Foyt anuncia perda de diretor-técnico e admite baque: “Sinto não ter conseguido manter”

Peça-chave no crescimento da Foyt na Indy nos últimos anos, Michael Cannon não é mais o diretor-técnico da equipe, após as partes encerrarem o acordo depois de dois anos de parceria. O substituto, provavelmente, será promovido pelo time internamente, como indicou Larry Foyt, chefe da estrutura. O engenheiro não tem definido seu futuro e, ao que tudo indica, pediu para sair.

A chegada de Cannon à Foyt é apontada como o estopim para o progresso da equipe na categoria. Depois de anos se arrastando no final do grid, o engenheiro encontrou caminhos para fazer o time da lenda A.J. Foyt ser mais competitivo. O primeiro passo foi desenvolver um ótimo acerto para a disputa das 500 Milhas de Indianápolis de 2023, na qual Santino Ferrucci brigou pela vitória até a última volta, terminando no terceiro lugar.

Depois da principal prova da Indy daquele ano, Cannon admitiu que os esforços se voltariam para 2024. No meio dessa jornada, a Foyt fechou uma parceria técnica com a Penske, o que, definitivamente, foi novo salto para equipe. Diversos engenheiros foram aportados no time de A.J., além de representar uma via de mão dupla no intercâmbio de dados entre as equipes. Tudo isso contribuiu para Ferrucci terminar o campeonato na nona posição, com direito a uma pole e um pódio no GP de Portland deste ano.

“Certamente Mike fará falta. Foi incrível trabalhar com ele. Tentamos mantê-lo por múltiplos anos, então, sinto por não ter conseguido fazê-lo continuar”, declarou Larry Foyt, chefe da equipe, à revista norte-americana Racer.

“Não temos muita urgência em definir o próximo diretor-técnico. Acho que, com tudo o que está funcionando com a Penske, estamos bem e temos engenheiros suficientes para fazer tudo o que esperamos realizar”, completou.

Internamente, a Foyt já tem uma mudança confirmada na parte técnica. James Schnabel, engenheiro enviado pela Penske, vai deixar de trabalhar diretamente com Santino Ferrucci para atuar com David Malukas, novo reforço da equipe. Isso contribui com os indícios que o ex-Meyer Shank chegou à estrutura por sugestão de Roger Penske. Ferrucci, por sua vez, terá Michael Armbrester, que esteve com Sting Ray Robb em 2024, como engenheiro de corrida.

“Tudo estará no mesmo lugar, como tudo aberto para todos e mostrando como as coisas funcionam. Acredite nisso ou não, Santino já trabalhou com Armbrester quando ele pilotou pela RLL [em 2021] e ambos se conhecem bem. A forma que James trabalhou com Ferrucci foi incrível. Acho que David e ele farão algo bom juntos. É um engenheiro fantástico, certamente”, destacou Larry Foyt.

Outra mudança está no comando do chefe da operação do carro #14, que, a princípio, Ferrucci. Didier Francesia está de saída para a McLaren. Steve McKenzie, ex-RLL, foi contratado, mas ainda não está definido se assumirá o posto vago.

“Contratamos um chefe para um dos carros, mas não decidimos necessariamente qual será. Temos alguns membros dentro da Foyt, mas trouxemos Steve McKenzie, que é uma boa opção”, encerrou Foyt.

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