Assim como em 2014, a Mercedes iniciou a temporada com seis vitórias em seis corridas consecutivas, sequência quebrada justamente no GP do Canadá aquele ano. O Lado a Lado desta semana traz as diferenças das duas temporadas
A Mercedes venceu todos os campeonatos de pilotos e construtores da famigerada ‘Era Híbrida’ da Fórmula 1, mas o domínio exacerbado do time alemão ficou marcado no primeiro ano, em 2014, e agora em 2019. Nas duas temporadas, um carro prateado cruzou a linha de chegada na primeira colocação nas seis primeiras corridas da temporada.
Em 2014, Lewis Hamilton e Nico Rosberg chamaram atenção pela forte performance desde os testes de pré-temporada, e confirmaram o favoritismo ao longo do ano, dividindo vitórias e chegando até a última corrida da temporada com o título em jogo. Em 2019, Hamilton divide a garagem com o finlandês Valtteri Bottas, e o cenário tem tudo para ser bem parecido.
Hamilton venceu quatro das seis primeiras corridas, assim como em 2014 (Hamilton venceu quatro de seis corridas em 2019 (Foto: Mercedes))
Classificação da F1 em 2014 após seis corridas
Mundial de Pilotos
1º) Rosberg – 122
2º) Hamilton – 118
3º) Alonso – 61
4º) Ricciardo – 54
5º) Hülkenberg – 47
Mundial de Construtores
1º) Mercedes – 240
2º) Red Bull – 99
3º) Ferrari – 78
4º) Force India – 67
5º) McLaren – 52
Classificação da F1 em 2019 após seis corridas
Mundial de Pilotos
1º) Hamilton – 137
2º) Bottas – 120
3º) Vettel – 82
4º) Verstappen – 78
5º) Leclerc – 57
Mundial de Construtores
1º) Mercedes – 257
2º) Ferrari – 139
3º) Red Bull – 110
4º) McLaren – 30
5º) Racing Point – 17
A Mercedes no início de 2014
O início da Mercedes foi com seis corridas e cinco dobradinhas. O único revés que a equipe sofreu foi na abertura da temporada, na Austrália, quando um problema de motor fez Lewis Hamilton abandonar ainda na segunda volta. Rosberg venceu aquela corrida confortavelmente, mas viu o inglês se recuperar e vencer as quatro provas seguintes, incluindo a épica batalha no Bahrein, considerada como uma das melhores da década.
Rosberg voltaria a triunfar em Mônaco, e mesmo com duas vitórias a menos que o rival, liderava o campeonato por conta dos pontos que ganhou na Austrália. A Mercedes tinha incríveis 141 pontos de vantagem para a Red Bull, que estava em segundo, enquanto Hamilton acumulou 57 pontos de distância para Fernando Alonso, que estava em terceiro após a etapa de Monte Carlo.
Atrás da Mercedes, a disputa era mais acirrada. Kevin Magnussen, Jenson Button, Sebastian Vettel, Sergio Pérez, Fernando Alonso e Daniel Ricciardo subiram ao pódio, totalizando oito pilotos diferentes nas três primeiras colocações nas corridas iniciais.
A concorrência animada pelo posto de segunda equipe deu mais pontos para os times em disputa o que resultou no aumento da vantagem da Mercedes na liderança.
A Mercedes no início de 2019
Até aqui, foram cinco dobradinhas nas cinco primeiras corridas, batendo o recorde registrado pela Williams no início de 1992, e pódio em todas as provas. O pior resultado do time foi a terceira colocação de Valtteri Bottas no GP de Mônaco. O finlandês venceu as provas da Austrália e do Azerbaijão, enquanto Hamilton triunfou no Bahrein, China, Espanha e Mônaco.
Com 257 pontos somados, incluindo dois de voltas mais rápidas, a Mercedes superou a marca de 2014, mas a distância para a Ferrari, segunda colocada, é menor, com 118 pontos. Bottas, com 120 pontos, está 38 à frente de Sebastian Vettel, o terceiro colocado no Mundial de Pilotos.
Cinco anos depois, os resultados mostram uma divisão maior entre os times, a popular 'F1 A x F1 B'. Além da dupla que lidera o campeonato, Sebastian Vettel, Max Verstappen e Charles Leclerc também subiram ao pódio, totalizando apenas cinco pilotos diferentes nas três primeiras colocações.
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