Na Garagem: depois de cinco edições, corrida da CART no Rio é cancelada

A organização da CART fez tudo para manter o Rio de Janeiro no calendário em 2001, mas, há exatos 15 anos, teve de anunciar que o Brasil não faria mais parte de sua rota. Foram cinco edições da prova no oval de Jacarepaguá

Em 10 de fevereiro de 2001, há exatos 15 anos, o Rio de Janeiro saiu do calendário da CART. Foi quando o então presidente da categoria, Joseph Heitzler, anunciou que a corrida em Jacarepaguá não seria mais disputada.
 
Ele fez o comunicado dando nome àquele que via como o principal responsável pelo cancelamento do evento: o prefeito Cesar Maia. Heitzler falou que viajou ao Rio para se encontrar com o político, no entanto, todas as reuniões foram canceladas por Maia. Os norte-americanos alegavam que havia um contrato em vigor pelo qual o prefeito se recusava a pagar.
 
“Depois de explorar todas as possibilidades com o promotor do evento, nós infelizmente chegamos à conclusão de que é impossível seguir em frente com a Rio 200 deste ano”, disse. “Considero que esta tenha sido uma das atitudes mais imaturas com as quais já tive de lidar. Ele resolveu que queria fazer uma espécie de ‘limpeza esportiva’ e, além da nossa, cancelou também a MotoGP.”
A corrida do Mundial de Motovelocidade seria eventualmente disputada e seguiria no calendário até 2004. Os monopostos norte-americanos, entretanto, só foram retornar ao Brasil em 2010 no circuito de rua do Anhembi, em São Paulo.
 
O promotor da Rio 200 era Emerson Fittipaldi, que disse que o cancelamento era motivo de “grande constrangimento para todos do Brasil”.
 
Nos cinco anos de disputa, a prova no oval de Jacarepaguá teve cinco pilotos e cinco equipes diferentes chegando ao Victory Lane. De 1996 a 2000, na ordem: André Ribeiro (Tasman), Paul Tracy (Penske), Greg Moore (Forsythe), Juan Pablo Montoya (Ganassi) e Adrián Fernández (Patrick).
 
Curiosamente, em um outro 10 de fevereiro, cinco anos mais tarde, o mesmo Cesar Maia ofereceu no Autódromo Nelson Piquet para um retorno da F1. Dois dias depois do cancelamento do GP da Bélgica de 2006, ele aproveitou o momento para dar uma entrevista e colocar à disposição o circuito para a volta da F1 após 19 anos. Não passou de uma proposta vazia.
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