Harvick cresce no fim e vence em dia de mensagens antirracismo da Nascar em Atlanta

Parecia dia de vitória de Martin Truex Jr., isso até Kevin Harvick se tornar imbatível na parte final da prova em Atlanta. O dia também teve mensagens da Nascar apoiando a luta contra o racismo

A maratona de corridas da Nascar pós-paralisação por coronavírus ganhou um novo capítulo neste domingo (7). A categoria partiu para Atlanta, onde Martin Truex Jr. começou forte: o #19 venceu os dois primeiros segmentos e parecia capaz de vencer pela primeira vez em 2020. Não foi o caso: Kevin Harvick tomou a liderança na parte final da prova e partiu para um repeteco do icônico triunfo de 2001, quando substituia o morto Dale Earnhardt.

Foi a terceira vitória de Harvick em Atlanta, contando também a de 2018. Assim como nas duas primeiras vezes, o veterano levantou três dedos. Foi uma homenagem justamente a Earnhardt, que se tornou lenda com o carro #3.

Kyle Busch apareceu em segundo, 3s5 atrás de Harvick. Truex, em ascensão na temporada, garantiu um terceiro lugar. O top-5 contou ainda com Ryan Blaney e Denny Hamlin, mas já respectivamente 15s e 20s atrás e sem muito protagonismo na luta pela vitória.

A Nascar reservou um momento para refletir sobre o racismo (Foto: Nascar Media)

Entretanto, o ponto mais significativo do dia talvez tenha sido outro. Antes da prova, a Nascar embarcou na onda de manifestações anti-racismo que toma conta dos Estados Unidos, consequência do assassinato de George Floyd, negro, pela polícia de Minneapolis.

Normalmente avesso a manifestações políticas, o campeonato reservou exatamente o contrário antes da largada: as voltas de apresentação foram interrompidas, com os carros parando na reta oposta. Enquanto isso, membros de cada equipe se apresentaram na mureta dos boxes, alguns com camisetas exaltando o movimento Black Lives Matter [Vidas Negras Importam]. Foi então que uma mensagem assinada pelo presidente da categoria, Steve Phelps, fez referência a um momento crucial para os Estados Unidos: “Nosso país está sofrendo e as pessoas estão irritadas de forma justa, exigindo que sejam ouvidas. Todas as pessoas de cor sofreram no nosso país e levou tempo demais até ouvirmos seus pedidos de mudança. Nosso esporte precisa fazer melhor, nosso país precisa fazer melhor. É a hora de ouvir, de entender e de tomar posição contra o racismo e a injustiça racial”.

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