Rossi tira peso de futuro das costas e dá passo para voltar ao alto nível
Alexander Rossi quebrou jejum de poles e voltou a mostrar boa performance desde que garantiu futuro na Indy. Em pista que premia quem larga na frente, americano surge como favorito
Foi em Elkhart Lake, em 2019, que Alexander Rossi venceu pela última vez na Indy. Na época, o piloto tinha acabado de renovar vínculo com a Andretti por mais 3 anos, vinha de um vice-campeonato em 2018 e teve a grande performance da carreira em Road America, batendo Colton Herta na largada e vencendo com uma rara vantagem de 20 segundos sobre o segundo colocado.
Naquele estágio, Alex era candidato forte ao título da Indy contra Josef Newgarden, e mesmo perdendo a batalha naquele ano contra o piloto da Penske, o sentimento era de que estava em um lugar capaz de brigar por títulos e que era um nome de alto nível da Indy. Mal sabia Alexander que entraria em um jejum duro e que perdura até hoje de permanecer sem vitórias na categoria.
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Rossi não só perdeu espaço dentro da Indy, mas também na Andretti. Tanto em 2020 quanto 2021, o responsável por fazer o time vencer foi Colton Herta, e Alexander nem no top-5 do campeonato apareceu. Era vítima de desempenhos ruins, problemas de confiabilidade, e as vezes simplesmente estar no lugar errado e na hora errada.
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Em 2021, por exemplo, conquistou apenas um pódio e foi 10º no campeonato. Ao entrar no ano expirante de contrato, o cenário era bastante claro de que Michael Andretti não tinha a total confiança de que deveria manter este casamento para 2023, e o início de Alexander foi a comprovação de que era hora de tomar novos rumos.
E foi justamente quando a McLaren apareceu que o jogo pareceu virar para Alexander. Com a segurança de um futuro garantido na Indy, os resultados começaram a aparecer. Fez grande escalada para terminar as 500 Milhas de Indianápolis em quinto, e teve boas chances de vitória em Detroit ao acertar na estratégia, finalizando na segunda posição.
A pole em Road America é outra excelente demonstração de que Alexander está com a cabeça mais tranquila e tem condições de voltar a desempenhar no mesmo nível de 2018 e 2019. É impossível pensar que o piloto simplesmente esqueceu de como correr.

Elkhart Lake, por sinal, é um lugar que costuma premiar pilotos que largam na frente, diferente do cenário visto em Detroit, onde tudo era mais aberto. Não é tão frequente também ver corridas cercadas por muitas amarelas, outro elemento que também coloca Alexander como favorito no domingo.
E a briga por vitória em Road America é desenhada aos times grandes, com poucas chances de surpresa. Josef Newgarden, vencedor em 2018, tem a chance de descontar o trauma de 2021, quando liderou a corrida inteira e sofreu uma quebra de câmbio na última relargada, em pontos que custaram o campeonato. O piloto da Penske larga de segundo, e precisa dar uma resposta na briga pelo título, ainda mais com o companheiro de equipe largando em 15º.
Sempre comendo pelas beiradas, Álex Palou foi vencedor de 2021, e no domingo largará em terceiro. Mesmo sendo um destaque da temporada pela regularidade, está na hora do espanhol vencer para virar o grande nome da Ganassi na briga pelo título, já que atualmente está atrás de Marcus Ericsson no campeonato.
Road America é sempre um espetáculo a parte e uma das melhores pistas dos Estados Unidos, além de uma pista perfeita para quem quer fugir de zebras e confusão.

