Como em uma autêntica trama de seriado na qual a F1 tenta se encaixar, o GP da França relembrou cenas dos últimos capítulos, mas foi novamente previsível com Hamilton e Bottas na primeira fila. Ferrari, que havia andado bem no GP do Canadá, ficou longe

Quando a Fórmula 1 tenta se vender como um seriado de TV, o episódio deste sábado (22), no classificatório para o GP da França, não foi nada surpreendente. As questões de fora e, sobretudo, de dentro da pista do GP do Canadá ficaram para trás com a Mercedes novamente dominante, com Lewis Hamilton e Valtteri Bottas nas duas primeiras posições. A Ferrari comemorou a 3ª colocação de Charles Leclerc, mas certamente lamentou, e muito, a 7ª posição de Sebastian Vettel.

A largada para a oitava prova da temporada acontece neste domingo, às 10h10 (de Brasília), com ao vivo e minuto a minuto do GRANDE PRÊMIO.

Como em toda boa trama, o fim de semana em Paul Ricard começou com algumas cenas do capítulo anterior. A Ferrari chegou ao circuito com o que chamou de “provas contundentes” para apresentar aos comissários da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e assim conseguir a revisão da punição a Vettel no GP do Canadá. Saiu derrotada nos bastidores e, como pôde se ver na classificação, também no cronômetro.

Sebastian Vettel ficou com 7º tempo e amargou quase um segundo e meio para Lewis Hamilton (Reprodução/Twitter/@ScuderiaFerrari)

Se a escuderia italiana havia demonstrado uma mínima reação com a pole-position de Vettel e a terceira colocação de Leclerc no classificatório canadense, essa evolução não se confirmou em solo francês. Pelo contrário. Em um circuito exigente e com as suas peculiaridades armadas pelo vento, a impressão que se deu foi que a Ferrari andou para trás. Como ao longo da maior parte do ano, a Mercedes dominou desde os treinos livres e não poderia ser diferente na classificação. Desde as primeiras saídas, a dobradinha era questão de esperar.

Já na parte final do Q2, o qual define os pneus para a largada, foi possível ver outra vez o abismo que separa as duas principais equipes. Vettel ainda que conseguiu uma pequena mágica para mostrar que ainda estava vivo, enquanto Hamilton e Bottas apenas aguardavam o tempo passar, com suas posições mais que garantidas. No Q3, no momento decisivo, Bottas (+0s286) se perdeu na última curva; enquanto Hamilton (1min28s319) acelerou firme e, como quem caminha tranquilo para um final feliz, cravou a sua 86ª pole-position na carreira.

“Estou feliz pela volta. Não é uma pista fácil e consegui tirar o potencial do carro. O vento está aumentando muito e por aqui é muito irregular”, disse Hamilton.

E talvez tenha sido exatamente essa boa leitura do vento que tenha colocado Leclerc (+0s646) tão à frente de Vettel (+1s480). O monegasco claramente fez o que era possível, encostou seu carro na placa de terceiro lugar e ainda recebeu novos elogios públicos de Hamilton. Por melhor que seja a corrida do #5, largar tão atrás assim é prejudicial inclusive para o já abalado psicológico do piloto.

Coadjuvantes de luxo

Entre os que não estão nos holofotes (ou não deveriam estar), as atenções foram bastante voltadas para a Renault. A prova em casa, claro, justifica-se, mas o interessante foi notar a pressão estampada nos rostos de cada membro da equipe. O diretor-geral Cyril Abiteboul, personagem já conhecido de quem acompanha a categoria em outras telas, ganhou visitantes ilustres nos boxes. Além de Alain Prost, uma espécie de consultor da equipe, o presidente Jérome Stoll também esteve presente.

Nico Hülkenberg talvez tenha sentido o clima tenso e não conseguiu ir muito adiante. Ele ficou no Q2 e terminou só na 13ª colocação. Mais do que isso, o alemão rendeu cara feia na equipe, quando errou uma saída de curva e estragou o que poderia ser uma volta um tanto melhor. Por outro lado, Daniel Ricciardo, a grande contratação para o que deveria ser um ano de resultados melhores, levou o carro ao Q3 e se classificou na 8ª posição. Pouco para quem tanto almejava para a temporada.

O resultado da Renault não foi aquém do esperado apenas pelo seu próprio desempenho, mas também por ter ficado atrás da McLaren, essa sim em franca evolução. O inglês Lando Norris e espanhol Carlos Sainz Jr. surpreenderam muita gente e fecharam a sexta fila para a prova em Paul Ricard.
(Reprodução/Twitter/@RenaultF1Team)

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