Lundgaard estreia na McLaren e vê “muitas coisas diferentes” com RLL: “Tem mais ritmo”
Christian Lundgaard comentou o que parece óbvio: McLaren é mais rápida que RLL na Indy. Porém, listou algumas outras diferenças entre equipes
Até aqui, Christian Lundgaard é a única movimentação de pilotos entre as quatro principais equipes — Penske, Ganassi, Andretti e McLaren — para a temporada 2025 da Indy. O dinamarquês, que deixou a RLL, acelerou pela primeira vez o carro #7 da McLaren durante os testes coletivos da categoria no oval de Indianápolis, realizados na última sexta-feira (11). O piloto reportou “muitas coisas diferentes” entre o antigo e o novo time.
Até então, a única referência para Lundgaard na Indy era justamente a RLL, onde estreou na categoria no GP de Indianápolis 2 em 2021. De cara, o dinamarquês impressionou, ao conquistar o quarto lugar no grid. Na corrida, a falta de experiência no certame foi um dos fatores que o fizeram finalizar em 12º. No entanto, após se tornar titular da equipe a partir de 2022, Lundgaard mostrou ser um talento, a ponto de levar o combalido time de Bobby Rahal à vitória do GP de Toronto de 2023.
Evidente que o desempenho de Lundgaard não passaria desapercebido. Por isso, a McLaren o contratou para o lugar de Alexander Rossi. Apesar da primeira vez do dinamarquês na equipe laranja papaia ter sido em um teste, o resultado final não foi dos melhores, ao terminar em 10º de 11 carros, com 40s990 —0s873 atrás de Álex Palou, o mais rápido.
“Foi um pouco de cada coisa do ponto de vista do plano de corrida. Foi bom para entender como eles trabalham como equipe e como vamos atuar juntos no #7, nos acostumar um ao outro. Obviamente, também ter mais informações para o mês de maio”, afirmou Lundgaard à revista inglesa Autosport.

“Então, este foi um bom começo, mas também complicado. É difícil quando se conhece somente uma forma [de trabalhar na Indy] e, de repente, tem de atuar de um modo completamente diferente. Mas mudar é bom”, completou.
Lundgaard surpreendeu ao dizer que a maior diferença entre a atual e a antiga equipe está no volante, que a condução foi uma dificuldade neste início, mas também apontou algo que é nítido aos olhos de quem acompanhou a Indy, mesmo que não tenha sido de maneira aprofundada: a McLaren é mais rápida.
“O carro tem mais ritmo natural do que o que usei anteriormente”, falou Lundgaard.
“Acho que o equilíbrio é semelhante ao que tive [na RLL]. Realmente, não esperava que a maior diferença estaria na condução. Então, acho que várias coisas aconteceram de maneira inesperada, o que é algo bom. Foi bom por poder trabalhar com todo mundo. A atividade foi mais para sentir o carro, atuarmos juntos, aprendermos a trabalhar em conjunto e entender as ferramentas e pessoas que estão disponíveis. Para mim, trabalhar com um novo volante foi, provavelmente, a maior diferença. Precisei de um tempo, mas tudo ficou bem”, prosseguiu.
Durante o longo período entre as temporadas, visto que a Indy só vai retornar no dia 2 de março, com o GP de São Petersburgo, Lundgaard espera se adaptar ao novo time e também à Chevrolet, motor que empurra a McLaren — a RLL tem unidades de potência da Honda.
“Quero gastar muito tempo com a Chevrolet apenas para ter certeza de que estou a par dos procedimentos”, comentou Lundgaard.
“São muitas coisas diferentes. Tem coisas básicas e simples, como a memória muscular, algo que não se pensaria. É diferente, pois é equipe e montadora distintas. É preciso ter isso em conta para garantir que vai ser possível ser feito”, finalizou.
A Indy volta agora somente em 2025, no dia 2 de março, com o GP de São Petersburgo, nas ruas da cidade da Flórida.
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