A Fórmula E ficou parada por mais de cinco meses no meio da temporada 2019/20 por conta da pandemia do novo coronavírus. Neste período, o sentimento de Mitch Evans e da Jaguar era de animação. Afinal, o estavam somente 11 pontos atrás do líder do campeonato, António Félix da Costa, e a competição pulava de galho em galho. Mas vez a maratona que encerrou a temporada, em Berlim, e tirou piloto e equipe do prumo. A derrocada foi um dos pontos mais baixos da carreira do neozelandês.
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Acontece que, após as seis provas no Aeroporto de Tempelhof, Evans passou de 11 para 87 pontos de desvantagem. Marcou 15 pontos contra 91 do português. Caiu do segundo para o sétimo posto da competição. As chances de títulos foram arruinadas com requinte de crueldade. Agora, mais de três meses depois, abre o jogo quanto ao nível da decepção.
“Emocionalmente para nós, como equipe e pessoalmente, foi muito decepcionante, machucou bastante. Não sentia dor assim há muito tempo. Quando você vê algo tão próximo… Mas simplesmente escorregava para longe a cada corrida. Meio que entregamos para Da Costa e a DS Techeetah”, disse ao site inglês ‘The Race’.
“Acredito que o resultado final sequer mostra o que atingimos na última temporada. Saíamos de lá com nosso rabo entre as pernas e extremamente desapontados, mas óbvio que animou toto mundo para a próxima temporada”, seguiu.
Mesmo com a decepção, acredita que a Jaguar se fortaleceu em meio à decepção.
“Nestas circunstâncias, durante Berlim, podia ir para qualquer distância, boa e ruim, você começa a se desfazer, apontar os dedos e culpar os outros, essas coisas. Mas aconteceu totalmente o oposto. Ficamos mais juntos. Obviamente estamos tentando encontrar respostas e, creio, que são algumas dessas respostas são irreais por conta da situação da classificação”, afirmou.
Evans lembrou do erro que a Jaguar cometeu em Marrakech e acabou fazendo com que, então líder do campeonato, largasse no fim do grid em vez de ir para a Superpole, a despeito de ter ritmo bastante forte. O piloto garante que erros acontecem, mas confia que a equipe irá diminuir essas situações ao mínimo. A partir de 2021, Evans terá Sam Bird como companheiro de equipe.
“O que aconteceu em Marrakech foi claramente de envergonhar, mas todos no time estão em nível alto e trabalhando no que pode acontecer ou já aconteceu no passado. Você sempre terá problemas durante a temporada, é assim que funciona. Todos somos humanos. Mas minimizar esses problemas são fundamentais para o título. Tenho muita confiança na equipe ao meu redor e no trabalho para evitar esses pequenos erros”, finalizou.
A próxima temporada da Fórmula E começa nos dias 16 e 17 de janeiro, com a rodada dupla de Santiago, no Chile.