Lado a lado, os dois maiores vencedores da história da F1 somam 164 triunfos no Mundial, além de outros tantos números superlativos que os colocam como verdadeiras lendas do esporte

Dizem que os números são frios. Não deixa de ser uma verdade. Mas também é o que, no frigir dos ovos, serve como base para definir os melhores de um determinado período. No caso do esporte em geral, títulos e vitórias servem para que se possa enxergar com maior clareza quem escreveu sua página na história ou se dela foi um mero espectador.

No esporte a motor, há tantos exemplos de pilotos que construíram números grandiosos ao longo das respectivas e se colocaram no topo. Como Sébastien Loeb, dono de nove títulos no Mundial de Rali, Giácomo Agostini e Valentino Rossi, com incontáveis glórias no Mundial de Motovelocidade, e os heptacampeões Richard Petty, Dale Earnhardt e Jimmie Johnson na Nascar. Além, claro, do mítico Stéphane Peterhansel, 13 vezes campeão do Rali Dakar.

Na F1, Juan Manuel Fangio sustentou por quase 50 anos o posto de maior campeão de todos os tempos, até que Michael Schumacher chegou ao hexacampeonato em 2003 e, no ano seguinte, alcançou a inimaginável marca de sete títulos mundiais. Desde então, Fernando Alonso chegou a despontar como o grande piloto do seu tempo, mas o espanhol ficou para trás no confronto contra Sebastian Vettel, tetracampeão em sequência entre 2010 e 2013.

Mas coube a Lewis Hamilton, o papel de fazer a história com a carreira que já o coloca no mesmo patamar de pentacampeão de Fangio com os títulos de 2008, 2014, 2015, 2017 e do ano passado, trazendo potencial para igualar ou até superar Schumacher nos números, caso mantenha a forma arrasadora dos últimos anos.

O britânico tem contrato com a Mercedes até o fim de 2020 e, em teoria, tem totais condições de empatar com Schumacher em número de títulos e superar o alemão em outros recordes de performance, como vitórias e pódios. Hamilton já ostenta um recorde absoluto pra lá de relevante na F1: o de poles, com nada menos que 83 vezes largando da posição de honra do grid.

A seguir, o GRANDE PREMIUM traz os números dos maiores vencedores da F1.

Michael Schumacher é detentor de quase todos os recordes de performance da F1

Michael Schumacher 

Nascido em 3 de janeiro de 1969 (50 anos)
Carreira na F1: entre o fim de 1991 e 2006; 2010 a 2012

GPs disputados: 307
7 títulos mundiais – recorde (1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004)
91 vitórias – recorde
22 vitórias em GPs diferentes
23 vitórias em pistas diferentes
68 pole-positions
13 anos seguidos com pelo menos uma pole – recorde
77 voltas mais rápidas – recorde
155 pódios – recorde
15 anos consecutivos com pelo menos um pódio – recorde
17 pódios – Único com pódios em todas as corridas de uma temporada (2002)

5.111 voltas lideradas – recorde
24.148 km liderados – recorde
142 GPs com voltas na liderança – recorde
(Michael Schumacher vibra com vitória no primeiro GP do Bahrein (Foto: Getty Images))

Pentacampeão, Lewis Hamilton tem como meta ser o maior de todos os tempos (Lewis Hamilton é o novo pentacampeão mundial de F1 (Foto: Mercedes))
Lewis Hamilton
Nascido em 7 de janeiro de 1985 (34 anos)
Carreira na F1: desde 2007

GPs disputados: 229
5 títulos mundiais (2008, 2014, 2015, 2017, 2018)
73 vitórias
23 vitórias em GPs diferentes – recorde
26 vitórias em pistas diferentes – recorde
83 pole-positions – recorde
12 anos com pelo menos uma pole
41 voltas mais rápidas
134 pódios
12 anos consecutivos com pelo menos um pódio
17 pódios em uma única temporada (2008, 2015 e 2016)

3.975 voltas lideradas
20.199 km liderados
129 GPs com voltas na liderança
(F1 2018; GP DO BRASIL; INTERLAGOS; DOMINGO; PÓDIO; MERCEDES; LEWIS HAMILTON; RODRIGO BERTON)

Os números de Schumacher até o penta

Lewis Hamilton levou 12 temporadas e 229 GPs para chegar ao pentacampeonato. Nesse sentido, a campanha de Michael Schumacher até empatar com Juan Manuel Fangio foi um pouco mais curta e mais arrebatadora, considerando que o alemão fez apenas seis corridas no seu ano de estreia, em 1991 (uma prova pela Jordan e cinco pela Benetton).

Com a morte de Ayrton Senna em 1994, Schumacher ficou praticamente com caminho livre para conquistar o título, mesmo com as mudanças de regulamento e punições que acabaram por ajudar Damon Hill a chegar a Adelaide com chances de faturar a taça naquela decisão polêmica, que coroou o alemão como novo campeão, iniciando a trajetória que o colocaria como o maior detentor de títulos da história da F1 oito anos depois.

Enquanto nos dias de hoje o Mundial de F1 compreende 21 etapas, na época do auge de Schumacher o calendário não tinha mais do que 17 GPs. Assim, o alemão teve menos GPs — considerando também a encurtada temporada de 1999 por conta do acidente sofrido em Silverstone — para pavimentar seu caminho até o pentacampeonato em números igualmente surreais.

1991 – 6 GPs
1992 – 16 GPs – 1 vitória, 8 pódios, 2 voltas mais rápidas
1993 – 16 GPs – 1 vitória, 9 pódios, 3 voltas mais rápidas
1994 – 16 GPs – 8 vitórias, 10 pódios, 6 poles, 8 voltas mais rápidas
1995 – 17 GPs – 9 vitórias, 11 pódios, 4 poles, 8 voltas mais rápidas
1996 – 16 GPs – 3 vitórias, 8 pódios, 4 poles, 2 voltas mais rápidas
1997 – 17 GPs – 5 vitórias, 8 pódios, 3 poles, 3 voltas mais rápidas
1998 – 16 GPs – 6 vitórias, 11 pódios, 3 poles, 6 voltas mais rápidas
1999 – 9 GPs – 2 vitórias, 6 pódios, 3 poles, 5 voltas mais rápidas
2000 – 17 GPs – 9 vitórias, 12 pódios, 9 poles, 2 voltas mais rápidas
2001 – 17 GPs – 9 vitórias, 14 pódios, 11 poles, 3 voltas mais rápidas
2002 – 17 GPs – 11 vitórias, 17 pódios, 7 poles, 7 voltas mais rápidas

Total: 180 GPs – 64 vitórias, 114 pódios, 50 poles, 49 voltas mais rápidas
 

Bonus track – Juan Manuel Fangio

Se entre os anos 1990 e início da década de 2000 uma temporada do Mundial de F1 contemplava entre 16 e 17 etapas, nos anos de ouro do esporte, na década de 1950, o calendário era ainda mais curto. Considerando que as 500 Milhas de Indianápolis faziam parte do cronograma da F1 naquele tempo, mas contavam apenas com pilotos norte-americanos, os campeonatos da época tinham uma variação entre seis e oito etapas.

Assim, os números alcançados por Juan Manuel Fangio na sua caminhada rumo ao pentacampeonato demonstram a grandeza da dinastia estabelecida pelo argentino nos primeiros anos de disputa do Mundial de F1. Eis os números da carreira de Fangio, que conquistou cinco títulos e dois vice-campeonatos entre 1950 e 1957 — em 1958, o piloto disputou apenas duas etapas.

GPs disputados: 51
5 títulos mundiais (1951, 1954, 1955, 1956, 1957)
24 vitórias (47,06% dos GPs disputados)
29 pole-positions
23 voltas mais rápidas
35 pódios

Juan Manuel Fangio foi o primeiro supercampeão da história da F1 (Divulgação/Mercedes)

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