Como foi a sexta-feira do GP de San Marino de 1994
7 destaques do GP da Espanha de MotoGP
7 destaques da corrida sprint da MotoGP na Espanha
5 destaques dos treinos da MotoGP na Espanha
MotoGP

Demolidor na classificação, Lorenzo se coloca como homem a ser batido no GP de San Marino

Jorge Lorenzo lançou mão de uma performance demolidora na classificação e garantiu a pole-position em Misano, passando por cima, inclusive, do recorde que tinha estabelecido em 2016. Além de velocidade, o #99 mostrou que tem ritmo para ser o homem a ser batido. Mas isso não significa que o piloto de Palma de Maiorca não terá concorrência na costa adriática da Itália

 
Jorge Lorenzo é o homem a ser desafiado no GP de San Marino e da Riviera de Rimini. Embalado por um teste recente na costa adriática da Itália, o #99 foi impecável neste sábado (8) e, com direto a recorde, garantiu a pole-position no Circuito Marco Simoncelli.
 
Dominante ao longo de toda a classificação, o #99 sequer encontrou adversários no caminho rumo à primeira pole da Ducati em Misano desde que Casey Stoner saiu na frente em 2008. Com 1min31s629, Jorge fechou a tarde deste sábado com 0s287 de vantagem para um surpreendente Jack Miller, que garantiu o segundo posto na classificação.
 
A performance de Lorenzo, aliás, não chega como surpresa. Além da forma exibida no teste recente, o espanhol já tinha se mostrado forte na sexta-feira e, inclusive, declarado que não tinha mostrado todas suas cartas.
Jorge Lorenzo foi imbatível na classificação (Foto: Michelin)

“Eu sempre fui competitivo aqui”, disse Lorenzo. “Eu fiz 1min31s9 no teste aqui mês passado, mas conseguimos mais velocidade e, no fim, o tempo de volta aqui foi impressionante. Estou muito feliz”, comentou.

 
Falando à emissora espanhola Movistar, Lorenzo se disse “muito inspirado” na classificação deste sábado.
 
“Hoje eu estava muito inspirado, muito ativo. Na primeira volta, tentei tirar o máximo, consegui a velocidade muito rápido”, explicou. “Foi um dos melhores Q2 da minha vida. Não é fácil superar por três décimos o segundo na MotoGP, é preciso ter um grau de concentração e de precisão muito altos. Nós fomos melhorando a moto e temos uma boa base. A escolha de pneus é chave para amanhã e é nisso que temos de trabalhar nesta tarde”, frisou.
 
Mesmo animado com a performance, Lorenzo segue com os pés no chão e lembra que o resultado que importa é o de domingo.
 
“A pole não serve de nada se você não vence a corrida. Nós estamos preparados, mas é preciso arrematar amanhã em uma corrida muito longa”, ponderou. 
Maverick Viñales aparece como melhor Yamaha (Foto: Michelin)
Perguntado sobre quem espera ter como rivais na corrida, Jorge listou: “Espero os de sempre. Jack fez um grande tempo, mas foi muito ajudado pelo vácuo que pegou. Os que têm melhor ritmo são os de sempre: Dovizioso, Márquez, Viñales, Rossi estará lá e talvez mais algum”.
 
Segundo no grid, Miller admitiu que também ficou surpreso com o desfecho deste sábado, mas ressaltou que tem um bom ritmo para a corrida.
 
“Nós tivemos uma boa velocidade todo o fim de semana. Julgando pelo TL4, nós temos um bom ritmo para a corrida tanto com os macios quanto com os médios”, contou. “Eu não esperava isso, mas aceito”, brincou.
 
Recuperando a forma pouco a pouco após uma primeira metade de temporada bastante ruim, Maverick Viñales foi a melhor Yamaha na classificação e, 0s321 mais lento que o #99, vai sair em terceiro.
 
“A moto funcionou muito bem, a equipe está trabalhando melhor desde que fizemos o teste de Misano, especialmente com muito mais confiança”, apontou o #25 em entrevista à emissora espanhola Movistar. “É muito importante voltar a primeira fila. Nós podemos melhorar muito em termos de volta lançada, não dei o meu máximo, me falta um pouco de confiança. Em termos de ritmo, estamos muito bem, mas temos de melhorar para amanhã, pois a pista mudou muito”, ressaltou. 
 
“Temos de melhorar no ritmo de curva, é importante avançar neste quesito”, indicou.
Marc Márquez tem um ritmo de corrida forte (Foto: Repsol)
Maverick, no entanto, não quis listas rivais, já que pretende correr sem “olhar para trás”.
 
“Vou tentar sair, dar 100% de mim e não olhar para trás, dar o máximo. A moto tem um nível muito alto em termos de ritmo. Estamos fortes para brigar pela vitória”, garantiu.
 
Líder na sexta-feira, Andrea Dovizioso acabou ofuscado neste sábado e ficou só com o quarto posto no grid. 0s374 mais lento que Lorenzo, o #4 não escondeu a decepção, mas ressaltou que a luta pela vitória não acabou.
 
“Hoje eu esperava uma volta mais rápida e acabar na primeira fila”, admitiu. “Somos muitos com bom ritmo e a diferença será marcada pela estratégia”, previu.
 
“Temos de ser constantes em toda a corrida. A estratégia vai depender da largada”, concluiu.
 
Dono de um ritmo forte em Misano, Marc Márquez não conseguiu se colocar como rival no treino classificatório por conta de uma queda na curva 15. O #93 bem que tentou voltar à disputa, mas não teve tempo de completar um bom giro.
 
“Quando caí, estava pensando em levantar e sair correndo para buscar a segunda moto”, disse Márquez. “Talvez tenha sido rápido demais, porque a viseira do capacete levantou na queda e entrou uma pedrinha no meu olho que me incomodou a volta inteira”, relatou.
 
Apesar do revés na classificação, Márquez não se afastou do objetivo da vitória, mesmo reconhecendo a força da Ducati em Misano.
Andrea Dovizioso tampouco é carta fora do baralho (Foto: Ducati)
“Não descarto a vitória, embora, evidentemente, as Ducati estejam muito rápidas”, falou. “Nós não estamos longe, temos um bom ritmo para amanhã. Vamos ver se podemos lutar pelo pódio e por que não pela vitória. Ainda mais se eu estiver como no quarto treino livre. Nessa sessão eu andei bem com os pneus usados”, lembrou. 
 
“A diferença para as Ducati é muito maior com as borrachas novas, pois elas têm muita potência. Vamos ver se podemos alcançá-los, pois me sinto preparado para isso”, avisou.
 
Praticamente no quintal de casa, Valentino Rossi não teve a classificação dos sonhos e ficou com o sétimo posto no grid. O #46, no entanto, mostrou um bom ritmo no quarto treino livre, ainda que perdendo um pouco na comparação com os rivais.
 
“Estou bastante contente, pois no quarto treino livre eu me senti forte”, afirmou Rossi. “Largamos longe, na terceira fila, então será muito difícil, mas meu ritmo não é ruim com pneus usados”, constatou.
 
“Preciso de dois décimos para lutar pelo pódio. Vamos ver se conseguimos encontrar esta tarde”, declarou. “Melhoramos um pouco na freada e na eletrônica, mas, normalmente, acumulamos mais quilômetros focados no domingo, então vamos melhorar um pouco mais”, previu.
 
“Me sinto forte até a 16ª volta. Veremos nas outras 11”, resumiu. “As Ducati são as mais fortes, mas Márquez e Viñales estão muito próximos. Pode ser que Lorenzo seja um pouco mais forte do que o resto”, concluiu.
Valentino Rossi precisa de um pouco mais para brigar na ponta (Foto: Michelin)
Correndo em sua Itália natal e também vindo de um teste recente em Misano, Franco Morbidelli vem mostrando um bom ritmo ao longo de todo o fim de semana. O italiano conseguiu avançar ao Q2, mas não pôde fazer duas tentativas por conta do número de pneus macios disponíveis.
 
Assim, o #21 só entrou na pista só na metade final da sessão final, mas uma queda o impediu de conquistar algo melhor do que o 12º posto no grid, repetindo seu melhor resultado na MotoGP, conquistado no GP da Itália, em Mugello. 
 
“Estou feliz com o trabalho que fiz hoje”, declarou Franco. “Tenho um ritmo decente e acho que a pista de casa está me dando um impulso”, considerou.
 
“Agora nós temos de focar na corrida e tomar a decisão correta em relação à escolha de pneus. Ainda temos de optar entre duas alternativas”, apontou.
 

#GALERIA(9530)