RUS | RAPAX | +20.691 | |
6 | JULIÁN LEAL | COL | CARLIN | +25.164 | |
7 | RICHIE STANAWAY | JAP | STATUS | +25.470 | |
8 | RAFFAELE MARCIELLO | ITA | TRIDENT | +26.803 | |
9 | JORDAN KING | ING | RACING ENGINEERING | +31.339 | |
10 | NICK YELLOLY | ING | HILMER | +42.915 | |
11 | RENÉ BINDER | AUT | TRIDENT | +43.837 | |
12 | DANIËL DE JONG | HOL | MP | +45.528 | |
13 | ALEX LYNN | ING | DAMS | +46.824 | |
14 | PIERRE GASLY | FRA | DAMS | +47.666 | |
15 | ROBERT VIȘOIU | ROM | RAPAX | +49.290 | |
16 | RIO HARYANTO | INA | CAMPOS | +51.085 | |
17 | NATHANAËL BERTHON | FRA | LAZARUS | +52.135 | |
18 | NORMAN NATO | AUT | ARDEN | +1:02.735 | |
19 | MARLON STÖKINGER | SUI | STATUS | +1:07.600 | |
20 | JOHNNY CECOTTO | VEM | HILMER | +1:07.999 | |
21 | ANDRÉ NEGRÃO | BRA | ARDEN | +1 volta | |
22 | ZOËL AMBERG | SUI | LAZARUS | +1 volta | |
23 | MITCH EVANS | NZL | RUSSIAN TIME | +18 voltas | NC |
24 | ARTEM MARKELOV | RUS | RUSSIAN TIME | +12 voltas | NC |
25 | MARCO SØRENSEN | DIN | CARLIN | +10 voltas | NC |
26 | NOBUHARA MATSUSHITA | JAP | ART | +7 voltas | NC |