Nos UTVs, López vence Dakar pela 1ª vez. Varela e Gugelmin levam última etapa e fecham top-3

Francisco ‘Chaleco’ López terminou duas vezes o Rali Dakar no top-3 quando corria nas motos. O veterano chileno fez uma bem-sucedida transição para os UTVs e finalmente venceu o maior rali do mundo. Campeões de 2018, Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin lideraram a dobradinha brasileira com Cristian Baumgart e Beco Andreotti na última etapa da disputa

Trecho de especial: 112 km
Deslocamentos: 247 km
Trecho total: 359 km
 
Francisco ‘Chaleco’ López consolidou seu retorno ao Dakar após cinco anos de ausência da melhor forma: no topo do pódio. O veterano piloto chileno, atualmente com 43 anos, fez sua estreia no maior rali do mundo de moto em 2007, último ano da prova na África. E nas duas rodas ‘Chaleco’ permaneceu no Dakar sul-americano, desbravando principalmente as dunas do Atacama, e ficou até perto de vencer, ficando em terceiro em 2010 e 2013. Depois de abandonar a disputa do ano seguinte, López Contardo voltou em 2019, mas desta vez na ascendente categoria dos UTVs (ou SXS). Com uma performance consistente ao lado do compatriota Álvaro Quintanilla, ‘Chaleco’ finalmente alcançou a meta de toda uma carreira: vencer o Rali Dakar.
 
A conquista de López Contardo foi confirmada na manhã desta quinta-feira (17) na disputa da décima e última etapa do Dakar 2019, entre Pisco e Lima, no Peru. O chileno, que corre com um Can-Am X3 da equipe South Racing, foi um dos destaques de uma prova bastante equilibrada, mostrando que o nível técnico da competição dos UTVs só cresce.
Francisco 'Chaleco' Lopez venceu o Rali Dakar pela primeira vez (Foto: Marcelo Maragni/Red Bull Content Pool)

Além de ‘Chaleco’, despontaram como candidatos ao título Gerard Farrés Guell, também oriundo das motos, além dos campeões do ano passado, Reinaldo Varela e o navegador Gustavo Gugelmin. Os irmãos Marcos e Cristian Baumgart, que correm pela X Rally ao lado dos navegadores Kleber Cincea e Beco Andreotti, respectivamente, também fizeram bom papel no primeiro de ambos disputando o Dakar nos UTVs.

 
Varela e Gugelmin lutaram muito para buscar o bicampeonato e ocuparam a liderança geral do Dakar ao fim de três etapas. Contudo, a quebra da suspensão do Can-Am X3 no oitavo e antepenúltimo dia fez cair por terra qualquer chance de conquista de título com a perda de 1h20min em relação a ‘Chaleco’. Ainda assim, a dupla brasileira reagiu, mostrou ritmo forte e venceu as duas últimas etapas da competição.
 
Na etapa derradeira, Varela e Gugelmin lideraram uma dobradinha brasileira, com Cristian Baumgart e Beco Andreotti terminando em segundo, 3min39s atrás. ‘Chaleco’ administrou a boa vantagem perante seus adversários mais próximos para completar o percurso final em terceiro, 6min10s atrás da dupla vencedora.
Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin terminaram o Dakar em terceiro lugar (Foto: Marcelo Machado de Melo/photosdakar.com)

Quanto à classificação final dos UTVs, o Brasil tem nada menos que sete competidores no top-10. ‘Chaleco’ e Álvaro Quintanilla finalizaram o Dakar com tempo total de 42h19min05s, 1h02min35 de frente para Farrés Guell, que teve Daniel Carreras como seu navegador a bordo do Can-Am X3. 

 
Varela e Gugelmin completaram em terceiro lugar no geral, a 2h32min51s da dupla vencedora. Marcos Baumgart e Kleber Cincea completaram sua participação na sexta posição, logo à frente do luso Miguel Jordão, que teve ao seu lado o navegador campeão de 2017, Lourival Roldan. E Cristian Baumgart, ao lado de Beco Andreotti, consolidaram uma campanha de muito crescimento, com três top-10 em especiais, para finalizar na nona colocação da principal competição off-road do planeta.
 
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