Castroneves destaca “perseverança” como chave para ser primeiro penta na Indy 500

Helio Castroneves faz parte do seleto grupo de tetracampeões das 500 Milhas de Indianápolis, ao lado de A.J. Foyt, Al Unser e Rick Mears. O brasileiro tem a oportunidade de ser o primeiro a faturar a prova pela quinta vez no próximo dia 26, quando será disputada a 108ª edição do maior evento da Indy. Aos 49 anos, o piloto e sócio da Meyer Shank fala que a perseverança vai ser chave para conquistar mais uma vitória no Indianapolis Motor Speedway.

Existe em Indianápolis a lenda de que é o autódromo que escolhe o vencedor. Partindo desse pressuposto, até hoje, nunca um piloto foi selecionado por mais de quatro vezes ganhador da Indy 500. Perguntado pelo GRANDE PRÊMIO durante entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (15) qual seria o enredo que cativaria os ‘deuses de Indianápolis’ a elevá-lo ao posto de preferido, Castroneves apontou o fator “nunca desistir”.

“Perseverança é o que vai fazer a gente entrar para o seleto grupo de único [a vencer pela 5ª vez a Indy 500], mesmo não correndo a temporada inteira. A cada ano que venho aqui, aperto o botão de recomeço, independente do que já fiz no passado”, declarou.

“Sempre é uma corrida diferente, o carro é ‘zero’ e a equipe do #06 é nova, onde todos estão muito empolgados. Tenho me alimentado dessa boa energia da galera e colocado 100% para ter essa oportunidade. É buscar um melhor acerto e fazer ótimos pit-stops”, completou.

Até aqui, a chuva apareceu mais em Indianápolis do que os pilotos. Na terça-feira (14), primeiro dia de treinos livres, somente 23 min foram realizados das 7h previstas. Nesta quarta-feira, a sessão iniciou às 16h05 [de Brasília, -3 GMT], enquanto o começo estava agendado para as 11h. Castroneves admitiu que a falta de atividade ajuda em alguns pontos, mas atrapalha em outros, como nos ajustes, pois vai disputar as 500 Milhas de Indianápolis com chassi novo.

“Por conta da experiência, a chuva não muda muito para nós. Com relação aos pilotos mais novos, até nos ajuda. Por exemplo, meu companheiro de equipe, o Tom Blomqvist, está desesperado para andar e aprender. Mas se o carro for bom, você vai andar rápido. Equipes como Ganassi, Penske e McLaren — nem tanto a Andretti —, quando descem os monopostos do caminhão, já estão andando bem. Meu único lado é ver a parte mecânica do carro, nem tanto a velocidade”, revelou.

“O que precisamos é andar com o carro, que é novo. É diferente de um modelo de rua, que você tira da concessionária e está tudo bem. Para nós, é o contrário: precisamos testar sensores, sistemas, fluxo de óleo, entre tantas coisas, para ver se estão funcionando bem. Com tudo novo, precisamos analisar com um carinho maior. Não tivemos nenhum problema ontem, mas foram dez voltas. É importante andar mais e, se tiver alguma intercorrência, vamos consertar o mais rápido possível”, encerrou Castroneves.

A Indy tem nesta quarta-feira (15) o segundo dia de treinos livres para as 500 Milhas de Indianápolis. Na quinta-feira (16), o terceiro dia, com início previsto às 11h [de Brasília, -3 GMT]. Entre sábado (18) e domingo (19), acontecerá a classificação da corrida mais importante do calendário, que acontece no próximo dia 26, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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