Herta põe pé no freio sobre troca de Indy por Cadillac na F1: “Não é certeza para mim”
Colton Herta destacou o grupo de trabalho da Andretti e lançou dúvida sobre mudança para competir na Fórmula 1 a partir de 2026
Sempre apontado como um dos favoritos para ser piloto da Cadillac na Fórmula 1 a partir de 2026, Colton Herta declarou ter dúvidas se aceitaria deixar a Indy para iniciar uma carreira na categoria mais popular do planeta. O norte-americano destacou o grupo que trabalha dentro da Andretti como um motivo para permanecer onde está.
O projeto da Cadillac na Fórmula 1 tem ligações intrínsecas com a Andretti. A marca de luxo da GM utiliza a estrutura da equipe agora comandada por Dan Towriss — desde o fim de setembro do ano passado, assumindo o posto de Michael Andretti. Curiosamente, a F1 só aceitou o ingresso da montadora como 11ª equipe da categoria após essa transação ter sido anunciada.
Uma das primeiras iniciativas da Cadillac depois de ter sido confirmada como equipe da F1 foi colocar Mario Andretti, pai de Michael, na diretoria. Desde então, o campeão da F1 1978 e tetracampeão da Indy fala abertamente sobre a intenção de ter um piloto norte-americano e que Herta é o favorito ao posto. No entanto, o filho de Bryan Herta tem minimizado a possibilidade, pregando foco na Indy.
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“Teria de deixar um enorme grupo de pessoas com quem gosto de trabalhar, então não é algo certeiro para mim. Não é uma decisão fácil, não é um ‘tudo bem, vejo vocês mais tarde’. É desistir de uma oportunidade de talvez nunca mais atuar com esse pessoal”, disse Herta.
“Foi uma porcaria terminar a temporada em segundo, mas foi bom por ter sido meu melhor resultado em um campeonato. Só é uma droga ter chegado tão perto. Quero ser campeão — esse ano não é diferente. Estamos trabalhando para isso”, completou.
Envolvido nos dois projetos — Andretti na Indy e Cadillac na F1 —, Towriss aprovou a resposta de Herta e pregou que o alvo neste ano é buscar o título no campeonato norte-americano de monoposto, após o piloto ter encerrado 2024 com o vice-campeonato, atrás de Álex Palou.
O início da jornada de Herta, no entanto, não foi o ideal. O norte-americano largou na segunda posição, mas teve um problema com o reabastecimento em uma parada nos boxes, o que o fez voltar aos pits logo na sequência para colocar combustível. Com isso, o piloto da Andretti terminar apenas em 16º no GP de St. Pete, vencido por Palou no último fim de semana.
“Isso mostra que ele está focado no presente, na Indy, e eu amo isso. Essa é a resposta exata que gostaria que Colton me dissesse. Estamos comprometidos com as metas deste ano. Ele foi vice no ano passado e sabe o que pode fazer diferente, quais corridas ele deveria fazer de outra maneira. Algumas coisas para ser primeiro”, falou Towriss.
“Herta trabalhou duro nessa pré-temporada, a equipe se preparou muito bem, e ele quer isso [o título da Indy] muito. Não faz sentindo ele pensar em F1, tanto em termos da temporada da Indy quanto pelo o que ele precisa fazer. Então, amei essa resposta”, encerrou o dirigente.
A Indy retornará entre os dias 21 e 23 de março com o GP de Thermal, que acontece no circuito do Thermal Club, localizado na região de Palm Springs, na Califórnia, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

