S&G – Helio 300: “Quero ser lembrado não apenas por minhas conquistas”

O brasileiro Helio Castroneves completa 300 corridas na Indy neste final de semana no GP de Indianápolis, prova disputada em circuito misto. O piloto contou ao GRANDE PRÊMIO que não pensava em atingir tal marca, ainda que sonhasse em ter uma carreira duradoura, mas explicou que não quer ser reconhecido apenas por números e conquistas, mas também pela maneira que construiu sua carreira

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300 corridas em uma mesma categoria. É esta marca impressionante que atinge Helio Castroneves neste final de semana no circuito misto de Indianápolis. Em entrevista exclusiva para o GRANDE PRÊMIO, o paulista que completa 40 anos neste domingo falou da longevidade na Indy, afirmou que não pensa em aposentadoria e comentou o equilíbrio apresentado nas primeiras provas da temporada com quatro equipes diferentes vencendo em quatro etapas.

 
“Confesso que nunca pensei nesse número”, garantiu o brasileiro, ainda reconhecendo que sempre sonhou em ter uma carreira duradoura nos Estados Unidos.
 
Castroneves também comentou a importância da marca atingida no traçado misto de Indianápolis, mas espera ser reconhecido não apenas por seus números ou suas conquistas. 
 
“Gostaria muito de ser lembrado não só pelas conquistas, obviamente, mas como um cara que tem uma carreira construída com muito amor e dedicação”, explicou.
 
Sem pensar em aposentadoria, o paulista falou do bom rendimento que vem tendo e defendeu os pilotos mais experientes na categoria com bom humor.
 
“A gente continua competitivo. Eu acho mesmo que esse é o melhor dos motivos para a categoria manter os mais velhinhos”, disse.
Helio Castroneves completa 300 corridas na Indy neste final de semana (Foto: IndyCar/Chris Jones)
GP: No início da sua trajetória nos Estados Unidos, você imaginava alcançar 300 corridas na Indy?
 
HC: Realmente, nunca. Isso nunca me passou pela cabeça. Mas, por outro lado, sempre desejei para mim uma carreira longa, então, confesso que nunca pensei nesse número, algo do tipo: “vou fazer 300 corridas”, mas o desejo de ter uma carreira longa sempre existiu. 
 
A marca que você vai atingir no GP de Indianápolis é um tanto rara. Como espera ser lembrado pelos fãs da categoria quando se aposentar?
 
Olha, quando eu parar e principalmente para o pessoal que vem depois e que não terá me visto nas pistas, o que vai contar são os números, mas eu gostaria muito de ser lembrado não só pelas conquistas, obviamente, mas como um cara que tem uma carreira construída com muito amor e dedicação.
 
Falando em aposentadoria, é uma coisa que passa pela sua cabeça?
 
Vou ser muito honesto com você, isso não passa muito pela minha cabeça. Claro que uma hora isso vai acontecer, mas o modelo de automobilismo que é feito nos Estados Unidos permite que um piloto possa correr até um pouco mais dos 50. Talvez não seja possível andar por tanto tempo mais na Indy, mas me vejo ainda por alguns bons anos nas pistas como piloto. 
 
Ainda nessa linha, tanto você quanto o Tony estão na casa dos 40 anos e seguem com bons resultados. A tendência é de longevidade cada vez maior na categoria?
 
O Mario Andretti encerrou a carreira dele na Indy com 54. Tem um pouco a ver com essa característica que falei do automobilismo americano, eu acho que o que realmente mantém caras como eu e o Tony é justamente isso que você falou, a gente continua competitivo. Eu acho mesmo que esse é o melhor dos motivos para a categoria manter os mais velhinhos.
 
300ª corrida no sábado e 40 anos de vida no domingo. É o final de semana mais importante da sua vida?
 
Não diria o mais importante porque, graças a Deus, tenho tido muitos finais de semana importantes na minha carreira, mas sem dúvida é um dos principais.  
 
Poucos do grid têm desempenhos tão bons no oval de Indianápolis quanto você. Tem algo que você possa levar para o misto?
 
A experiência que a gente acumula está sempre ali ajudando a enfrentar os desafios, corrida por corrida. É um ponto que considero importante. Mas se a gente entrar numa área mais técnica, aí são mundos completamente diferentes. Mas vou falar uma coisa para você: seja para correr no misto ou no oval, é só a gente entrar no portão de Indianápolis que o coração bate mais forte.
 
A Honda vem prometendo crescer de rendimento em Indianápolis. As corridas devem ficar ainda mais emboladas?
 
A Honda é uma potência na nossa categoria e os caras estão trabalhando duro para superar a Chevrolet. Eu acho que a tendência é justamente essa, ficar tudo mais embolado. A Chevrolet está bem forte, o pacote aerodinâmico da Honda já está bem melhor e quem ganha com isso é o fã e o campeonato porque a competição fica mais forte do que já é.
 
Montoya lidera, mas você vem logo atrás. O começo de temporada está dentro do esperado pela equipe?
 
A Penske começou muito forte esse ano e de certa maneira a gente esperava andar bem. Mas uma coisa a gente tem bem clara na equipe que é o equilíbrio do campeonato. Então a gente sabe que a luta é bem dura, a começar na própria equipe que tem quatro pilotos em condições de lutar por vitórias e pelo campeonato. Mas as outras equipes também estão na parada. Quer dizer, a rapadura é doce, mas não é mole. É por isso que temos muito trabalho pela frente.

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O MAIS VELOZ

Lewis Hamilton não deixou pedra sobre pedra e restabeleceu a ordem natural da F1 em 2015. Horas depois de ter sido batido por Nico Rosberg por 0s070 na realização do primeiro treino livre do GP da Espanha, o bicampeão do mundo mostrou porque é o homem a ser batido na temporada ao dominar a segunda sessão no circuito de Barcelona, na tarde desta sexta-feira (8). Com um ótimo tempo de 1min26s852 usando pneus médios, o britânico não tomou conhecimento dos adversários na pista catalã

DEIXA NO CHINELO

Seis anos depois de deixar a presidência da FIA com a credibilidade em baixa, Max Mosley tem ocupado novamente o noticiário da categoria com propostas de mudanças para solucionar a crise que a F1 enfrenta atualmente. Uma crise que, em 2009, ainda na sua gestão, já começava a se desenhar. E com a qual o atual presidente da entidade, Jean Todt, não vem conseguindo lidar. Para muitos, esta crise é a pior da história de 65 anos do Mundial. Ela não se resume a um ou outro tópico: é generalizada

NA BERLINDA

A Red Bull e a Toro Rosso vão começar o fim de semana, em Barcelona, já preocupadas com suas unidades de potência. As constantes falhas no motor projetado pela Renault colocam as duas — na verdade, dois carros da equipe austríaca e o STR10 de Max Verstappen — na berlinda para as primeiras punições do ano, por conta de um eventual uso do quinto motor. A marca francesa foi a fabricante que mais sofreu com quebras até o momento no Mundial

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