Ferrucci vê “novo capítulo na Indy” com chegada do GP de Arlington: “É padrão F1”
Piloto da Foyt, Santino Ferrucci acredita que GP de Arlington se tornará referência dentro da Indy. "Não temos nada parecido com isso no calendário", falou
Um dos destaques da temporada 2024 da Indy, Santino Ferrucci não escondeu a empolgação com o GP de Arlington, uma das atrações para o campeonato de 2026 da categoria. O retorno da Indy ao Texas será em um percurso de rua na cidade, localizada nas cercanias de Dallas, em um evento que envolve o Dallas Cowboys, time da NFL, e o Texas Rangers, equipe da MLB. Na visão do piloto, a futura etapa será referência e é o primeiro circuito urbano “padrão F1” na Indy.
No início do mês, a categoria anunciou, em parceria com o Dallas Cowboys e o Texas Rangers, o ingresso do GP de Arlington ao calendário. O circuito de rua será montado ao redor do Arlington Entertainment Center, passando pelo AT&T Stadium, do Dallas Cowboys, e o Globe Life Field, do Texas Rangers. O traçado terá 4,3 km de extensão com 14 curvas, com principal destaque para a reta que liga as curvas 9 e 10, que tem 1,45 km e vai se tornar a maior do calendário da Indy, com pilotos chegando perto dos 290 km/h.
O anúncio causou enorme repercussão, muito por conta da união da categoria com duas das maiores marcas do mercado esportivo norte-americano. Além de tudo, é a oficialização do retorno da Indy ao Texas, que saiu do calendário deste ano, após a Nascar pegar a data antes reservada para a categoria de monoposto do Texas Motor Speedway.
Na época, a saída da categoria do autódromo — e do estado — causou uma repercussão muito negativa, no entanto, na visão de Santino Ferrucci, a perda fez a Indy ‘cair em pé’ após o anúncio do GP de Arlington.
“Milwaukee teve um grande anúncio, mas nada como esse. O Texas desejava por uma corrida de monoposto. O Texas Motor Speedway não estava mais disponível para nós e nem tinha um grande público, ao menos na última década, acho”, disse Ferrucci à revista inglesa Autosport.
“Não temos nada como isso em nosso calendário. Voltamos com um grande barulho, especialmente por correr nos arredores das principais instalações esportivas do país. Isso é muito doido. Vai se tornar uma referência, sem dúvida. Vai ser nossa primeira pista de rua com padrão da Fórmula 1. Penso que esse é um objetivo a atingir”, completou.
Um dos pilotos mais controversos do paddock da Indy, Ferrucci defendeu o trabalho feito pela categoria nos últimos anos. Desde que Roger Penske comprou a Indy, são poucos que enaltecem a gestão da Penske Entertainment e do CEO da empresa, Mark Miles.
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“Vagarosamente, estamos trazendo melhores lugares, mais fãs, trabalhando melhor os mercados esportivos, atuando com equipes maiores, trazendo mais espectadores e mais jovens para a Indy. Esse é um baita de um pontapé inicial, na minha opinião. É uma virada de página para um novo capitulo na categoria”, afirmou Ferrucci.
Ferrucci relembrou do passado do GP de Detroit e também do presente ao fazer comparações com a pista do GP de Arlington. Para o piloto da Foyt, a futura corrida lembra o traçado de Belle Isle, que recebeu a Indy até 2022, mas com o pitlane duplo do traçado urbano, que está no calendário atual da categoria.
“Vejo um percurso tão amplo, com oportunidade para ultrapassagens. Parece muito com Belle Isle, que era nossa melhor corrida de rua, com pits como de Detroit. Os pitlanes duplos é uma das coisas mais legais que temos por lá. As pessoas sentam lá e meio que ‘oh, que coisa engenhosa’. Acho isso incrível. Ver a ciência por trás da cronometragem, os camarotes com vista para o pitlane… é simplesmente fenomenal”, reportou Ferrucci.
“Acho que é uma das melhores coisas que podemos oferecer, por isso estou muito empolgado por ter essa pista de rua. Para 27 carros, isto vai ser fenomenal”, encerrou.
A Indy volta agora somente em 2025, no dia 2 de março, com o GP de São Petersburgo, nas ruas da cidade da Flórida.
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