A F1 voltou! Daniel Ricciardo decepcionou, mas Valtteri Bottas mostrou uma feição nunca antes vista nas cores da Mercedes. Enfim, podemos tomar decisões e tentar conjecturar análises sobre o que vem aí

Depois de longa espera, a F1 enfim voltou para começar a temporada 2019. No último domingo, o GP da Austrália deu aos muitos fãs da maior categoria de carros de corrida do mundo o que esperavam: largada e ação. E uma surpresa desde os primeiros segundos da prova: um domínio contundente de Valtteri Bottas. Vencedor de ponta e ponta e com inéditos 26 pontos.

Lewis Hamilton viu um erro estratégico da Mercedes diminuir muito a chance de desafiar Bottas, mas conseguiu evitar a provável chegada de Max Verstappen para garantir a dobradinha. Max, por sua vez, ignorou as Ferrari e foi a um inesperado pódio. 

Sebastian Vettel e Charles Leclerc foram mal, mas ver a Ferrari mandando o monegasco não atacar o alemão logo de cara foi um velho filme reprisado. 

Bottas, claro, ficou com a maior nota e sai na frente também neste exercício de distribuir níveis; a pior nota, por sua vez, foi para Daniel Ricciardo e mais uma prova decepcionante em casa. 

As notas do Ranking GP são calculadas através de avaliações de Gabriel Curty, Pedro Henrique Marum e Vitor Fazio, do GRANDE PREMIUM.

Valtteri Bottas recebe a admiração dos companheiros de pódio (Valtteri Bottas ganha a admiração no pódio (Foto: AFP))

1º) Valtteri Bottas – 9.5 – Foi uma versão que nunca tinha sido vista de Bottas, ao menos não na Mercedes. Não que jamais tivesse tido boas corridas ou momentos, mas o finlandês mostrou, enfim, instinto assassino para passar Hamilton, peitar a equipe e buscar 26 pontos. É esse Bottas que todo mundo quer ver pelo resto do ano. 

2º) Lewis Hamilton – 7.5 – A Mercedes errou. Chamou Hamilton cedo demais aos boxes para se defender de uma tentativa inócua da Ferrari. Lewis viu Valtteri se distanciar e Verstappen se aproximar, algo do qual teve de cuidar mesmo com dano no assoalho. Mas não foi apenas a Mercedes: Hamilton bateu Bottas na largada e primeiras voltas. Ganhou a corrida ali, de forma justa. 

3º) Max Verstappen – 8.5 – Verstappen é Verstappen. E isso é uma grande notícia para a Red Bull. O holandês se meteu entre as Ferrari na classificação e buscou os pontos que Vettel e a equipe italiana ofereceram com o erro estratégico. Passou o tetracampeão e foi embora, a caminho de Hamilton, que mesmo com danos no carro se defendeu. Verstappen cometeu um erro no fim que custou a briga pelo segundo posto, mas mesmo assim foi uma ótima exibição.

Charles Leclerc (Charles Leclerc na grama (Foto: AFP))

4º) Sebastian Vettel – 5.0 – A grande decepção da prova foi a Ferrari, em especial com Vettel. Primeiro porque se esperava mais desempenho, segundo porque não se esperava que Mattia Binotto, em sua estreia, fosse errar tanto na estreia. E, por fim, por impedir que Leclerc atacasse Vettel quando tinha ritmo. Vettel não mostrou reação, o que certamente não passa incólume. Estreia péssima.

5º) Charles Leclerc – 5.5 – Depois de largar atrás da Red Bull e admitir que errou, Leclerc até fez uma corrida correta. Pior que Verstappen, sim, mas o suficiente para incomodar Vettel. Como não permitiram que assim fizesse, terminou mesmo na quinta colocação. 
 
6º) Kevin Magnussen – 7.0 – O melhor do resto. Mais uma vez, Magnussen respondeu bem com a Haas – que deveria ter marcado muitos pontos não fosse um familiar erro com Grosjean. Magnussen fez as ultrapassagens necessárias, guardou o ritmo quando precisou e saiu com a sexta colocação. É sempre valioso 'roubar' um espaço do top-6.

7º) Nico Hülkenberg – 7.0 – A Renault foi muito mal no sábado. Ponto colocado. Mas o ritmo de corrida estava satisfatório o bastante para fazer a limpa na sua frente e sair com importantes pontos na estreia – especialmente com o abandono do companheiro. 

8º) Kimi Räikkönen – 6.5 – Uma coisa ficou claro na Alfa Romeo, ao menos nesse começo: o ritmo dos sábados é um tanto melhor que o do domingo. Mas Raikkönën compensa e, no braço, tira importantes seis pontos mesmo num dia em que a equipe se perdeu nas escolhas com o outro piloto. 

9º) Lance Stroll – 6.5 – Durante boa parte da prova, Stroll foi protegido por um lento Giovinazzi e depois tirou proveito de uma batalha pelo décimo lugar que o deixou tranquilo. É apenas uma constatação não para diminuir Stroll, que se saiu muito melhor que o companheiro experiente após largar bem atrás, mas para exaltar a atuação. A Racing Point está atrás de algumas de suas rivais, mas o jovem canadense conseguiu superar os problemas iniciais e marcar pontos.

10º) Daniil Kvyat – 6.5 – O Torpedo Russo voltou! Kvyat foi outro protegido pelos problemas de Giovinazzi durante um tempo, mas depois foi com o braço que segurou a Red Bull de Gasly – que tinha pneus mais novos – durante longo período. Pela forma como conquistou.

Pierre Gasly (Pierre Gasly (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool))

11º) Pierre Gasly – 4.0 – A Red Bull errou com Gasly no sábado – e o francês não descontou o erro no braço. Desconto, OK. Mas, no domingo, Gasly chegou a andar em sexto e precisou de novo pit-stop. Tinha pneus zero e um carro melhor quando voltou à pista na 11ª colocação. Podia atacar. Mas sequer conseguiu superar Kvyat numa Toro Rosso de pneus gastos. 

12º) Lando Norris – 6.0 – Norris fez seu fim de semana com o Q3 do sábado enquanto o companheiro foi o pior do pelotão intermediário. Na corrida, Norris perdeu algumas posições e terminou fora dos pontos. Como Sainz abandonou logo de cara, difícil traçar um panorama do que é a realidade dele e da McLaren. Mas fica com uma estreia mais positiva que contestada.

13º) Sergio Pérez – 5.5 – Pérez admitiu que largou muito mal e perdeu várias posições. O rendimento na comparação com um brilhante sábado foi tão abaixo que parecia ter sido causada por um problema, mas não foi o caso. Stroll é quem sai na frente na disputa interna. 

14º) Alexander Albon – 5.5 – O tailandês teve uma estreia discreta na F1. Foi bem com o Q2 no sábado, mas ficou distante de Kvyat no domingo. Albon, como Norris e Pérez, formou o grupo atrapalhado por Giovinazzi nas muitas voltas de lentidão. Para o começo, não é de ser jogar fora. Foi capaz de batalhar com pilotos mais experientes e entregar bem com o que a equipe forneceu.

15º) Antonio Giovinazzi – 4.0 – O italiano afirmou que teve problemas no carro ainda na primeira volta, o que complicou sua corrida. Mas qual o motivo da Alfa Romeo demorar tanto a chamá-lo para os boxes quando o carro sequer ficava na pista com consistência? Vai saber, mas houve um erro. 

16º) George Russell – 5.0 – Russell ganhou de lava a briga possível: com o companheiro de equipe. É tudo que dá para conseguir com a Williams. Ainda conseguiu manter Ricciardo atrás dele nas voltas em que o australiano tentou ficar na corrida.

17º) Robert Kubica – 3.5 – Claramente insatisfeito com o que a equipe inglesa oferece, Kubica andou bem atrás de Russell e agora sabe que tem uma batalha em mãos para tentar fazer da Williams um time minimamente decente.

Carlos Sainz Jr. estourou o pneu (Sainz dá adeus à corrida (Foto: Reprodução/Twitter))

NC) Romain Grosjean" target="_blank">Romain Grosjean – 7.0 – Um problema familiar para a Haas na Austrália – pneu dianteiro quase solto – custou os pontos que Grosjean ia conquistando na abertura do campeonato. Ruim para ele e para a Haas, que teve sucesso com Magnussen. Grosjean ainda saiu reclamando que as mudanças da F1 não melhoraram a questão das ultrapassagens. 

NC) Daniel Ricciardo – 2.0 – Ricciardo especulou com o que tinha e tentou tirar a enorme desvantagem deixada no sábado logo na largada. O resultado foi caótico: perdeu a asa dianteira na área gramada e viu a corrida se perder. Até tentou voltar, mas, muito atrás, abandonou. Em algum momento Ricciardo vai entender que na Red Bull dá para ultrapassar o pelotão intermediário inteiro se alguma coisa correr mal, mas na Renault não é o caso. Hülkenberg não entrou na insanidade e foi sétimo colocado. 

NC) Carlos Sainz Jr. – 3.5 – Sainz fica com a realidade do sábado, quando foi o pior do pelotão intermediário. Até largou bem no domingo, mas a tentativa de recuperação acabou em poucas voltas, quando o motor Renault estourou e pôs fim à estreia na nova equipe.

GP da Austrália – 5.5

Não foi a corrida mais incrível e memorável do mundo e não estará entre as melhores de 2019 quando o ano estiver acabando. Mas foi um retorno respeitável. Grandes atuações, expectativas que começaram a ser respondidas e algumas brigas por posição. Foi bom para tirar a poeira e deixar a ficha cair que começou mais uma vez.

Média: 5.5

 
(A largada do GP da Austrália (Foto: Mercedes))

1º) Valtteri Bottas – 9.5
2º) Max Verstappen – 8.5
3º) Lewis Hamilton – 7.5
4º) Kevin Magnussen – 7.0
4º) Nico Hülkenberg – 7.0
4º) Romain Grosjean – 7.0
7º) Kimi Räikkönen – 6.5
7º) Lance Stroll – 6.5
7º) Daniil Kvyat – 6.5
10º) Lando Norris – 6.0
11º) Charles Leclerc – 5.5
11º) Sergio Pérez – 5.5
11º) Alexander Albon – 5.5
14º) Sebastian Vettel – 5.0
14º) George Russell – 5.0
16º) Pierre Gasly – 4.0
16º) Antonio Giovinazzi – 4.0
18º) Robert Kubica – 3.5
18º) Carlos Sainz Jr. – 3.5
20º) Daniel Ricciardo – 2.0

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