Charles Leclerc dominou de forma contundente os treinos livres e a classificação do GP da Bélgica, mas a questão que fica no ar é se a Ferrari vai manter o desempenho (e não se enrolar) durante a prova

“Treino é treino, jogo é jogo”, diz uma das máximas do futebol – conceito que se encaixa com a Fórmula 1 como uma luva. A Ferrari (e, principalmente, Charles Leclerc) dominaram os treinos livres e a classificação do GP da Bélgica. Neste sábado (31), o monegasco cravou uma já esperada pole position no circuito de Spa-Francorchamps, com o tempo de 1min42s644, colocando 0,7s no resto do grid. Agora, a pergunta que fica é: será que os italianos vão conseguir manter o desempenho na hora que vale pontos, justamente a corrida?

A maior dúvida em relação à pole, se é que podemos dizer isso, aconteceu na verdade durante a bandeira vermelha no Q1, causada pela explosão do motor Mercedes da Williams de Robert Kubica. Os engenheiros e mecânicos da Ferrari foram flagrados mexendo no carro de Leclerc, em uma verdadeira reunião de gente vestindo vermelho na frente do SF90. Ainda assim, o #16 e o #7 colocaram 1s de diferença para a Red Bull e 1m5s para a Mercedes naquele trecho do treino.

Na prática, não era nada que fosse importante.

Leclerc foi a grande força do fim de semana, até o momento

Já no Q2, os carros da Ferrari ficaram 0,6s à frente de Hamilton, e no Q3 tivemos mais uma dobradinha dos carros vermelhos, com Leclerc à 0,7s na frente do #44.. 

Como o esperado, o desempenho do motor da Scuderia fez a diferença nas rápidas retas e curvas do circuito belga, somado ao novo pacote aerodinâmico que está estreando após as férias. O problema é que, como apontado em análise publicada no Grande Prêmio, a Ferrari está com bom desempenho em volta lançada, mas isso não se repetiu nas simulações de corrida. Além disso, a Mercedes, na hora que valia, diminuiu a diferença para o time italiano. 

Obviamente que largar na frente é uma boa vantagem. Leclerc e Vettel podem disparar na frente e impor seu próprio ritmo. Por outro lado, a Ferrari atual não é famosa por escolher as melhores estratégias, justamente o oposto da equipe prateada. Valtteri Bottas e, principalmente, Lewis Hamilton podem aproveitar o ritmo melhor no GP, junto com algum pulo do gato, para vencerem novamente. 

É aquela coisa: o que a Scuderia pode fazer de errado para sabotar a si mesma?

Outro ponto é a disputa interna na Ferrari. Vettel é, sabidamente, o primeiro piloto e está à frente do companheiro no Mundial de Pilotos. Ele vai tentar de tudo para superar Leclerc (mesmo que tenha ficado 0,7s atrás no Q3), e, se não conseguir, vai pressionar o time. O que será que pode acontecer?

O clima, com temperaturas mais amenas esperadas para o domingo, também deve ajudar a Mercedes, que tem problemas de desgaste nos compostos com o tempo mais quente, como foi neste sábado.

Leclerc recebeu o prêmio da pole das mãos do ator e produtor Keegan-Michael Key

Por tudo isso, a corrida em Spa promete dois tipos de disputa. Uma é na pista, entre Leclerc (ou até mesmo Sebastian Vettel) contra Hamilton, em um circuito que ajuda bastante nesse sentido. Outra possibilidade é de uma corrida mais cerebral, com um dos favoritos saindo na frente e os outros quebrando a cabeça para ganhar na estratégia. 

Quem corre por fora é a Red Bull, com Max Verstappen. O holandês – correndo quase em casa – teve problemas no Q1, mas passou para o Q2 mais rápido até que as Mercedes e, já no Q3, fez o quinto tempo, 1,1s atrás da pole. Com o apoio da massa laranja e também com expectativa de desempenho melhor em ritmo de corrida no clima ameno, o piloto pode dar aquela já aguardada surpreendida. Se isso acontecer, a disputa pelo campeonato se animaria um pouco mais. 

Isso tudo considerando pista seca, claro. Há, ainda que pequena, a chance de chuva durante o GP. Se isso acontecer, a diferença de desempenho entre os carros vira praticamente pó e fará a diferença o braço de cada um – além da sorte e, no caso de uma chuva intermitente, da escolha do melhor momento para fazer o pit stop. Afinal, o circuito belga é o mais longo da F1, com cerca de 7km, e é comum a chuva ficar mais forte em um ponto e em outro ponto nem estar chovendo. 

A disputa do que vale continua aberta, mostrando que treino é treino, corrida é corrida. Ainda mais no GP da Bélgica. Como não amar Spa?

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