Alemão de novo errou no GP da Itália e, desta vez, para piorar a sua imagem na própria Ferrari, viu Leclerc conquistar a sua segunda vitória na Fórmula 1. Jovem comandou a festa vermelha em Monza e se posicionou como líder da escuderia para os próximos anos

O GP da Itália, mais uma, vez honrou o apelido do circuito de Monza. Naquele que é o verdadeiro Templo da Velocidade, Charles Leclerc, Valtteri Bottas e Lewis Hamilton, os três primeiros colocados, aceleraram demais na briga pela vitória. Uma briga na pista, como a Fórmula 1 sempre pediu e mereceu. Quem ficou de fora da festa vermelha foi Sebastian Vettel, na 13ª posição, em uma mostra de que enquanto o mundo gira, o alemão de novo roda.

A última vitória de Vettel foi ainda em 26 de agosto do ano passado, no GP da Bélgica. Até a prova passada, na mesma Spa-Francorchamps, tudo bem, ou quase isso, porque a Ferrari também não havia subido ao lugar mais alto do pódio. No entanto, nas duas últimas corridas foi exatamente o seu companheiro de escuderia quem levou a melhor. Para piorar o lado psicológico do alemão, Leclerc se pinta como o ídolo de um mar de gente apaixonada em Monza e líder do time para os próximos anos.

Em 2018, nesta mesma pista italiana, o #5 largou na primeira fila em uma tentativa desesperada de reaver o Mundial. Em uma disputa com o #44 ainda na primeira volta, se perdeu na segunda Variante, rodou e, se tinha alguma esperança, terminou de entregar o pentacampeonato ao rival. Em uma boa corrida de recuperação, foi um a um ganhando as posições até chegar na quarta colocação.

 

Desta vez, no sexto giro, Vettel se perdeu na Ascari e, só por aí, já seria um prejuízo enorme para quem havia largado na quarta colocação. O problema maior foi em uma irresponsável volta ao traçado. Depois de tudo o que aconteceu no GP da Bélgica de Fórmula 2, os temores por uma batida violenta, o alemão não se importou com a aproximação dos demais pilotos e ofereceu muito risco a Lance Stroll — o canadense da Racing Point depois fez o mesmo com Pierre Gasly, da Toro Rosso. Levou uma punição de 10 segundos e terminou fora da zona dos pontos e muito derrotado dentro da equipe.

"É claro que não estou feliz com a minha corrida. Depois que perdi a traseira, lutei para alcançar o pelotão, mas não podia vê-lo. Ainda amo o que faço, mas não estou feliz com o resultado", disse Vettel, abatido pelo revés, mas muito coerente quanto ao seu péssimo desempenho nas últimas corridas.

Diante de tanta bobagem acumulada, um grande piloto acabou fora da ótima briga entre Leclerc e Hamilton, e depois entre Leclerc e Bottas. Evidentemente que não se pode jogar a carreira de um tetracampeão mundial no lixo, mas a aparente falta de motivação é de se estranhar. Tudo bem que nada dê certo por algum tempo, mas não quando seu companheiro de equipe vai duas vezes seguidas ao primeiro lugar. Mais do que isso, o monegasco suportou a pressão do inglês e do finlandês por voltas e voltas e mais uma vez comandou o até então desconhecido hino do seu país.

(Divulgação/Instagram/MercedesAMGF1)

“A minha primeira vitória da carreira foi espetacular, mas não tem nada parecido com o que senti nesta corrida”, disse o jovem. “Cometi alguns erros. Mas, no fim, eu terminei em primeiro. Preciso ser mais cuidadoso com esses erros, mas nenhum deles me custou posição.”

“Eles [a Ferrari] fizeram um grande trabalho e parabéns pela vitória. O Valtteri e eu colocamos muita pressão pela vitória, mas eles eram muito rápidos em linha reta e era difícil de acompanhar mesmo chegando tão perto”, completou Hamilton.

Aos mais exigentes, claro, faltaram ultrapassagens pela vitória. A velocidade dos carros e a aula de defesa de Leclerc desde a Parabólica, passando por toda a reta para segurar as Mercedes foi excepcional. Ainda que ele mesmo tivesse cometido um erro na volta 36, pelo menos fez com que seus adversários também perdessem o ponto de freada na curva 1 para assim assegurar a vitória. Evidentemente que o calendário não prevê só pistas de longas retas. Talvez a Ferrari não volte mais a vencer, mas a ordem nos boxes acabou de ser invertida.

Com isso, Leclerc começa a escrever seu nome na galeria dos grandes vencedores. O nome de Vettel não será propriamente apagado, mas começa a ficar um tanto borrado com tantos erros.

Leclerc segurou Hamilton e depois Bottas para conseguir sua segunda vitória na Fórmula 1 (AFP)

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