Com chuva, disputas e muita estratégia, Shell Fittipaldi garante top-10 nas 500 Milhas de Kart

Dois dos três karts da equipe Shell Fittipaldi terminaram a disputa das 500 Milhas de Kart da Granja Viana. Ao longo de 12 horas de muitos desafios por conta do clima e outros tantos afeitos a uma prova de endurance, o kart #1 terminou a disputa na décima posição, seguido pelo #2

12 horas, mais de 600 voltas e todo tipo de desafio possível. A edição 2018 das 500 Milhas de Kart, disputada entre domingo e os primeiros minutos desta segunda-feira (3) no Kartódromo Internacional da Granja Viana reservou todos os atrativos de uma grande batalha. A equipe Shell Fittipaldi reuniu um verdadeiro esquadrão com três karts e grandes nomes do automobilismo nacional. Liderados por Christian Fittipaldi, o time se colocou na décima colocação com o #1 tripulado por Fittipaldi, Ruben Carrapatoso, Diego Ramos, Gabriel Crepaldi, Gaetano di Mauro e Dennis Dirani.
 
O kart #2, tripulado por Carrapatoso, Felipe Baptista, Thiago Vivacqua, Vitor Meira, Fittipaldi e Dirani terminou logo atrás, em 11º. Já o #0 lutou até o fim, mas abandonou quando restavam poucos minutos para a bandeirada final.
 
Além da disputa das 500 Milhas de Kart, a Shell Fittipaldi foi representada em mais uma prova ao longo do fim de semana na Granja Viana. Quarto colocado no Mundial de Kart na classe KZ2 — karts com marcha — e tetracampeão brasileiro da Shifter, Di Mauro venceu a corrida, realizada como evento suporte do grande evento do domingo.
A equipe Shell Fittipaldi lutou até o fim nas 500 Milhas de Kart da Granja Viana (Foto: José Mário Dias)

A prova reuniu uma grande variedade de rotas estratégicas. Com uma tripulação formada por pilotos multicampeões e com grande experiência no kartismo, as opções táticas foram distintas: o kart #0 fez as duas paradas obrigatórias mais longas, de 15 minutos, antes da metade da prova. Já os karts #1 e #2 fizeram uma parada mais longa antes e outra depois da metade da competição.

 
A tripulação do Shell Fittipaldi #1 chegou a liderar as 500 Milhas em determinados momentos. O #0 teve de ir aos boxes para uma providencial troca de motor. Destaque para o bravo trabalho dos mecânicos, que conseguiram fazer a substituição em menos de cinco minutos, devolvendo o kart à pista pouco depois e sempre entre os primeiros colocados. O #2 perdeu um pouco mais de tempo.
 
A bandeira vermelha foi acionada para interromper a disputa das 500 Milhas por volta das 19h por conta de um forte acidente que envolveu os karts #27 e #219. István Neidhardt estava parado na beira da pista atrás de seu kart #219 – já quebrado – quando foi acertado pelo #27 de Alexandre Silva, que vinha em alta velocidade disputando posição. O piloto sofreu uma fratura no pé.
 
Quando a relargada foi autorizada, a Shell Fittipaldi tinha seu melhor kart, o #1, em sétimo lugar, mas com apenas uma parada obrigatória de 15 minutos cumprida. O #0 aparecia em 14º, com os dois pit-stops mais longos feitos, e o #2 seguia na briga, porém mais atrás. Com cerca de 2h30min para o desfecho da corrida, a chuva deu as caras com força. Assim, os três carros da equipe entraram nos boxes para colocar pneus de chuva.
 
Na reta final da prova, 0 #o estava na oitava colocação dentre os que já haviam feito as paradas obrigatórias, a seis voltas do líder. Assim, a Shell Fittipaldi novamente trabalhou com a estratégia, com o #2 ajudando o #0, empurrando o kart para poupar combustível e evitar outra parada para tentar a vitória. A tática era arriscada e quase deu certo, mas Diego Ramos parou a menos de 20 minutos do fim por conta de uma pane seca. Também na última hora das 500 Milhas, o #1 teve de fazer um pit-stop extra para arrumar o para-choque. Dirani cruzou a linha de chegada, enquanto Vitor Meira completou a prova com o #2.
 
A vitória na disputa ficou com a tripulação do kart #120 da equipe AM Com, que teve o conjunto formado por André Nicastro, Enzo Prando, Guilherme Voltolini, Jorge Garcia, Marcelo Furtado, Marciano Cardoso, Pedro Cardoso e Rafael Prada. A Scuderia Stratum GP foi representada por dois karts. O #5 enfrentou problemas desde o início e foi recolhido na primeira metade, voltou na segunda, mas abandonou por conta de falhas mecânicas. O valente #44 enfrentou um calvário para seguir na prova depois de um acidente André Mansano. No fim, a aguerrida tripulação levou o kart à 46ª colocação no geral e à 13ª posição na classe Thunder Light.
 
Capitão da equipe, Fittipaldi ressaltou as dificuldades de uma corrida com tantos desafios reunidos como as 500 Milhas de Kart. “A prova foi difícil para nós. Estávamos esperando um resultado melhor, mas são coisas da vida. Talvez os outros operaram melhor do que nós durante a prova e ficamos sem combustível. Sabíamos que estávamos num ponto crítico, mas nos encontramos numa situação de chove, para, chove, para, na qual ou tentávamos não parar e ir até o fim da corrida para tentar ganhar, ou parar e ficar fora da brincadeira. Tentamos ir até o fim da corrida, mas infelizmente não deu”, relatou o experiente piloto.
 
Gaetano di Mauro, membro da Academia Shell Racing, destacou a vitória obtida antes das 500 Milhas e a luta para chegar ao fim da prova na Granja Viana.
A equipe Shell Fittipaldi nas 500 Milhas de Kart da Granja Viana (Foto: José Mário Dias)
“Foi um dia que começou muito bem para nós, ganhei a categoria Shifter. Fiz a pole na chuva e ganhei a primeira bateria no seco. Hoje repeti o feito, ganhei com uma boa vantagem para o segundo colocado. Depois começamos as 500 Milhas com os três karts na frente, mas problemas de condição de pista e estratégia acabaram nos atrapalhando”, contou o jovem piloto.
 
“Veio a chuva, parou a chuva, veio de novo, e isso embaralhou muito a nossa corrida. Essa corrida é assim, são 12 horas de prova, e a estratégia vale muito. Uma vez que você sai do caminho certo, já era. Mas, mesmo assim, a equipe fez um bom trabalho. Todos os pilotos deram o sangue. É isso que vale, batalhar sempre”, complementou.
 
Para Gabriel Crepaldi, a disputa das 500 Milhas de Kart foi especial. Membro da Academia Shell Racing desde o começo de 2018, o piloto destacou a experiência inédita na carreira. “Minha primeira vez aqui nas 500 Milhas, foi bem positivo. Participei de um stint e agradeço à Shell pela oportunidade e espero poder participar em mais edições, quem sabe contribuindo com uma vitória para o time”.
 
Por fim, o campeão mundial Ruben Carrapatoso destacou o empenho de toda a equipe ao longo de 12 horas de corrida. “Já é meu terceiro ano com a Shell. Consegui ganhar em 2015 em Limeira e passamos perto hoje. Tivemos um problema com o motor e perdemos a janela de parada. Isso custou nossa vitória hoje. Mas a equipe fez um ótimo trabalho, sempre estivemos entre os primeiros colocados. Na tomada de tempos fizemos 1-2-3, mas, numa corrida de longa duração, todos estão aqui para ganhar, e quem erra menos, vence”, avaliou.
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias do GP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.