Trabalho de busca por minas explosivas em Deodoro é suspenso por colocar em risco vegetação local

Busca por explosivos no terreno entregue ao Ministério dos Esportes para abrigar novo autódromo do Rio de Janeiro foi suspensa em todas as áreas nas quais pode causar danos à natureza. Pontos são vitais para início das obras. Suspensão é por tempo indeterminado


O impasse a respeito da construção do novo autódromo do Rio de Janeiro, em Deodoro, parece não ter fim. A varredura em busca de explosivos no terreno concedido pela prefeitura para abrigar o novo circuito – que deve substituir o antigo traçado de Jacarepaguá, destruído para viabilizar as obras para os Jogos Olímpicos de 2016 – foi interrompida a pedido do Ministério Público do Estado, reportou o 'UOL Esporte'.
 
A paralisação foi decidida após reunião entre representantes do Comando Militar do Leste e do MP, em encontro realizado na última terça-feira (21). De acordo com a Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, o trabalho de exploração em busca de minas explosivas coloca em risco a vegetação local.
Vista aérea do terreno de Deodoro, no Rio (Foto: Divulgação)
O coronel Luciano Pinto tentou explicar a situação: "Houve uma reunião e decidimos interromper o trabalho nas duas áreas consideradas prioritárias para o projeto do autódromo", disse. "Podemos prosseguir a varredura em outros locais, mas não aqueles apontados como os mais importantes para o início da obra."
 
Com isso, os trabalhos iniciais para a construção do novo circuito continuam estagnados, já que não há mais uma previsão para que a inspeção prossiga no antigo campo de treinamento militar que deveria servir, agora, ao automobilismo carioca.
 
O terreno de Deodoro já foi repassado ao Ministério do Esporte, e o exército havia se responsabilizado por retirar da área todos os possíveis explosivos enterrados no local. No entanto, com o novo empecilho, o projeto seguirá parado por tempo indeterminado.
 
"Só faremos uma obra ali se tivermos uma garantia que não há qualquer risco", disse Regis Fichtner, secretário estadual da Casa Civil.
 
Enquanto isso, o Campeonato Carioca de Automobilismo, realizado em Minas Gerais, segue gerando à prefeitura fluminense um custo de R$ 1,1 milhão por ano.

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