Abertura da temporada 2019 da Fórmula 1, ainda que pesem as particularidades de Albert Park, confirma e também refuta apostas e fatos vistos na pré-temporada

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Começou a temporada 2019 da Fórmula 1. Como é tradição, o circuito de Albert Park, em Melbourne, recebeu a primeira etapa da temporada. Ainda que este seja um ano longo, com 21 corridas, a prova australiana nos permite confirmar (ou refutar) algumas coisas que vimos na pré-temporada, ou que eram a aposta de fãs e da imprensa. Também é possível apontar algumas tendências, ainda que muita coisa ainda possa acontecer.

São pontos como a supremacia da Mercedes, a surpresa do desempenho de Valtteri Bottas, a disputa no pelotão intermediário, os problemas da Williams e as mudanças aerodinâmicas promovidas pelo novo regulamento. Confira nas 10+ a seguir!

Um pódio surpreendente: sem Ferrari e com Bottas no lugar mais alto

1) O surpreendente Valtteri Bottas

Não é segredo para ninguém que 2019 é um ano-chave para Valtteri Bottas. O finlandês vai para o seu terceiro campeonato na Mercedes, com aquele que é o melhor carro do grid (empatado ou não com a Ferrari). É justo exigir um desempenho melhor do que em 2018, quando o #77 ficou zerado em vitórias e em quinto lugar no Mundial de Pilotos.

Ostentando um visual barbudo, Bottas surpreendeu logo na largada em Albert Park, pulando na frente e liderando já na primeira volta. Depois, pilotou como nunca – ou, como diriam os maldosos, como Lewis Hamilton – e venceu a corrida, além de ser o primeiro piloto da era contemporânea da F1 a levar o ponto extra da volta mais rápida. 

Valtteri é, neste momento, o líder do campeonato. Se ele brigará pelo título é uma outra história, mas o piloto começou o ano mostrando que, sim, merece o carro que tem nas mãos. Vamos torcer para que continue assim, afinal a F1 como um todo ganha com uma maior disputa lá na frente.

2) A disputa pela volta mais rápida teve a sua importância

Anunciada na bacia das almas, a regra do ponto extra para a volta mais rápida da corrida (desde que o piloto termine entre os dez primeiros, que fique bem claro) foi bastante criticada. Na prática, o resultado da medida foi positivo na abertura do campeonato: Hamilton e, principalmente, Bottas andaram forte no final da corrida, buscando esse ponto a mais. 

A medida pode dar um tempero a mais em futuras corridas, não só por garantir que os ponteiros continuem acelerando forte em um momento no qual normalmente se preocupam em poupar equipamento, mas também pode ocasionar eventuais escapadas e erros de estratégia. 

Muitos motivos para comemorar: foi o primeiro pódio da Honda desde o retorno dos japoneses à F1

3) Red Bull-Honda é um casamento com potencial

A Red Bull é, nos últimos anos, presença quase que constante no pódio, inclusive abocanhando algumas vitórias. Porém, com a chegada da Honda, era de se imaginar no mínimo uma curva de aprendizado maior em 2019. Só que na pré-temporada a equipe já tinha andado bem, o que se confirmou com o terceiro lugar de Max Verstappen na Austrália.

Pode parecer pouco, mas a Red Bull não conseguia um terceiro lugar em Melbourne desde 2013, com Sebastian Vettel – último ano dos motores aspirados e com tetracampeonato do alemão e da equipe. Não que queira dizer que o penta do time austríaco venha em 2019, mas é um bom presságio, sim.

Vale dizer, também, que este foi o primeiro pódio da Honda desde o retorno dos nipônicos ao certame, em 2015. Para quem já ouviu cobras e lagartos (e “GP2 engine!”) de Fernando Alonso nos tempos de McLaren, é para se comemorar. 

4) Haas sai na frente na luta pelo posto de quarta força

Os testes em Barcelona já indicavam que os times da “F1B” estavam muito próximos, e foi realmente isso que aconteceu na Austrália – só que a Haas conseguiu se destacar, mesmo que minimamente, nessa luta.

Romain Grosjean" target="_blank">Romain Grosjean e Kevin Magnussen foram, respectivamente, sexto e sétimo na classificação. Na corrida, o time repetiu o erro de 2018, tirando o francês após um erro no pitstop, mas o dinamarquês conseguiu ver a bandeira quadriculada na sexta posição. Com oito pontos, a Haas começa o ano em quarto no Mundial de Construtores.

A disputa deve ser acirrada nas próximas corridas. A Renault foi mal na classificação, mas, em ritmo de corrida, se recuperou e colocou Nick Hülkenberg em sétimo. Estreando de amarelo, Daniel Ricciardo teve uma corrida para esquecer, se enrolando já na largada. Em condições normais, é de se esperar que ele lidere o time na pista.

Alfa Romeo também teve um começo de 2019 melhor que o de 2018

5) O crescimento da Alfa Romeo

Com apoio técnico da Ferrari e a experiência de Kimi Räikkönen, a Alfa Romeo, ex-Sauber, já tinha mostrado certo potencial em Barcelona – tudo confirmado em Melbourne. O finlandês conseguiu um honroso oitavo lugar, o que é relevante para uma equipe que não pontuou na primeira etapa do mundial nos últimos três anos.

6) Ferrari atrás da Mercedes

Falando em Ferrari, os italianos foram uma das decepções deste começo de 2019. Se nos testes eles pareciam ter o carro para lutar pelo título, o que se viu em Melbourne foi um domínio total da Mercedes. Sebastian Vettel tomou 0,7s de Hamilton no Q3, o que é um caminhão de tempo lá na frente. Em ritmo de corrida não foi muito diferente e o alemão também acabou atrás de Verstappen.

Nada está perdido, claro. Pode ter sido um resultado isolado – em uma pista na qual a Ferrari venceu nos dois últimos anos – e, mesmo se não for, ainda é possível tirar a diferença. De qualquer forma, não é uma pressão fácil de levar nas costas.

O que pode ajudar os vermelhos é justamente o crescimento de Vettel. Se houver uma disputa interna dentro da Mercedes, com um piloto tirando pontos do outro, é possível aproveitar os espaços para crescer – como a mesma Ferrari, com Räikkönen, fez em 2007. 

Na estreia pela Ferrari, Leclerc teve que se contentar em ser segundo piloto

7) Sem essa de igualdade de condições na Ferrari

Se a Mercedes deixou Bottas livre para voar, o mesmo não aconteceu na Ferrari. Ainda que tivesse um carro mais rápido no trecho final do GP, o time impediu Charles Leclerc de caçar Vettel nas últimas voltas. Resta saber se foi algo pontual, por se tratar de um trecho final de corrida, ou se a equipe irá privilegiar o tetracampeão em todos os momentos.

Talvez a resposta seja um pouco óbvia. 

8) Williams no fundo do poço

Essa é uma confirmação: a Williams tem o pior carro de 2019. George Russell ficou quase 2s atrás do primeiro tempo do Q1, de Charles Leclerc, enquanto Robert Kubica teve problemas e ficou outros quase 2s atrás do companheiro. Na corrida, terminaram duas e três voltas atrás do líder, respectivamente.

Os ingleses já ficaram em décimo – e último – lugar no Mundial de Construtores em 2018, então fica difícil imaginar o quão pior eles podem ser este ano. Vale dizer que a Williams pontuou em todas as temporadas que disputou desde 1978, tendo ficada zerada apenas no ano de estreia, 77 – quando eles corream apenas parte do campeonato com apenas um March 761. Tá aí uma marca histórica para ser batida.

Pena de Russell e Kubica…

O motor de Sainz foi o único que quebrou durante o GP

9) A sorte da McLaren não mudou

Os carros da McLaren desenvolveram, nos últimos anos, uma falta de confiabilidade crônica. Antes diziam que era culpa dos motores Honda – mas isso continuou com as unidades de potência da Renault. No GP da Austrália, apenas um carro abandonou por quebra: justamente o laranja #55 de Carlos Sainz.

Esse não é um bom sinal. 

10) O novo regulamento aerodinâmico pouco influenciou nas ultrapassagens

Polêmico por trazer mais gastos para os times, as novas especificações para as asas dianteira e traseira prometiam aumentar o número de ultrapassagens da F1, já que melhorariam o fluxo de ar, diminuindo o turbilhão que atrapalhava os pilotos que estão atrás.

Na prática o resultado não foi bem esse. O que se viu foi que a dificuldade para ultrapassar continuou quase a mesma, com Grosjean comentando que as novidades apenas facilitam na hora de seguir o adversário que vem à frente. 

O que se diz no paddock é que a simplificação das asas dianteiras, com menos elementos, foi positiva, mas que aumentá-las (tanto na frente quanto na traseira) na realidade teve um efeito negativo, ampliando a turbulência no ar. De qualquer forma, o DRS ficou ainda mais efetivo com essas asas maiores – facilitando o que para alguns são ultrapassagens “artificiais”. 

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