Sem promessas vazias e com trabalho que começa a mostrar resultados, a McLaren viveu uma pré-temporada mais realista em 2019 que nos últimos anos. É apenas o começo da batalha para escalar a ladeira

A McLaren que se apresenta para a temporada 2019 do Mundial de F1 é bastante diferente com relação àquela operação que começou o ano de 2018. E os primeiros sinais foram vistos na pista do Circuito da Catalunha durante as duas semanas de testes coletivos de pré-temporada. O que se viu foi uma McLaren com menos promessas e muito mais consistência. É um começo promissor dentro de um padrão de honestidade da equipe inglesa, que enfim parece ter aceitado se despir do rei na barriga pelos feitos de outros tempos.

Zak Brown segue na direção-executiva, mas agora muito mais poderoso na equipe. Éric Boullier, que comandava as operações esportivas, foi tirado de cena durante 2018. O novo ano terá Gil de Ferran trabalhando ao lado dos pilotos e Andreas Seidl, ex-homem-forte da Porsche, para supervisionar as decisões esportivas.

A atitude da McLaren em 2019 é diferente, mais realista. A conversa é sobre regularizar o carro, após o modelo péssimo do ano que passou, é que a glória está distante. Nem sequer de meta de resultados se fala, enquanto um ano atrás o papo era de se aproximar da Red Bull. Realismo é um forte do projeto.

Os testes coletivos de pré-temporada de 2018, assim como os 2019, foram divididos por oito dias, todos no Circuito da Catalunha. A McLaren, é bom lembrar, já tinha motores Renault no ano anterior. A comparação, portanto, é boa por haver muitos elementos análogos entre as duas situações.

 

Confiabilidade e quilometragem

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A grande diferença está nesse quesito. Em 2018, a McLaren aproveitou cinco problemas mais sérios no carro durante sete dias de pista – um dos dias teve pouquíssima atividade, por conta da chuva. Nos últimos dois dias, depois de resolver questões diferentes, Stoffel Vandoorne e Fernando Alonso deram, respectivamente, 151 e 93 giros. No quarto dia, quando os dois dividiram as ações, passaram das 140. Mas em nenhum dos outros cinco dias a McLaren chegou à contagem de 60 voltas.

Ao todo, no fim das contas, a equipe de Woking deu 619 voltas. Todas as outras nove escuderias andaram mais em Barcelona. A Haas, nona que mais andou, marcou 694 giros na pista espanhola.

É uma perda grosseira na comparação com este 2019. Carlos Sainz Jr. e Lando Norris chegaram às 100 voltas em cinco de oito dias – em nenhuma das sessões deram menos de 80 voltas. E sem problemas graves. que tirassem o carro de circulação. No fim das contas, a McLaren deu 874 voltas e superou Haas, Red Bull, Racing Point e Williams.

O MCL34, desta feita, terminou a temporada com 255 voltas dadas a mais que o MCL33. Mesmo contando com o dia de chuva que limitou a McLaren a 11 voltas num dos dias em 2018 – nenhuma outra equipe foi à pista -, a diferença é grosseira.

 

(Lando Norris (Foto: McLaren))

Velocidade

O ano passado não contou com a McLaren ponteando nenhum dos dias normais de pré-temporada. A exceção foi o terceiro dia, como referido previamente, quando uma chuva forte fez com que as equipes fugissem na pista. Apenas Alonso resolveu dar algumas poucas voltas e, assim, liderou. Nada impressionante, pois.

Neste ano, na semana passada, a McLaren liderou dois dias de testes – os primeiros da semana derradeira. Lando Norris ponteou o quinto dia de testes com 1min17s709, enquanto Sainz anotou 1min17s144 e ficou com a ponta no sexto dia.
(Lando Norris (Foto: McLaren))

O MCL34 singrando os mares bravios de Barcelona (Trabalho em Barcelona (Foto: McLaren))
 

Geral

Na contagem geral de voltas, a McLaren teve um resultado pior, mas mais realista que no ano passado. Sainz foi o oitavo com a melhor volta na soma total dos oito dias, pouco menos de 0s7 atrás de Sebastian Vettel, o mais rápido. Norris foi o décimo colocado, 0s8 mais lento que Vettel.

Alonso enganou o resultado final de 2018. Foi o terceiro mais veloz, atrás da dupla da Ferrari: Vettel, também o líder, teve vantagem de 0s6. A mágica de Fernando. Vandoorne, por outro lado, foi somente o 12º colocado e com um tempo 1s5 mais lento que o de Vettel, mesmo com os pneus hipermacios.

A McLaren teve uma pré-temporada com incontáveis simulações de corridas e conseguiu se colocar bem na parte de cima da briga do pelotão intermediário da F1. Foi um fevereiro e começo de março melhor que o dos últimos anos, quando a tradicional equipe inglesa mostrou que há menos bravata e mais trabalho sério para recuperar o lugar na história.

 

(Carlos Sainz Jr (Foto: McLaren))

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