Indy resolve agir por conta própria e vistoria autódromo de Goiânia para tentar salvar etapa no Brasil
Já sem confiança na Bandeirantes, a Indy arregaçou as mangas para ver se resolve o problema da corrida no Brasil. Dois representantes da categoria estiveram ontem em Goiânia para verificar as condições do autódromo local e tentar assinar às pressas um acordo com o governo local para transferir a operação antes concentrada na problemática e obscura Brasília do ex-governador Agnelo Queiroz, que agora tem contra si uma ação civil impetrada pelo MP
O cancelamento da primeira corrida da Indy em Brasília a 38 dias de sua realização gerou um rebuliço para a organização da categoria a ponto de fazê-la agir por conta própria – isto é, sem a Bandeirantes, promotora da prova. Um dia depois do anúncio capital, representantes da cúpula da Indy visitaram o autódromo de Goiânia para averiguar a possibilidade de manter a operação em solo brasileiro, apurou o GRANDE PRÊMIO.


A versão de Gancia
Carlo Gancia, um dos representantes da IndyCar no Brasil, entrou em contato com o GRANDE PRÊMIO para dar sua versão dos fatos todos que se desdobraram desde a última quinta-feira. De início, Gancia contestou a informação de que a Band esteja alijada da visita de funcionários da categoria a Goiânia. "Eu mandei ontem um representante, Brian Hughes, que é responsável pelas pistas, para que verificasse as condições do autódromo. Foi uma iniciativa em sintonia com a Band". Questionado se alguém da emissora esteve lá, Gancia respondeu que não.
O filho de Piero Gancia — ex-presidente da CBA — e irmão da jornalista Bárbara Gancia falou que "as notícias que têm sido publicadas na imprensa estão longe da realidade" e atribuiu a distorção à ação do Ministério Público, ao qual fez críticas sobre sua ação. "O MP não tem o poder para determinar o cancelamento da prova. Há um contrato que foi assinado e que foi rompido sem prévio aviso", comentou.
Gancia salientou que "a insegurança jurídica que o cancelamento da prova cria é muito grande" e que "os EUA e o mundo passam a ter uma outra visão do Brasil". Carlo vai viajar hoje à noite para Indianápolis e se encontrar com seu companheiro de trabalho Willy Hermann e apresentar as opções para realização da prova. Nenhuma delas contempla a mudança de data, 8 de março. "A programação mundial da TV já está feita e não tem espaço no calendário. Além disso, já tem 40 contêineres no mar trazendo os pneus e a gasolina que é misturada no etanol", explicou. A carga vai chegar ao Brasil entre os dias 6 e 8 de fevereiro.
Sobre os locais disponíveis, Gancia disse que não descarta completamente que a prova seja feita em Brasília e que as informações que recebeu sobre Goiânia são de que "há muito trabalho a fazer". Indagado sobre os empecilhos, Carlo respondeu que "os boxes são muito pequenos e apertados" para receber os carros da Indy.

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