FIA cria projeto de desenvolver jovens pilotas para Academia da Ferrari

A FIA se juntou à Ferrari para estimular a entrada das pilotas no automobilismo. Com o novo programa Girls on Track - Rising Stars, vão desenvolver talentos para a Academia de Pilotos da equipe

As mulheres ganharam mais uma iniciativa para estimular suas entradas no automobilismo. Nesta quinta-feira (11), a FIA anunciou que, em parceria com a Ferrari, vai inaugurar o novo programa irls On Track – Rising Stars [garotas na pista – estrelas em ascensão, em tradução livre].

A entidade e a Comissão das Mulheres no Automobilismo têm o objetivo de identificar e estimular talentosas pilotas para o futuro. Ainda, junto com o time italiano, pretende encontrar as melhores meninas entre 12 e 16 anos do mundo para ajudá-las a alcançar uma carreira profissional.

Com o apoio do Fundo de Inovação da FIA, que suporta novos projetos, a Comissão de Mulheres também consegue se alinhar a Academia de Pilotos da Ferrari. Ambas as partes se comprometeram em parceria de quatro anos e com duas pilotas potencialmente se juntando à Ferrari para o campeonato da Fórmula 4.

Michèle Mouton, presidente da Comissão, afirmou que “o FIA Girls on Track – Rising Stars é outro enorme passo adiante na raiz do esporte e, com parceiros, temos uma oportunidade verdadeiramente concreta de encontrar, desenvolver e apoiar jovens pilotas.”

As pilotas vão ganhar mais um projeto de desenvolvimento (Foto: FIA)

“Contar com a Ferrari, nossa primeira parceira no programa, é fantástico e um real reconhecimento de nosso progresso em continuar após dez anos de nossos trabalhos na Comissão. É um acordo animador, que pode resultar em duas jovens pilotas se tornando as primeiras da Ferrari”, continuou a francesa.

“É um projeto especial e seria um momento histórico para a Comissão de Mulheres no Automobilismo”, completou a ex-pilota de rali.

Mattia Binotto, chefe da Ferrari, também falou sobre a parceria. “Estamos muito felizes em colaborar com a FIA neste novo programa. Acreditados firmemente no valor de ajudar no desenvolvimento de jovens no automobilismo. A Academia da Ferrari tem operado por uma década, não apenas pura e simplesmente escolhendo os melhores pilotos”, explicou.

“Mas também trabalhando em sua educação cultural, técnica e étnica. Com isso em mente, sentimos que deveríamos expandir nossos esforços de operações para incluir jovens garotas que querem ingressar no automobilismo. Apesar de não ter uma real barreira, sabemos que é mais difícil para elas progredirem”, emendou o italiano.

“É por isso que respondemos animadamente a iniciativa da FIA e acreditamos que podemos introduzir ainda mais jovens mulheres neste esporte. Quem sabe, talvez um dia teremos novamente uma pilota correndo no campeonato da Fórmula 1 pela primeira vez desde 1976”. Encerrou o dirigente.

O esquema adotado pelo projeto (Foto: FIA)

O programa começou no início deste ano com a detecção de pilotas em 145 nações da FIA, que nomeou garotas com experiência no automobilismo nacional e internacional. 20 jovens foram selecionadas de cinco continentes e serão convidadas para um shoot-out em outubro e recebido pela Escola de Pilotagem Winfield, localizada no Circuito de Paul Ricard.

Depois, 12 pilotas serão selecionadas para acampamentos de kart e Fórmula 4 em outubro e novembro. Apenas quatro nomes serão selecionados para um curso de uma semana na Academia da Ferrari.

No final, aquela que tiver melhor desempenho assina um contrato para o programa da equipe italiana para a temporada da F4 em 2021. Com a opção de renovar o contrato, a pilota pode retornar ao grid da categoria em 2022. Como o acordo entre a escuderia de Maranello e a iniciativa da FIA é de quatro anos, no próximo ano acontece novo recrutamento.

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