GUIA 2025: Power entra em ano decisivo para garantir renovação com Penske na Indy
Will Power até conseguiu recuperar a boa fase na Indy, mas vem para um 2025 crucial para renovar o contrato com a Penske, que já parece não dialogar na mesma linha do australiano
Depois de anos no ostracismo e apenas vencendo corridas pontuais para se manter ativo, Will Power vive uma completa montanha-russa na Indy. Em 2022, surpreendeu ao vencer o segundo título da carreira em cima do companheiro de equipe Josef Newgarden, que discutivelmente foi o melhor piloto daquela temporada. Já em 2023, uma inédita temporada onde passou em branco, sem vitórias, muito afetado pelos problemas de saúde da esposa.
Já em 2024, deu a volta por cima. Teve consistência para aparecer no pódio constantemente e ainda emplacou três vitórias: Road America, Iowa e Portland. Foi o melhor piloto da Penske e em determinados momentos parecia destinado a ser o maior desafiante ao título de Álex Palou. Porém, duas falhas foram essenciais para dar o título ao espanhol: a rodada em Gateway e o problema no cinto que basicamente o tirou da final em Nashville.
Porém, a expectativa de Power para 2025 tem relação com outro tema: a permanência na Penske. O australiano foi o único piloto do time a não ser punido severamente no polêmico caso do push-to-pass do GP de São Petersburgo do ano passado. Teve apenas 10 pontos deduzidos. Mas além de não ser tão desfavorecido, não saiu tanto em defesa do time publicamente e endossou a punição, o que não deixou o clima muito legal internamente.
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Will faz parte da Penske desde 2009, e disputa temporadas completas com o time desde 2010. Já teve mais protagonismo internamente, mas o sentimento é que nem o título de 2022 ajudou tanto o australiano a recuperar o prestígio de outrora, mesmo com diversas demonstrações de que, mesmo aos 43 anos de idade, tem nível suficiente para competir na primeira prateleira da Indy.
2025 é um ano crucial para Will aparar as arestas que ficaram estranhas com a Penske e garantir mais uma renovação em uma das parcerias mais longevas que o grid da Indy tem. Porém, é uma história a se observar, já que a possibilidade de uma vaga no #12 é vista com muitos bons olhos por vários concorrentes, que sabem que ali surge uma chance dourada de competir pela Astor Cup.
No mais, Power seguiu demonstrando em 2024 que recuperou a qualidade que deu a surpreendente Astor Cup em 2022. Mas a receita é a mesma, que poderia ter sido repetida em várias ocasiões e que poderia também colocar o australiano mais acima na história da Indy: precisa ser decisivo nos momentos em que a coisa aperta. Só assim pode sonhar com o tri.

