Kyle Kirkwood é, indiscutivelmente, o melhor piloto da história das categorias de base da Indy. Na USF2000, conquistou o título com 12 vitórias em 14 corridas. Na Pro 2000, título com 9 triunfos em 16 provas. Na Indy Lights, foram 10 em 20. Após um início tortuoso pela Foyt, teve o voto de confiança da Andretti, e logo em sua terceira corrida pelo time, deu os primeiros passos para ser o gigante que se espera.
Depois da pole-position no sábado, fez uma prova praticamente impecável neste domingo. Segurou o ritmo nas voltas iniciais, só foi perder a liderança em uma confusão após relargada, onde acabou tocando em Agustín Canapino e viu Josef Newgarden assumir a ponta. Porém, não foi motivo de desespero para Kyle. Com ajuda da estratégia da Andretti, retomou o primeiro posto nos boxes.
A briga, então, passou a ser contra o companheiro de equipe Romain Grosjean, e mesmo precisando segurar combustível, teve excelente performance, que lembrou muito os tempos de Road to Indy: assim que está em primeiro, fica difícil de tirar. Não à toa venceu 31 corridas em 50 disputadas na base. Hoje, ele se sentiu nos tempos em que destoava contra a concorrência.
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“Sinto que precisava dessa vitória e conseguimos hoje. É um momento de alívio, sem dúvida, e eu não posso agradecer a equipe o suficiente. Bryan [Herta, estrategista de Andretti] fez um trabalho fantástico com a estratégia. Meu engenheiro, Jeremy [Milles]… Não mudamos nada para a classificação. O carro foi o mesmo o tempo todo, então é de tirar o chapéu”, destacou Kirkwood.
E o alívio de Kyle é compreensível. Difícil pensar em outro piloto nos anos recentes que chegou com tanta pompa após escalar o Road to Indy. E a temporada pela Foyt foi bastante difícil, se envolvendo em uma penca de acidentes e tendo enorme dificuldades de conquistar resultados. Outro piloto seria fritado, mas a Andretti sabia que Kirkwood valia a aposta em um contexto melhor. Hoje, foi o primeiro passo para virar um grande.
No campeonato, quem termina em cotação baixa é Pato O’Ward. O mexicano tinha um top-10 certeiro até tentar mergulhar dentro do próprio Kirkwood em uma relargada. Danificou a asa traseira, perdeu ritmo e a liderança do campeonato para Marcus Ericsson. Por mais que o mexicano seja um showman, quem disputa título precisa medir riscos. É um longo campeonato, e todo ponto importa. É só ver como Álex Palou, de forma quieta, é o terceiro.
Em terceiro neste domingo, Marcus Ericsson retomou a ponta do campeonato e dá indicações de que deve disputar mesmo o título, O sueco, inclusive, merece ser elogiado pelo tanto que anda bem em pistas de rua. Poderia até ter almejado uma vitória ou segundo lugar em Long Beach, mas o pódio é de bom tamanho para um piloto que, não apenas melhorou de nível, mas está aprendendo a disputar o campeonato.
Em duas semanas, a Indy visita Barber, no Alabama. É o primeiro circuito misto do ano, um dos melhores do calendário. É uma oportunidade de ver como está a ordem de forças para esse tipo de pista. Se Ganassi e Andretti vão seguir com bom ritmo das ruas e o quanto McLaren e Penske vão conseguir se aproximar.