7 destaques da corrida sprint da MotoGP na Espanha
5 destaques dos treinos da MotoGP na Espanha
A carreira de Nico Hülkenberg na F1
Como estão duelos internos das equipes na F1 2024 após GP da China
Indy

Delator da Lava Jato revela esquema de lavagem de dinheiro com Indy no SBT

Adir Assad, empresário hoje preso pela Lava Jato, afirmou que acertou contratos superfaturados entre suas empresas e os pilotos brasileiros Helio Castroneves e Tony Kanaan nos anos 1990. Intenção era movimentar dinheiro em caixa paralelo ao Grupo Silvio Santos. Informação é da Folha de S. Paulo em colaboração com The Intercept Brasil

 
O operador financeiro Adir Assad, preso e delator da Operação Lava Jato, admitiu lavagem de dinheiro para o Grupo Silvio Santos por meio de fraudes em contratos de patrocínio esportivo para os pilotos brasileiros Helio Castroneves e Tony Kanaan, no final dos anos 1990. A informação foi divulgada em reportagem da Folha de S. Paulo em colaboração com o The Intercept Brasil.
 
Segundo Assad, ele firmou contratos superfaturados de patrocínios entre suas empresas e os pilotos brasileiros que competiram pela Indy Lights e no início de suas carreiras na Indy, na segunda metade dos anos 1990, movimentando R$ 10 milhões em um caixa paralelo para o SBT, sem motivo revelado. O próprio operador afirmou que os pilotos mencionados não sabiam das irregularidades, já que eram apenas espaços de publicidade.
 
O envolvimento de Assad no automobilismo seguiu no início dos anos 2000, já que ele afirma ter feito contratos de imagem e patrocínio com a Fórmula Truck, transferindo uma pequena parte do dinheiro aos esportistas e devolvendo o dinheiro ao SBT.
Tony Kanaan teve contrato de patrocínio fraudado nos anos 1990 (Foto: Indycar)
Adir também teve envolvimento com a Stock Car, já que foi um dos associados da equipe J. Star Racing. Ele diz que uma empresa sua, que agia de forma intermediária entre competidores e patrocinadores, comprava espaços de exposição de publicidade em eventos e organizava ações promocionais nas corridas, com quantias muito superiores aos valores dos patrocínios nas notas fiscais.
 
Ele afirmou que 10% do valor cobrado dos patrocinadores eram para o seu bolso, 10% pela efetiva prestação do serviço e outros 80% para grandes empresas, mas não se referiu ao Grupo Silvio Santos neste caso.
 
Procurados pelo GRANDE PRÊMIO, Helio Castroneves e Tony Kanaan afirmaram, por meio de suas respectivas assessorias, que não conhecem Assad e nunca tiveram relação com ele.