Ascensão de Hauger na F3 vira novo motivo para Tsunoda perder o sono na AlphaTauri
Yuki Tsunoda segue patinando na AlphaTauri. Enquanto isso, os calouros da Red Bull seguem cada vez mais fortes. O exemplo mais recente disso é Dennis Hauger, campeão da Fórmula 3
Yuki Tsunoda está longe de ter um grande 2021. O japonês faz a estreia na Fórmula 1, o que já seria um desafio dos grandes em qualquer contexto. Só que fica ainda mais difícil quando o piloto comete uma série de erros e fica muito atrás de Pierre Gasly. Como se não bastasse, um novo problema começa a se manifestar: a Red Bull tem uma série de pilotos capazes de tomar a vaga, incluindo Dennis Hauger, mais novo campeão da Fórmula 3.
Hauger é uma das mais gratas surpresas de 2021, e por um motivo simples. O norueguês vinha de um 2020 ruim na F3, que poderia ser o começo do fim da jornada como júnior da Red Bull. Não foi o caso: a reação vista nos últimos meses rendeu o título de forma convincente, quase com uma rodada de antecedência. Dennis fatalmente estará na F2 em 2022, na cara do gol quando o assunto é F1. Uma boa temporada no certame secundário pode ser suficiente para chegar ao ápice do esporte a motor.
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E o que Tsunoda tem a ver com isso? Bom, o japonês tem contrato com a AlphaTauri para 2022. É um voto de confiança da equipe em um pupilo que mais bateu do que pontuou. Só que paciência tem limite, e uma segunda temporada ruim tem tudo para ser uma pá-de-cal sobre a carreira na F1. Caberá à escuderia de Faenza buscar um substituto à altura dentre os bons nomes apoiados pela Red Bull.
É fato também que, caso Tsunoda realmente perca a vaga, Hauger terá concorrência pesada. Jüri Vips e Liam Lawson são dois nomes da Red Bull que, já na temporada de estreia na F2, somam vitórias e bons resultados. Em 2022, estes dois teriam um ano a mais de experiência na comparação com Dennis. De um jeito ou de outro, três fortes candidatos bastam para Yuki ficar muito ligado na próxima temporada.
Hauger, entretanto, é um candidato especial e que vem forte para, cedo ou tarde, conseguir uma vaga no grid da F1. Aos 18 anos de idade, o norueguês está cumprindo a cartilha de estrela do futuro. O melhor exemplo disso foi a temporada 2019: o piloto disputou as temporadas da F4 Italiana e da F4 Alemã ao mesmo tempo. Isso em si não é raro. O que impressiona é o nível dos resultados: o jovem foi campeão na Itália e vice na Alemanha, atrás somente do meteórico Théo Pourchaire. Brigar por título em dois campeonatos altamente competitivos, e enfrentando pistas e pilotos completamente distintos, é algo que faz os olhos brilharem.
2020 foi inegavelmente decepcionante, já que Hauger pontuou apenas duas vezes no ano de estreia na F3. Não que isso seja imperdoável, mas craques do futuro costumam conseguir adaptações melhores. Só que o grid era fortíssimo, com gente como o próprio Pourchaire e Oscar Piastri. A experiência de um ano difícil fez bem ao norueguês, que navegou tranquilamente rumo ao título em 2021. Um fim de semana difícil em Spa ensaiou abrir as portas para Jack Doohan, mas o caneco veio com tranquilidade.
Só esse título na F3 já é mais do que Tsunoda fez nas categorias de base. O japonês tem talento, comprovado por uma temporada forte em 2020, mas não tem um currículo inquestionavelmente bom. Hauger já tem dois títulos e, se cumprir expectativas, vem forte para conseguir mais um na F2 em 2021 e 2022. É cedo para cravar, mas fique de olho: os motivos para Yuki perder o sono já vão além das decepções recorrentes na F1.
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