A Fórmula 1 finalmente admitiu a possibilidade de ter uma 11ª equipe no grid. O GRANDE PREMIUM relembra as últimas quatro equipes a conseguirem uma vaga na categoria e seus desfechos

Depois de muita insistência da Andretti, a Federação Internacional de Automobilismo finalmente deu um sinal positivo rumo a entrada de uma nova equipe na Fórmula 1. Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, disse que a entidade prepara um “processo de manifestação de interesse” para avaliar potenciais equipes candidatas ao grid da principal categoria do automobilismo mundial.

A última vez que a Fórmula 1 teve a entrada de uma nova equipe foi em 2016, com a americana Haas, que ainda segue no grid. O time de Gene Haas sofreu com problemas financeiros ao longo dos anos, com contratos de patrocínio que não deram certo, como foi o caso da marca de energéticos Rich Energy e mais recentemente com a Uralkali, empresa do pai do piloto Nikita Mazepin, que durou apenas um ano na equipe.

Antes da Haas, a última vez que a Fórmula 1 permitiu a entrada de novas equipes foi em 2010, quando Hispania, Virgin e Lotus entraram no grid. Na época, a categoria permitiu a entrada de três novos times. A Campos-Meta, a Manor e a US F1 foram as escolhidas. As duas primeiras mudaram de nome, enquanto a US F1 desistiu de participar em março. A Lotus entrou logo após o anúncio da saída da BMW. A Toyota também deixou o grid, vaga que foi ocupada pela Sauber.

Haas foi última nova equipe a entrar na Fórmula 1 (Foto: Haas)

As três equipes passaram por uma série de mudanças de controle e nomes. Em 2012, a Virgin passou a se chamar Marussia após a marca russa comprar a maior parte do time, enquanto o nome Lotus foi assumido pela Renault e a equipe passou a se chamar Caterham, depois que Tony Fernandes, chefe da equipe, comprou a marca de carros britânica.

A Hispania, na época renomeada para HRT, foi a primeira a deixar o grid após a Thesan Capitals, dona do time, não conseguir achar um comprador a tempo da temporada de 2013. A equipe espanhola deixou a Fórmula 1 sem conquistar um ponto sequer. O primeiro tento do trio de 2010 veio apenas em 2014, quando o francês Jules Bianchi terminou o GP de Mônaco em nono pela Marussia.

O final de 2014 foi trágico para a equipe russa. Bianchi sofreu um forte acidente no GP do Japão e viria a falecer meses depois. A Marussia optou por correr a prova seguinte apenas com o carro de Max Chilton e depois não conseguiu disputar as últimas três provas nos Estados Unidos, Brasil e Abu Dhabi por problemas financeiros.

Hispania durou apenas três anos no grid da Fórmula 1 (Foto: HRT)

O ano terminou com a Caterham e a Marussia entrando em administração. A primeira não conseguiu atrair investimentos e seus ativos foram leiloados. A Marussia conseguiu financiamento de última hora para completar o grid e ser a décima equipe, com a volta do nome Manor. Para 2016, a Marussia deixou de vez a equipe, que passou a ser apenas Manor.

Aquele acabou sendo o último ano da Manor na Fórmula 1. Em janeiro de 2017, a Just Racing, empresa que controlava a equipe, entrou em administração. Sem encontrar alguém para assumir a operação, o time deixou o grid, que se mantém o mesmo desde então.

No fim das contas, as três equipes de 2010 somaram, juntas, apenas três pontos no período em que estiveram na Fórmula 1. O experimento falho da Fórmula 1 gerou uma resistência a novos times que pôde ser vista recentemente no pedido de entrada da Andretti.

A Haas passou por poucas e boas, mas está a anos luz de distância do trio que entrou em 2010. Acumula muito mais pontos, conquistou sua primeira pole-position com Kevin Magnussen no último GP de São Paulo e, mesmo sendo a equipe com mais corridas das quatro, é a que menos utilizou pilotos diferentes.

O GRANDE PREMIUM coloca Lado a Lado os números das quatro últimas equipes a conseguirem uma vaga na F1.

Manor sobreviveu até 2016 (Foto: Reprodução/Twitter)

Virgin-Marussia-Manor (2010 – 2016)

Temporadas na Fórmula 1: 7
Corridas disputadas: 123 (38 como Virgin, 64 como Marussia e 21 como Manor)
Pontos: 3
Melhor resultado: 9º lugar – Jules Bianchi – GP de Mônaco de 2014
Pilotos diferentes: 12

Lotus-Caterham (2010 – 2014)

Temporadas na Fórmula 1: 5
Corridas disputadas: 94 (38 como Lotus, 56 como Caterham)
Pontos: 0
Melhor resultado: 13° em cinco ocasiões (Jarno Trulli – GP do Japão 2010, Heikki Kovalainen – GP da Itália 2011, GP de Mônaco 2012 e GP de Abu Dhabi 2012, e Vitaly Petrov – GP da Europa de 2012)
Pilotos diferentes: 10

Lotus entrou no grid da Fórmula 1 em 2010 (Foto: Reprodução Twitter)

Hispania (2010 – 2012)

Temporadas na Fórmula 1: 3
Corridas disputadas: 58
Pontos: 0
Melhor resultado: 14º em três ocasiões (Karun Chandok – GP da Austrália de 2010 e GP de Mônaco de 2010, e Bruno Senna – GP da Coréia do Sul de 2010)
Pilotos diferentes: 8

Haas (Desde 2016)

Temporadas na Fórmula 1: 7
Corridas disputadas: 144
Pontos: 237
Melhor resultado: 4º lugar – Romain Grosjean – GP da Áustria de 2018
Pilotos diferentes: 6

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