Red Bull e Max Verstappen não tiveram rivais na Fórmula 1 ao longo de 2023 e enfileiraram vitórias e recordes. Em um ano irretocável, os austríacos venceram 21 de 22 corridas e se tornaram a equipe com melhor aproveitamento em uma única temporada. O GRANDE PREMIUM aproveitou a oportunidade para relembrar as dez temporadas mais dominantes da história do esporte

Ninguém nega que a temporada 2023 da Fórmula 1 foi uma das mais monótonas que a categoria já viu, e que as etapas disputadas dificilmente serão lembradas pelos fãs. No entanto, existe algo que também é impossível contestar. Afinal, ainda que não tenha existido uma batalha pelo primeiro lugar na maioria das corridas, é impossível dizer que o ano não entrou para os livros de história.

E os protagonistas dessa obra foram Max Verstappen e Red Bull, que trabalharam de forma excepcional e chegaram perto de atingir a perfeição ao longo do ano. Não fosse o tropeço no GP de Singapura, os austríacos teriam realizado o feito de ser a única equipe nos mais de 70 anos de F1 a vencer todas as corridas de uma mesma temporada.

A invencibilidade não veio, mas ainda assim há muito o que se comemorar — além do título de construtores e pilotos, é claro. Afinal, a Red Bull quebrou um recorde quase que inimaginável, desbancou a McLaren MP4/4 de 1988 guiada por Ayrton Senna e Alain Prost, e agora é o time com o carro mais dominante da história do esporte.

Assim como a Red Bull, a McLaren também perdeu apenas uma corrida naquele ano. No entanto, por ter disputado menos provas, 16 contra 22 dos austríacos, teve um aproveitamento ligeiramente menor. O GRANDE PREMIUM listou quais foram as dez temporadas mais dominantes da história da Fórmula 1.

O RB19 é o carro mais dominante da história da F1 (Foto: Red Bull Content Pool)

1 – Red Bull RB19 2023: 95.45% (21/22)

Projetado por Adrian Newey, um dos maiores nomes da engenharia da Fórmula 1, o RB19 é uma continuação do também dominante RB18, utilizado pelo time dos energéticos em 2022.

O RB19 venceu nada menos que 21 das 22 corridas, sendo 19 com Max Verstappen e outras duas com Sergio Pérez. A única derrota aconteceu no GP de Singapura, quando Carlos Sainz deu fim à invencibilidade austríaca e colocou a Ferrari no degrau mais alto do pódio.

O modelo permitiu a Red Bull alcançar o sexto título no Mundial de Construtores e deu a Verstappen o terceiro título consecutivo.

2 – McLaren 1988: 93,75% (15/16)

Quebrar o recorde de vitórias do modelo MP4/4 da McLaren parecia algo inimaginável na Fórmula 1. Isso porque além de o carro ser magnífico, ele teve ninguém menos que Alain Prost e Ayrton Senna como pilotos, dois dos maiores nomes da história do esporte.

Naquela temporada, que rendeu o primeiro dos três títulos de Senna, o time britânico teve 15 triunfos em 16 corridas, sendo oito do brasileiro e sete do francês.

A única derrota do ano, curiosamente, também foi para a Ferrari. Naquela oportunidade, Gerhard Berger se valeu do tropeço da dupla da McLaren para vencer no GP da Itália.

3 – Mercedes 2016: 90,48% (19/21)

A Mercedes teve inúmeros carros dominantes entre 2014 e 2020, mas o que mais teve sucesso foi o W07, bólido da temporada de 2016. Nico Rosberg conquistou seu único título na F1 naquele ano que ficou marcado pelo estopim da rivalidade com Lewis Hamilton.

E o W07 tinha muito potencial para ter vencido todas as corridas. No entanto, um acidente entre Hamilton e Rosberg na primeira volta do GP da Espanha, e uma falha no motor do #44 no GP da Malásia, acabaram com as chances de invencibilidade. Quem se deu bem com essas falhas foi a Red Bull, que acabou conseguindo uma vitória com Max Verstappen e outra com Daniel Ricciardo.

Ao fim da temporada, Hamilton triunfou em dez oportunidades, enquanto as outras nove ficaram na conta de Rosberg.

O W07 foi o carro mais dominante da Mercedes na F1 (Foto: Reprodução)

4 – Ferrari 2002: 88.24% (15/17)

A Ferrari já teve inúmeros carros dominantes na F1, mas nenhum supera o que foi a F2002, que conduziu Michael Schumacher ao pentacampeonato. A campanha foi tão forte, que o piloto alemão esteve no pódio em todas as 17 etapas.

Ao todo, Schumacher foi responsável por 11 dos 15 triunfos da Ferrari. Os outros quatro ficaram na conta de Rubens Barrichello, que fechou 2002 na segunda posição e garantiu a dobradinha dos italianos no Mundial de Pilotos.

Guiada por Schumacher e Barrichello, a Ferrari F2002 foi um dos carros mais dominantes da história da Fórmula 1 (Foto: Ferrari)

Ralf Schumacher, da Williams, e David Coulthard, da McLaren, foram os responsáveis por frear a invencibilidade da Ferrari em 2002. As derrotas aconteceram nos GPs da Malásia e de Mônaco.

5 – Ferrari 1952: 87,5% (7/8)

Embora seja um dos modelos mais antigos, a Ferrari Tipo 500, utilizada pela escuderia italiana entre 1952 e 1953, ainda é um dos carros mais impressionantes da F1.

E foi logo em 1952 que o modelo entrou para a história, depois de vencer nada menos do que sete das oito provas. Alberto Ascari, que naquele ano sagrou-se campeão, venceu em seis oportunidades e viu o companheiro Piero Taruffi triunfar uma vez. A única derrota da Ferrari aconteceu nas 500 Milhas de Indianápolis, que na época fazia parte do calendário da Fórmula 1, e foi vencida por Troy Ruttman.

6 – Alfa Romeo 1950: 85,71% (6/7)

A Alfa Romeo 158 é o sexto membro da lista de carros mais dominantes da Fórmula 1, e  também competiu nos primórdios da categoria. O modelo contou com a pilotagem de Giuseppe Farina, e a invencibilidade só não aconteceu porque a equipe não disputou as 500 Milhas de Indianápolis, que ficou com Johnnie Parsons.

Mas a disputa pelo campeonato foi bastante equilibrada, uma vez que Farina teve Juan Manuel Fangio como companheiro de equipe. Ambos venceram em três oportunidades, mas o italiano acabou ficando com o título.

7 – Mercedes 2014: 84,21% (16/19)

O primeiro ano de domínio da Mercedes na era moderna da Fórmula 1 aconteceu em 2014, quando foi introduzido o regulamento de motores híbridos. Naquele ano, Hamilton e Rosberg garantiram o primeiro Mundial de Construtores para os alemães à bordo do W05.

Das 19 provas disputadas, o britânico venceu 11, enquanto o alemão foi para o lugar mais alto do pódio em cinco oportunidades. A invencibilidade foi interrompida por Daniel Ricciardo, da Red Bull, que venceu os GPs do Canadá, Hungria e Bélgica.

8 – Mercedes 2015: 84,21% (16/19)

O desempenho da Mercedes com o W06 foi muito similar ao de seu antecessor. Dessa vez, no entanto, Hamilton teve uma temporada um pouco mais regular e conseguiu selar o terceiro título após o GP dos Estados Unidos, com três etapas de antecedência.

Lewis Hamilton garantiu o tricampeonato em 2015 (Foto: Mercedes)

O número de vitórias do #44, no entanto, foi menor. Em 2015, foram 10 triunfos contra seis do rival alemão. Sebastian Vettel, com a Ferrari, venceu as outras três provas do ano nos GPs da Malásia, Hungria e Singapura.

9 – Ferrari 2004: 83,33% (15/18)

Embora a F2004 tenha sido uma temporada um pouco menos dominante do que em 2002, foi na campanha do heptacampeonato que Michael Schumacher teve uma das melhores performances já vista por um piloto ao longo de um ano.

Ao todo, o alemão venceu 13 corridas. O mais surpreendente, no entanto, é que 12 delas aconteceram nas 13 primeiras provas do calendário. O companheiro Barrichello subiu no lugar mais alto do pódio em outras duas oportunidades.

As três derrotas aconteceram nos GPs de Mônaco, para Jarno Trulli, Bélgica, para Kimi Räikkönen, e Brasil, para Juan Pablo Montoya.

10 – Ferrari 1953: 77,78% (7/9)

Com um trio formado por Alberto Ascari, Giuseppe Farina e Mike Hawthorn, a Ferrari voltou a dominar a Fórmula 1 em 1953 com a Tipo 500. Verdade que a soberania foi menor que a do ano anterior, mas ainda assim não deixa de ser surpreendente.

Em 1953 Fangio, defendendo a Maserati, se colocou entre os pilotos da Ferrari e venceu o GP da Itália. A Ferrari também não venceu nas 500 Milhas de Indianápolis, que ficou com Bill Vukovich.

Naquela temporada da F1 Ascari garantiu o bicampeonato depois de subir cinco vezes no lugar mais alto do pódio. Farina e Hawthorn venceram uma vez.

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