Retrospectiva 2021: Collet e Fittipaldi saem com saldo positivo em duro ano na Fórmula 3

A Fórmula 3 teve um grande grid em 2021. Mesmo assim, com diversas dificuldades, os brasileiros Caio Collet e Enzo Fittipaldi conseguiram alguns bons resultados e motivos para sorrisos

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A Fórmula 3 é o primeiro grande passo para os pilotos nos monopostos. Por muitas vezes, é quando eles finalmente aceleram nos mesmos finais de semana que a badalada Fórmula 1 e começam a ser acompanhados de pertos por equipes e dirigentes. Por isso, deixar uma boa impressão é fundamental, algo que Caio Collet e Enzo Fittipaldi até conseguiram, mas em doses bem pequenas.

Collet chegou ao grid na MP Motorsports, uma equipe que possui muitas experiência nas categorias menores, mas que costuma oscilar muito na F3. Depois de uma intensa disputa contra Victor Martins na F-Regional Alpine em 2020, a dupla passou a correr lado a lado, sempre com o apoio da academia francesa. E esse talvez tenha sido o grande desafio do jovem brasileiro: se destacar diante de um forte piloto no mesmo time.

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Caio Collet teve ano de aprendizado na F3 (Foto: F3/Twitter)

E por mais que tenha conquistado dois pódios ao longo do ano, a sensação é de que Collet decepcionou. A nona colocação no campeonato reflete a falta de vitórias — o único do top-10 que não conseguiu —, ainda mais com o quinto lugar de Martins, que venceu uma prova na Holanda.

Mas Collet pode celebrar alguns bons momentos. Depois de oscilar no começo da temporada, entre pódios e resultados ruins, reagiu na metade final. Nas três rodadas triplas finais — Bélgica, Holanda e Rússia —, encaixou uma boa sequência de resultados e fez ultrapassagens marcantes. Ainda assim, erros em largadas e punições bobas o deixaram com menos pontos do que realmente merecia.

Enzo Fittipaldi teve um ano intenso. Depois de partir para os Estados Unidos para correr no Road to Indy, mudou os planos de última hora e fechou com a Charouz para correr na F3 pela segunda temporada seguida. E a bagunça foi refletida nas primeiras duas etapas, quando pouco fez na Espanha e na França. Em Barcelona, aliás, estava na briga pelo pódio, mas um toque o fez abandonar.

Enzo Fittipaldi chegou a subir ao pódio na última etapa da F3 (Foto: Dutch Photo Agency)

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Na Áustria, Enzo foi bem. Com bom ritmo para atacar e se defender, pontuou em duas das três corridas, inclusive com um quarto lugar, mas o choque com Collet marcou a rodada tripla. Na Hungria, um heroico pódio na segunda corrida. E foi isso, logo depois acabou promovido pela Charouz para correr na F2, no momento em que finalmente parecia se encaixar na F3.

Em defesa dos brasileiros, o grid da Fórmula 3 em 2021 passou longe de ser fácil. Pelo contrário, foi um dos mais duros dos últimos anos, com pilotos cada vez mais preparados e com talento. Mesmo assim, alguns pontos de destaque conseguem ser pinçados na loucura das rodadas triplas e provas espaçadas.

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