Indy aprova parceria de 2018 entre Schmidt Peterson e ex-chefe de F1 condenado por assassinato da esposa

O presidente da Indy, Mark Miles, afirmou que a categoria vai aceitar a parceria entre Sam Schmidt e a SPM com o empresário francês Didier Calmels. O problema? Calmels, ex-dono da Larrousse, foi condenado em 1990 pelo assassinato a tiros da própria esposa, Dominique, quando julgava que ela mantinha uma relação extraconjugal

Grande Prêmio
Redação GP 16/09/2017    17:40    2min    Indy

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Enquanto a Indy chega ao final da temporada 2017, a primeira polêmica da edição 2018 das 500 Milhas de Indianápolis está instalada. A alta cúpula da Indy já mandou avisar que irá aceitar a parceria entre a Schmidt Peterson e Didier Calmels para colocar um carro extra no evento. O problema? Calmels é um empresário francês que, em 1990, foi condenado pelo assassinato da própria esposa.

 
Calmels não é nenhum estranho ao automobilismo: no fim dos anos 1980, ao lado de Gérard Larrousse, fundou a Larrousse na F1. Só que Calmels foi preso em 1989 e condenado no ano seguinte por atirar e matar a esposa Dominique. Calmels achava que a esposa mantinha um um relacionamento extraconjugal. Com o caso enquadrado como crime passional, Didier foi condenado a seis anos de prisão – foi solto após cumprir dois.
 
De acordo com Mark Miles, presidente da Indy, vale levar em conta que Calmels é animado com a ideia de armar uma equipe para as 500 Milhas – e é importante lembrar que as dívidas dele com a justiça foram pagas anos atrás.
 
"Sam acha que eles podem organizar uma boa parceria. Calmels é incrivelmente entusiasmado com a ideia de correr as 500 Milhas – ele quer beijar os tijolos", afirmou. "Se trata de um empresário respeitado e dono de equipes por uns 20 anos, então aceitaremos a parceria quando for submetida", disse.
 
O próprio Sam Schmidt também acredita que a condenação e o tempo de prisão fizeram o francês ficar zerado frente à sociedade. Resta a expectativa para o público norte-americano aceitar a parceria.
Didier Calmels foi condenado em 1990 (Foto: Reprodução/Le Figaro)
"A questão é pública – nós soubemos de toda a situação durante nossas conversas. Didier cumpriu as obrigações com a justiça e tornou-se um empresário bem sucedido e dono de equipes no esporte a motor europeu", falou.
 
"Veremos [qual será a reação]. É definitivamente uma coisa mais sensível culturalmente nos Estados Unidos que na Europa. Mas aconteceu 20 anos atrás, houve um julgamento e ele cumpriu a sentença", encerrou.
 
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