Mario Haberfeld, campeão da F3 Inglesa em 1998 e ex-piloto de testes da McLaren na F1, relembra a carreira nas pistas e conta como foi parar em projeto que busca a preservação da onça-pintada e do lobo-guará no Brasil

Antes, Mario Haberfeld corria nas pistas pela glória pessoal, de sua equipe e dos patrocinadores. Era, então, figurinha repetida no noticiário do Grande Prêmio pelos seus resultados nas pistas do mundo. Hoje, a corrida é outra: a da preservação. Fundador e presidente do conselho do Onçafari, o agora ex-piloto busca usar o terceiro maior felino do mundo, a onça-pintada, como bandeira de um projeto que usa o ecoturismo e o capitalismo como aliados do meio ambiente. 

Caso você não conheça – ou não lembre – o brasileiro foi um dos destaques de uma geração promissora no automobilismo mundial, já na segunda metade dos anos 1990. Foi campeão da F3 Inglesa, que era a principal categoria do automobilismo de base no mundo e já tinha sido vencida por gente do calibre de Ayrton Senna, Jackie Stewart e Jim Clark. Depois, foi piloto de testes da McLaren na Fórmula 1, correu pela equipe júnior do time de Ron Dennis na F3000 e, mais tarde, foi para a finada CART e para a Grand-Am, onde venceu uma corrida em 2006. Se aposentou aos 32 anos, relativamente novo para os padrões do automobilismo. Hoje, dá entrevista para o Fantástico, da Rede Globo, sem citar as corridas em nenhum momento. O assunto, claro, são as onças. 

O GRANDE PREMIUM partiu, então, atrás de Haberfeld para entender uma mudança de rumos tão grande e para conhecer um pouco mais do projeto. Não foi exatamente fácil: ele continua acessível e cordial, mas agora com uma enorme rotina de viagens e safáris. Depois de alguns desencontros, o ex-piloto conversou conosco direto do Pantanal

Haberfeld pilotando a McLaren em testes da F1

“Eu realmente pilotei por tudo isso que você tá falando”, respondeu Mario Haberfeld – ao fundo, o som de algumas aves dá um colorido especial para o áudio enviado via WhatsApp. “Acho que foi uma carreira relativamente longa, eu corri por 20 anos. Desde o kart a, como você falou aí, piloto de testes da Fórmula 1, Fórmula Indy lá, que era a CART, e, por último, corrida de Endurance, na Grand-Am.”

Seria possível ter alçado voos maiores, com uma carreira mais vitoriosa nas categorias maiores? Mario acredita que sim. “É fácil olhar para trás, depois, e saber o que poderia ter feito diferente, mas ganhei o campeonato inglês de F3, tinha muita chance de ir [direto] para a F1, tudo isso, mas na época a gente achou que era melhor fazer um pouco de Fórmula 3000. E, na F3000, acabei indo correr lá na equipe da West, que era a equipe da McLaren, e foi um ano bem ruim. Acho que tinha muito enfoque no [companheiro de equipe] Nick Heidfeld, e acabou que não me dei bem. Era um ano muito complicado, onde a maioria dos pilotos já estava lá há dois, três anos. Tinha muito pouco treino, a maioria das pistas eu não conhecia. Tanto que a primeira corrida, em Ímola, em nem classifiquei. Eu, que era o campeão inglês; o campeão francês, David Saelens; e outro campeão de F3 [Bas Leinders, campeão alemão de 98] não classificaram para a corrida. Então acho que tinha alguma coisa errada com o modelo de como eram feitas as coisas. No fim, na F3000, nenhum ano foi muito bom. Acho que não me adaptei com aquele tipo de carro. E, depois, acho que foi legal de novo na Indy, mas com certeza esses anos de F3000 fizeram com que minha carreira andasse um pouco para trás”.

Muitas das dificuldades citadas pelo brasileiro foram motivadas por uma grande mudança na categoria-escola em seu ano de estreia. A partir de 1999, a Fórmula 3000 abandonou o calendário próprio e passou a ser uma categoria de suporte para a Fórmula 1, correndo aos sábados nos mesmos circuito da fórmula principal, o que diminuiu o tempo de pista e os testes. Além disso, novos chassis Lola foram adotados naquela temporada, ampliando a diferença aerodinâmica para a F3. 

O fato de dividir os boxes com a F1 também diminuiu a categoria de 33 para 26 carros, enquanto o número de inscrito saltou dos mesmos 33 para 42. Resultado: nada menos que 16 pilotos não conseguiram se classificar na corrida em Ímola, incluindo os citados campeões da Fórmula 3

Haberfeld no carro da West Competition, em 1999

Foram outros três anos de Haberfeld na F3000, por equipes como Fortec, Astromega e a tradicional Super Nova – com, no total, 21 pontos, numa época em que apenas os seis primeiros pontuavam. Em seguida veio a CART (que, pouco depois, mudaria o nome para Champ Car), correndo dois anos (2003 e 2004) por Conquest e Walker. 

“Eu acho que saí na hora certa da Indy, da CART lá, que ia juntar com a IRL [para formar a atual IndyCar]”, afirma o ex-piloto. “Enquanto que na CART tinha dois ovais por ano, na IRL ia passar a ser metade das corridas, quando juntassem. Teve um período que não foi fácil de adaptar, corriam com carros diferentes da IRL e da CART. E a Fórmula Indy estava indo realmente para o buraco, não tinha patrocínio para sobreviver as duas categorias, e hoje juntou, amadureceu de novo, e está uma categoria legal de novo. Mas, infelizmente, eu estava lá na época errada e achei que era melhor correr de carro de Endurance, na Grand-Am. Corri com o Adrián Fernandez, amigo meu, que era dono da equipe, e acho que foi um ano bem legal. Mas, depois disso, cheguei a conclusão de que não era mais o que eu queria fazer. Eu gostava mesmo é de carro ‘single-seater’, Fórmula Indy, Fórmula 1, esse tipo de carro, e não carro de Endurance onde eu perdia, digamos, eu viajava a mesma quantidade de tempo para guiar o carro pela metade [do tempo]. Então achei que era hora de aposentar. Decidi parar. E, por coincidência, foi quando deu a crise a crise de 2008, onde todas as equipes sofreram bastante. Por sorte, eu acho que parei no momento certo”

Turistas do projeto Onçafari observam uma onça-pintada na natureza

Entre as onças

Ao pendurar o capacete, Mario Haberfeld deixou de lado os Jaguares motorizados pelos jaguares — o outro nome pelo qual a Panthera onca é conhecida no resto do mundo — de carne e osso. Esse, no entanto, foi um desejo que havia surgido muitos anos antes. 

“Quando eu tinha 12 anos eu fui pela primeira vez para a África, com meu pai, fazer um safári. Na época não era como é hoje em dia, com hotéis e tudo isso. A gente foi meio que na caçamba de um caminhão – preparado para safári, mas continuava sendo a caçamba de um caminhão – por 15 dias no Serengeti, o maior parque nacional da Tanzânia, acampando toda noite, tomando banho no dia em que achava uma cachoeira. Foi uma coisa que me inspirou muito, gostei muito dessa viagem. Desde aí, eu voltei para a África todos os anos da minha vida, só que não tinha tempo de me dedicar a isso enquanto eu corria.”

“Então, quando eu parei de correr, eu tirei dois anos sabáticos onde eu fui visitar vários animais no mundo – o gorila em Uganda, o panda na China, urso polar no Canadá, tigre na índia, vários lugares da África – vendo o que estava sendo feito em termos de conservação para esses bichos, e daí surgiu a ideia de fazer o Onçafari. Eu não sou biólogo, veterinário, político, nem nada, e achei que por meio do ecoturismo seria uma grande forma de agregar valor aos bichos, gerar emprego e tudo isso.” 

A fundação do projeto aconteceu em 2011, um pouco mais de três anos após Mario se aposentar das pistas, e hoje atua em quatro biomas do Brasil (Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal e na Amazônia) com cerca de 15 funcionários. “Fazemos coisas diferentes em cada bioma e o principal objetivo do Onçafari é desenvolver o ecoturismo no Brasil, principalmente por meio da onça-pintada e do lobo-guará”, explica o ex-piloto. “Então temos essa parte de ecoturismo, tem a parte de ciência, tem uma parte de educação, uma parte de melhoria social, de preservação de floresta e outra de reintrodução, onde a gente fez alguns projetos de reintroduzir onças pintadas na natureza. Basicamente, onças que perderam a mãe, fazemos todo um processo para ensiná-las a caçar e solta na natureza.”

Entre as atividades com turistas está justamente que os animais se acostumem com a presença humana, permitindo uma aproximação maior dos visitantes – algo que não acontece em outras situações, por conta dos hábitos das onças-pintadas e pelas agressões que a espécie recebeu (e ainda recebe). Hoje, são 17 os felinos listados no site da ONG, cada um com a sua personalidade, hábitos e territórios descritos. No total, são 132 as onças identificadas pela organização, com 35 rádios-colares instalados nos animais, que se soltam após oito meses de monitoramento. 

A onça, por ser o maior felino da América, é o bicho que tem um grande atrativo aqui no Brasil. Então a gente fez esse projeto, que visa fazer com que as pessoas consigam ver as onças livres na natureza.”

A partir da onça, como um grande chamariz, o ex-piloto vê o surgimento de todo um sistema de preservação dos biomas nacionais. “É como se fosse o leão da África. Ninguém vai para a África ver uma zebra, por exemplo, mas 99% das pessoas vão para ver o leão. Se ver uma zebra também, tento o leão lá, o cara fica contente também. Eu acho que é isso que faltava no Brasil. Ninguém — quer fizer, 99% das pessoas não vão vir para o Brasil para ver uma capivara, um jacaré, seja lá qual outro bicho, mas sim, se puder ver a onça com certeza as pessoas vêm. Usar a onça como ‘desculpa’, entre aspas, é um jeito bom de atrair as pessoas e para conhecer toda a fauna e a flora aqui do Brasil.”

No entendimento de Haberfeld, a preservação ambiental passa pela geração de valor da natureza – se a população entende a importância daquele bioma e que consegue tirar uma renda melhor com a sua preservação, todos saem ganhando. “Acho que a gente tem que desenvolver o ecoturismo no Brasil, mostrar que a onça vale mais viva do que morta”, explica. “Gera muito emprego. Muito mais que a pecuária. Emprego para homem, emprego para mulher – que na pecuária é só pra homem. E, com isso, faz com que as pessoas passem a valorizar a onça e ver ela como um ativo e não como um passivo.” Haberfeld, inclusive, cita casos em que a renda familiar aumentou em 20 vezes, tudo porque antes apenas o chefe de família tinha emprego, como peão de gado, e agora a esposa e os filhos trabalham diretamente ligados ao ecoturismo.

 

Haberfeld ao lado de dois visitantes ilustres do Onçafari: o casal Harrison Ford e Calista Flockhart

Os maiores perigos

Isso não quer dizer que não existam problemas. “De vez em quando a onça come um boi, e em retaliação os fazendeiros matam as onças. É um número menor que de 1% ao ano, de que a onça come o rebanho das pessoas, mas, de qualquer jeito, alguns fazendeiros não gostam disso. Então, desenvolvendo o ecoturismo, a gente consegue compensar essas perdas [financeiras da pecuária] e muito mais”, afirma Haberfeld, que lembra também que 95% das terras no Pantanal são privadas, com muitas tendo o desenvolvimento da agropecuária. 

Não é só isso: a ONG enfrenta também a questão do desmatamento na Mata Atlântica e no cerrado. Se antes a onça-pintada era comumente encontrada desde a região do Texas, nos EUA, até o norte da Argentina, hoje ela foi exinta em diversos lugares e pode ser vista em apenas uma fração desse território – basicamente no centro-oeste e no norte do Brasil, além de regiões da América Central, Colômbia, Peru e Venezuela. De acordo com a União de Conservação da Natureza, a espécie é “quase ameaçada”, ou seja, um estágio antes de entrar em risco, mas em alguns regiões, como nos Pampas, ela é classificada como "crticamente em perigo", que é um estágio antes da extinção na natureza. 

Outro perigo é a caça esportiva, que é proibida no Brasil desde 1967 – só que a fiscalização acaba sendo ineficiente. “O Pantanal é do tamanho na Áustria, da Bélgica e da Suíça juntas. Se você colocar tudo isso ainda sobra espaço. Então é muito difícil de policiar, por isso que acreditamos muito na educação e etc. Tem um problema grave correndo aí na Câmara dos Deputados, que querem liberar a caça de novo e seria um grande absurdo. O Brasil não consegue controlar a caça nem sendo proibida, imagina se legaliza, a confusão que vai virar isso. E, no projeto de lei, não tem nem distinção de bicho que está em extinção ou não está em extinção. Para variar, uma confusão política tremenda.

Esperança, uma das onças-pintadas acompanhadas pela ONG

Atualmente, existem quatro projetos de lei sobre o assunto no Brasil. Um deles é o de número 6268/2016, de autoria do deputado federal Valdir Colatto (MDB/SC), regulamentado o manejo e a caça em reservas privadas – e que está desde 2017 na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara. Outro, que é mencionado pelo ex-piloto, é o 1019/2019, de de autoria do deputado Alexandre Leite (DEM/SP), que vê como “direito” de todos os brasileiros as atividades de “tiro de desporto e caça”. Há, ainda, PLs dos deputados Onyx Lorenzoni (DEM/RS), que é o atual ministro-chefe da Casa Civil, e de Rogério Peninha Mendonça (MDB/SC).

O assunto de política, claro, levanta outra bola: se Haberfeld sentiu alguma diferença nas políticas ambientais em tempos recentes, quando o Brasil teve três presidentes (Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro) com alinhamentos ideológicos completamente diferentes em cerca de quatro anos. “Diretamente, sinceramente, não teve mudança na parte que fazemos com onça, com ecoturismo, e todas as outras frentes que a gente atua. Lógica que vemos um grande problema hoje em dia, com desmatamento na Amazônia e tudo isso. É um problema ambiental para o Brasil e acho que para o mundo inteiro. Mas até hoje, no nosso trabalho, não tem afetado”, explica. 

Os veterinários do Onçafari instalam um rádio-colar na onça Vereda

Além disso, entre o contato inicial e a realização da entrevista em si, o debate sobre as queimadas na Amazônia tomou proporções mundiais – virando desde assunto na reunião do G7, com as sete economias mais avançadas do planeta, e posts de diversas celebridades e esportistas, incluindo o pentacampeão mundial de F1 Lewis Hamilton. O assunto, claro, não poderia deixar de vir à tona em nosso papo. “Sendo bem sincero, eu não estou por dentro disso. Eu tô aqui no Pantanal, e não tenho muito acesso à internet. Mas vi que está uma consternação muito grande aí”, explicou Haberfeld. “Mas que a gente tem um problema sério de desmatamento, a gente tem.

De qualquer forma, o ex-piloto crê que iniciativas como a do Onçafari podem ajudar justamente na busca pelas queimadas. “Há vários modelos, de ecoturismo, de crédito de carbono e de várias outras coisas, são uma alternativa muito melhor e muito mais inteligente para ganhar, vamos dizer assim, dinheiro da floresta do que queimar para fazer pasto.”

“Isso [das críticas internacionais] mostra a necessidade de um projeto como o nosso, que é de conservação, que realmente é o que falta. Que é o que as ONGs de fora estão reclamando”, conta Haberfeld, que, do lado oposto, vê que a situação atual pode afetar negativamente outros envolvidos com a preservação da natureza. “Não sei, pode ser que outras pessoas que fazem coisas na Amazônia se prejudiquem porque, sei lá, o cara que faz ciência pura e vive de recurso do governo, eu acho que isso realmente acabou. Vão sofrer.”

Na visão de Mario Haberfeld, o que levou ao momento de atual é mais uma questão política. “Precisa melhorar tudo isso, e a comunicação entre todos. O Brasil precisa ficar mais unido e dar mais importância para a preservação”, resume.

O desafio de continuar crescendo

“Em quantas mais áreas podermos fazer os nossos projetos, maior a área que vai estar sendo conservada, maior a área de preservação dos bichos e das florestas”, explica Mario, que diz que há a oportunidade de começar iniciativas em outros lugares ou até mesmo fora do Brasil. Ele também vê o formato de seu projeto como um caminho a ser replicado em outras regiões do país. “No nosso mundo de conservação, quanto mais gente seguir o exemplo do Onçafari, mais área que vai estar sendo conservada e esse é um dos nossos objetivos”, explica.

Mais recentemente, a ONG expandiu a sua atuação para proteger o lobo-guará, o maior canídeo — a mesma família dos cães — da América do Sul, que também é considerado quase ameaçado pela IUCN.

“Começamos, há pouco mais de um ano no cerrado, numa pousada chamada Pousada Trijunção, onde fazemos todo o processo que a gente fez com as onças”, conta com orgulho. “Tem funcionado muito bem e os hóspedes lá tem visto os lobos quase que diariamente.”

Tudo isso, explica o ex-piloto, é bancado pela renda do ecoturismo, produtos culturais e pela ajuda de pessoas e empresas. “Somos uma ONG, vivemos de doações e tem alguns patrocínios, o principal sendo o Bank of America, e uma marca de carro que acabou de assinar o contrato, mas ainda não vale revelar. Fazemos muitas coisas para arrecadar recursos, tem doações de pessoas físicas, de pessoas jurídicas, de fundos familiares e etc. Produzimos documentários, livros, tudo isso, e de vez enquanto fazemos campanhas de crowdfunding. Estamos com uma no ar agora, que é para a construção de um recinto, que é um lugar onde a gente possa introduzir outros bichos na natureza, que são bichos que são apreendidos ou no tráfico, ou de pessoas que tem ilegal, etc. É para animais de pequeno porte, como jaguatirica, lobinho, tamanduá e por aí vai – o de onça já temos pronto. Seria muito legal e as pessoas pudessem ajudar com isso.”

Até o fechamento desta matéria, o financiamento coletivo do Onçafari havia arrecadado cerca de 10% do valor pretendido, faltando 10 dias para o fim da campanha.

Esperança cuidando de seu filhote enquanto é observada pelos turistas

Volta ao automobilismo?

Com um projeto tão bem desenvolvido dentro da área de preservação ambiental e plenamente realizado com o novo caminho que escolheu, Mario Haberfeld não se vê mais acelerando em um carro de corrida. “Foi um período da minha vida que eu gostei muito, mas na vida eu sempre tive duas paixões e me sinto muito sortudo, não sei se é essa palavra, de poder ter feito, realizado, trabalhado com as duas [áreas]”, diz, afirmando também que não tem mais nenhuma ligação com o automobilismo – fora os amigos que deixou e o fato de, quando a rotina de viagens ao Pantanal permite, assistir às corridas. “Hoje eu dedico 100% do meu tempo ao Onçafari, como eu falei é um projeto que vem crescendo bastante e não falta oportunidade ou coisas para fazer.”

O ex-piloto menciona outro ponto: enquanto no automobilismo corria por si próprio, equipe e, no máximo, pelos patrocinadores, a preservação ambiental é uma luta pelo nosso futuro. “Aqui é sobre deixar um legado de conservação e poder salvar várias vidas, tanto animais e vegetais quanto humanas, e deixar um legado para os meus filhos, para os netos e todas as gerações que vierem.”

“As pessoas não acreditam quando eu falo isso, mas se me chamassem para correr na Ferrari em Mônaco eu preferia muito mais vir para o Pantanal e fazer o que eu estou fazendo. A época do automobilismo foi ótima, mas é uma época que já passou”, finaliza Haberfeld.

É quase impossível condenar a escolha. Afinal, pilotos de Jaguar existem aos montes, já aqueles que decidem dedicar a sua vida aos jaguares da natureza são em número muito menor – enquanto são, definitivamente, muito mais importantes para o mundo.

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