Álex Márquez mostrou ter amadurecido muito em 2019. Em seu quinto ano na Moto2, tem mostrado constância e bons resultados, o colocando na frente na briga pelo título
É bastante clara a evolução de Álex Márquez no Mundial de Motovelocidade. Em 2019, o piloto tem se mostrado um tanto quanto constante para se manter nas primeiras colocações e, mais da metade da temporada depois, aparecer na liderança da classificação.
O atual campeonato marca o quinto do Márquez mais novo na Moto2, e o oitavo no Mundial. Entretanto, antes era um competidor inconstante que brigava para se manter em cima da moto e entregar bons resultados.
Colocando a cabeça no lugar e mostrando que aprendeu muito, chegou até mesmo a ser ligado na Honda na MotoGP, algo já descartado afinal, assinou mais um ano com a Marc VDS. Então, em um ano tão brilhante, o GRANDE PREMIUM tratou de fazer uma breve comparação de cada uma das campanhas do competidor na classe intermediária.
(Álex Márquez (Foto: Marc VDS))
2015
Nº de corridas: 18
Vitórias: 0
Pódios: 0
Top-10: 6
Pontos: 73
Pole-positions: 0
Pior resultado: quatro abandonos
Classificação final: 14º
Em 2015, o espanhol deu o salto da Moto3 para a Moto2. Chegando bem cotado, era o recém-campeão da menor das classes do mundial. Entretanto, o começo foi mais lento do que o esperado, só conseguindo alcançar o top-10 na quarta prova do calendário. No final do ano, ainda terminou uma posição abaixo de seu companheiro Luis Salom, que foi o 13º com sete pontos de vantagem.
Sua estreia na classe intermediária chegou a ter breves brilhos, como dois quartos lugares consecutivos na Tchéquia e na Grã-Bretanha, mas a inconsistência ainda era bastante presente em sua campanha, o que minou alcançar melhores resultados.
2016
Nº de corridas: 18
Vitórias: 0
Pódios: 1
Top-10: 6
Pontos: 69
Pole-positions: 0
Pior resultado: sete abandonos
Classificação final: 13º
O ano de Márquez em 2016 começou um tanto quanto difícil. Das cinco primeiras corridas, abandonou quatro, todas por conta de acidentes. O espanhol chegou apenas a cruzar a linha de chegada em Austin, conseguindo uma 11ª colocação. Dos outros três abandonos na temporada, dois foram quedas, e o outro por arm pump, um problema bastante conhecido entre os pilotos de moto.
Na briga interna, as coisas ficaram ainda mais desiguais. Enquanto o espanhol terminou o campeonato no meio da tabela, seu companheiro Franco Morbidelli, que conseguiu diversos pódios, terminou no quarto posto, evidenciando ainda mais a inconsistência do #73.
2017
Nº de corridas: 18
Vitórias: 3
Pódios: 6
Top-10: 12
Pontos: 201
Pole-positions: 3
Pior resultado: três abandonos
Classificação final: 4º
Em 2017, Álex começou a mostrar que tinha colocado a cabeça no lugar. Diferente dos anos anteriores, teve um início de temporada bastante sólido e, apesar de uma 21ª colocação na Argentina, fez uma primeira metade de campeonato forte, com vitórias e pódios.
Entretanto, ainda assim não foi o suficiente para se colocar mais diretamente na briga pelo título da Moto2. Ainda bastante oscilante, chegou a perder a prova de San Marino por conta de uma fratura no quadril após uma queda sofrida ainda no primeiro treino livre.
2018
Nº de corridas: 19
Vitórias: 0
Pódios: 6
Top-10: 12
Pontos: 173
Pole-positions: 3
Pior resultado: quatro abandonos
Classificação final: 4º
Em 2018, Márquez já se mostrava um piloto mais centrado e muito mais maduro. No campeonato, em todas as vezes que cruzou a linha de chegada, ficou fora do top-10 em apenas duas oportunidades, quando foi 13º na Alemanha e 18º em San Marino.
Entretanto, a consistência ainda não era sua grande amiga. Registrou quatro abandonos por acidente, além de não ter conseguido subir uma vez sequer no degrau mais alto do pódio, ainda não brigado de forma efetiva pelo título da classe intermediária.
2019*
Nº de corridas: 11
Vitórias: 5
Pódios: 7
Top-10: 9
Pontos: 181
Pole-positions: 2
Pior resultado: um abandono
Classificação final: 1º
*temporada em andamento
O espanhol vive, em 2019, certamente a melhor temporada desde que subiu para a Moto2. Aliando constância com equilíbrio, manteve o ritmo forte ritmo da primeira metade do campeonato na segunda parte de sua campanha, quando alcançou uma vitória e um segundo lugar após o verão.
Os dois piores resultados que teve até o momento foi uma 24ª colocação em Jerez de la Frontera, e um abandono, ficando fora do pódio apenas em quatro corridas de 11 disputadas até o momento. Isso, é claro, se reflete na tabela, onde lidera.
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