Assim como Nikita Mazepin, a Fórmula 1 teve outros nomes que não deixaram qualquer legado positivo em curtas passagens pela categoria

Nikita Mazepin está fora da Fórmula 1. Em impacto direto da guerra da Rússia com a Ucrânia, a Haas rompeu com a empresa do pai de Nikita e, sem o aporte financeiro, não viu mais sentido em manter o piloto no grid. A verdade é que Mazepin nunca deveria nem ter estado no pelotão.

O russo, assim, acaba se juntando a uma lista de pilotos que passaram rapidamente pela Fórmula 1 e que não deixam saudade alguma. No grupo, alguns dos piores de todos os tempos, mas também outros que simplesmente talvez você nem lembre a cara que tinham.

O GRANDE PREMIUM faz um apanhado de dez desses nomes, todos já da Fórmula 1 moderna, ou seja, com vasta transmissão e que podem, se o leitor se esforçar, ser facilmente lembrados fazendo besteira ou figuração nas pistas. O 10+ da semana traz, então, quem se foi e não deixou saudades na F1.

Nikita Mazepin

A lista tem de começar com quem nos inspirou a montá-la. Com muito dinheiro e pouco talento, Mazepin foi um dos pilotos mais controversos que a F1 já teve. Rude com a própria equipe, com companheiros e adversários, colecionou polêmicas dentro e fora das pistas. A pior delas, certamente, quando se filmou em ato de assédio sexual no Bahrein, poucos meses antes de entrar na categoria. Mesmo assim, foi mantido pela Haas, disputou uma temporada, colecionou voltas tomadas dos líderes, ficou longe de Mick Schumacher quase que o ano todo e, quando não conseguiu mais bancar a equipe, foi trocado. Com a ruptura da Haas com a UralKali, empresa de fertilizantes do pai de Mazepin, não havia mais motivo para manter o piloto na escalação.

Alex Yoong

Alex Yoong é o único malaio da F1 (Foto: Reprodução)

Com muito mais carisma, mas tão pouco talento quanto Mazepin, Alex Yoong foi daqueles ‘pilotos cult’ dos fãs de Fórmula 1 nascidos no final dos anos 80 ou início dos anos 90. O malaio era muito ruim, é verdade, mas corria pela Minardi, vinha de um país sem qualquer tradição na categoria e, por isso, já era mais divertido. Ainda tinha o fator de ter sido companheiro de Fernando Alonso e Mark Webber, ou seja, ter tido tarefas duríssimas. Caso a pontuação da F1 em 2002 fosse a mesma de hoje, o absurdamente endinheirado Yoong teria somado em duas provas: foi sétimo na Austrália e décimo na França. Na época, porém, só o top-6 pontuava. Ah, claro, é bom dizer: as duas corridas tiveram abandono de basicamente todos que ficaram atrás de Yoong.

Yuji Ide

Yuji Ide causou terror na F1 (Foto: Reprodução)

Estamos, provavelmente, diante do pior piloto de todos os tempos na Fórmula 1. Quatro corridas foram suficientes para que Ide deixasse desesperado quem estava perto dele no grid. Quatro provas bastaram para a categoria caçar a licença do rapaz. Sempre em último, sem dominar o inglês e pouco bem visto até dentro da Super Aguri, Ide selou sua saída da categoria ao fazer Christijan Albers sofrer um acidente horroroso em Ímola. Num primeiro momento, seria barrado pelo time no GP da Europa, mas logo veio a determinação da FIA, excluindo o japonês da categoria.

Taki Inoue

Taki Inoue foi um curioso caso na F1 (Foto: Reprodução)

Taki Inoue era tudo o que o Vyni, do BBB 22, sonha em ser: naturalmente absurdamente atrapalhado. Como se não bastasse ter abandonado 12 das 17 corridas da temporada 1995, o japonês ainda protagonizou dois dos acidentes mais grotescos da história do esporte, não apenas da F1. Em Mônaco, sua Footwork foi acertada por um safety-car e ficou completamente amassada no treino livre. Na Hungria, se superou: foi atropelado pelo carro de segurança em uma cena de comédia pastelão, quando corria para ajudar os fiscais com um extintor de incêndio. Digno de Sessão da Tarde.

Adrián Campos

Adrian Campos não teve grande sucesso como piloto (Foto: Reprodução)

Campos teve uma trajetória muito respeitável como dirigente, inclusive conseguindo completar o sonho de estar na F1 com a Hispania – ok, faliu o time anterior, mas chegou lá, de alguma forma. Como piloto, porém, foi um dos piores de todos os tempos. O espanhol simplesmente completou 1 (uma) das 16 etapas da temporada 1987 com a Minardi. Era uma máquina de acidentes e, para piorar, tinha nas mãos um dos carros menos confiáveis de todos os tempos. Receita para o fracasso completo.

Jean-Denis Delétraz

Jean-Denis Deletraz não trouxe memórias positivas (Foto: Reprodução)

Para muitos, o pior piloto não chamado Ide na história da Fórmula 1. A história do suíço é até parecida com a do japonês: entrou para o rol dos piores com pouquíssimo tempo de pista, mais precisamente, três provas. Mas foram históricas, viu? Tinha lá seu dinheirinho e garantiu uma vaga para o GP da Austrália com a Larousse: tomou dez voltas e abandonou. Aí, em 1995, fez duas corridas na Pacific, abandonando uma delas com cãibra. Uma lenda viva. Seu filho Louis Delétraz, nunca passou da F2, mas é milhares de vezes mais piloto.

Charles Pic

Charles Pic teve passagem curta e esquecível (Foto: Fórmula 1)

Aqui não é nem tanto pelo fato de ter sido o pior piloto do mundo, mas é incrível como Pic é esquecível. Muita gente não lembra de colocar o francês em listas dos mais fracos simplesmente porque não lembram que ele existiu. E faz sentido. Não sofria muito acidente, não tinha resultado de destaque, não fazia nada. Aliás, passou por Marussia e Caterham, era o cenário ideal para cair no esquecimento.

Sergey Sirotkin

Sergey Sirotkin fez apenas um ano na F1 (Foto: Williams)

Talvez não tão ruim quanto Pic, Sirotkin teve a honra de guiar uma das piores Williams de todos os tempos, em 2018. A questão aqui também é bem mais o ‘grau de esquecibilidade’ do piloto do que sua ruindade. Mesmo assim, também merece ser dito que, em geral, Sergey tomou um pau de Lance Stroll, seu companheiro naquele carro horroroso. Não chega a ser bom, né? Não fez nenhuma falta quando saiu do grid.

Rio Haryanto

Haryanto sequer durou uma temporada (Foto: CNN)

Era um Rio de dinheiro, mas o Rio se secou no meio da temporada 2016. Sem fazer uma prova no mínimo mediana com a Manor, o indonésio viu a fonte secar e acabou sendo trocado sem dó pelo time, que já estava nos últimos momentos de vida. A troca, porém, fez um bem danado para a F1: Esteban Ocon assumiu o carro na segunda metade de temporada e acabou com a folga que Pascal Wehrlein tinha dentro da equipe. Wehrlein foi parar na Fórmula E, Ocon está na Alpine. Aliás, por onde anda Haryanto, hein?

Narain Karthikeyan

Narain Karthikeyan (Foto: Wikimedia Commons)

É bastante possível que o amigo leitor nem lembre que Karthikeyan correu em 2005 pela Jordan, mas aquela passagem foi muito mais digna do que a segunda. Na verdade, vamos ser claros: o indiano sempre foi péssimo piloto, mas ficou mais marcado no fundo do grid pela Hispania, o pior carro da F1 das equipes nanicas. É que na Jordan Narain teve seu dia de herói, sendo um dos seis protagonistas do GP dos EUA de 2005. Sim, aquele em que as equipes dos pneus Michelin não puderam correr. Narain não brigou pelo pódio em momento algum, sendo dominado pelo companheiro Tiago Monteiro, mas chegou em quarto e isso a história jamais apagará. Sua vida na F1 valeu por esse dia.

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