Dakar retorna no primeiro dia do ano e abre temporada 2022 do esporte a motor

Rali mais famoso do mundo, Dakar permanece na Arábia Saudita e começa já no dia do ano novo com prólogo em Jedá

OS CINCO PIORES PILOTOS DA F1 2021

Chegou a hora de novo. É quase virada do ano e o Dakar está na esquina. Sim, hoje ainda é 31 de dezembro e o ano de 2021 é o que ainda aparece no calendário do leitor, mas é para 2022 que temos de preparar o terreno. O Dakar abre a temporada no primeiro dia do ano novo, em Jedá, com o prólogo da 44ª edição do mais importante off-road do mundo.

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Apesar das reclamações dos pilotos sobre a forte quantidade de terrenos rochosos e poucas dunas, que dão aquela visão clássica do Dakar. A organização chegou a afirmar que a edição 2022 passaria pelo terreno mais cheios de dunas do país, o ‘Quarto Vazio’ de Rub al-Khali, mas voltou atrás mais tarde. Há algum ajuste na rota geral, porém, com a 11ª, em Bisha, como a mais repleta de dunas e uma novidade em relação ao ano passado. “Uma rota balanceada”, segundo David Castera, diretor do Dakar, disse à revista inglesa Autosport.

Logo no primeiro dia do ano, o prólogo tem o primeiro deslocamento de 614 km e uma etapa de 19 km apenas que define a ordem de largada para o dia seguinte. O começo será em Jedá, grande centro financeiro do país, com partida para Ha’il, onde a primeira especial acontece, de fato, com 333 km de tamanho no dia seguinte.

Daí em diante, mais 11 especiais em 12 dias marcam o evento. De Ha’il para a dobradinha de maratona em Al Artawiya (especial de 338 km), Al Qaisumah (368 km) – onde os competidores não poderão receber auxílio das equipes – e daí até a capital Riad (465 km) e duas especiais que começam e terminam na mesma cidade nos dois dias seguintes (346 km e 402 km, respectivamente). Então, no dia 8, uma folga.

A partir do domingo, dia 9 de janeiro, a perna final começa indo até Al Dawadimi (402 km), vai a Wadi Ad Dawasir (395 km), na mesma Wadi Ad Dawasir no dia seguinte (287 km), a Bisha (375 km) e permanece em Bisha (346 km) para, finalmente, retornar a Jedá (164 km) na sexta-feira, 14 de janeiro.

O evento de 2022 também servirá como primeira etapa do novo Campeonato Mundial de Rali Cross-Country chancelado pela FIA. Assim, a maior diferença é que os competidores que forem incapazes, por algum problema técnico ou de acidente, de chegar ao fim de uma especial poderão retornar à baila no dia seguinte e seguir na disputa. Historicamente, sempre que alguém abandona uma especial no Dakar está fora do restante da competição, mas a situação mudou. Aqueles que abandonarem estágios receberão fortes punições de tempo, o que tende a tirá-los de qualquer chance de ganhar o Dakar, mas ainda terão chances de vencer estágios individuais e marcar pontos no Mundial.

Ao todo, o Dakar 2022 recebeu 578 inscrições, número muito maior que os 322 do primeiro ano de Arábia Saudita. O interminável ano de 2021 sequer terminou, mas é hora de aquecer: 2022 chegou. Feliz ano novo!

Kevin Benavides é o atual campeão das motos (Foto: Rally Dakar)

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MOTOS – Dakar 2021

O atual campeão das motos assume o #1 para a disputa de 2022: é o argentino Kevin Benavides, que conquistou o troféu do ano passado pela Honda e fez a transição: defende a KTM na edição que começa em 1º de janeiro. Após 18 títulos seguidos, a montadora austríaca perdeu nos dois últimos anos para a japonesa e tenta dar o troco.

A Honda terá de contar, então, com o campeão de 2020 e vice de 2021: Ricky Brabec, que está no #2. Além dos dois, os outros campeões do Dakar que estão na competição da vez são Sam Sunderland, no #3 da Gas Gas; Toby Price, no #18 da KTM e Matthias Walkner, no #52 da KTM. Price (2016 e 2019) é bicampeão, enquanto Sunderland (2017) e Walkner (2018) levaram uma cada.

Além deles, estão inscritos outros vencedores de especiais de 2021: José Ignacio Cornejo (#11), Joan Barreda Bort (#88).

Ao todo, 149 competidores estão inscritos entre as motos no Dakar – é a categoria mais recheada de todas. Etiquetados como lendas do Dakar, estão Quintanilla, Juan Pedrero García, David Pabiska, Emanuel Gyenes, Patrice Carillon, Gabor Saghmeister, Franco Picco, Joan Barreda e Štefan Svitko. Há um número considerável de estreantes, ainda, 49, mas um deles se destaca: o ex-MotoGP DaniLo Petrucci, que vai mesmo lesionado.

Stéphane Peterhansel tem 14 títulos e é o atual vencedor dos carros (Foto: Dakar)

CARROS – Dakar 2021

Stéphane Peterhansel não é o ‘Monsieur Dakar’ à toa: são 14 vitórias, oito delas nos carros. Aos 56 anos de idade, larga em Jedá como o vencedor vigente da disputa nas quatro rodas. Peterhansel tem o #200 de honra e começa uma jornada junto a outra marca: após a glória na Mini, agora defende o novo projeto da Audi, com protótipo elétrico.

Quem migrou junto do francês desde a Mini para a Audi foi Carlos Sainz, que terá o #202 nas mãos. O espanhol tem três vitórias no Dakar: 2010, 2018 e 2020, além de dois títulos mundiais e foi vice no ano passado.

Mas a dupla imponente da Audi terá desafio de outros vencedores do Dakar: Nasser Al-Attiyah (2011, 2015 e 2019) está no #201 da Toyota; Nani Roma (2014) guia o #204 da Prodrive, que é um BRX; Giniel de Villiers (2009) vai no #207 também da Toyota.

Cyril Despres (#210), campeão do Dakar nas motos, e Sébastien Loeb (#211), multicampeão mundial de rali – respectivamente por Peugeot e Prodrive – também estão entre os postulantes. Outro nome que se destaca é o de Yazeed Al-Rajhi (205), vencedor de estágio em 2021 e que tem um Toyota da Overdrive.

A categoria dos carros é aquela que mais tem pilotos com etiquetas de lenda. Peterhansel, Al-Attiyah, Sainz, Roma, De Villiers e Despres estão entre eles, mas a lista tem ainda Jakub Przygoński, Christian Lavieille, Erik van Loon, Benediktas Vanagas, Orlando Terranova, Sebastian Halpern, Guerlain Chicherit, Ronan Chabot, Antanas Juknevičius, Akira Miura, Tim Coronel, Isidre Esteve Pujol, Manuel Plaza Pérez, Jean Pierre Strugo, Philippe Boutron, Yves Fromont, Maik Willems, José Manuel Salineiro, Philippe Raud, Marco Piana e Christian Barbier.

Há uma outra lenda, Laia Sainz, que fez a transição das motos para os carros e estreia nas quatro rodas nesta edição. Carlos Checa, ex-piloto e vencedor de corrida na MotoGP, também faz o debute com os carros no Dakar.

A dupla brasileira de piloto-navegador formada por Marcelo Gastaldi e Cadu Sachs (#278) também está na disputa com um Century CR6. Já entre os carros protótipos leves competem Jorge Wagenfuhr e o navegador Filipe Bianchini.

A categorias dos carros conta com 97 inscritos e mais 44 nos protótipos leves e 120 nos carros clássicos.

Os caminhões contam com menos competidores campeões neste ano (Foto: Rally Dakar)

CAMINHÕES – Dakar 2021

A competição dos caminhões teve um novo campeão em 2021: Dmitry Sotnikov, no que foi a quinta conquista seguida da Kamaz. O russo fica com a inscrição #500 e larga com um dos favoritos na Arábia Saudita.

A Kamaz está bem favorecida para levar a melhor novamente. Não apenas conta com Sotnikov, mas com os três vencedores desde 2017. Andrey Karginov (2014 e 2020) e Eduard Nikolaev (2013, 2017, 2018 e 2019) estão na briga com os números 509 e 505. Neste ano, somente os três já são vencedores.

Entre aqueles que ganharam especiais em 2021, somente Anton Shibalov (#501) pela Kamaz e Martin Macik (#503) pela Iveco estão na briga.

Além de Nikolaev, os outros pilotos com selo de lendas do Dakar entre os caminhões são Martin van den Brink, Ales Loprais, Ignácio Casale, Teruhito Sugawara, Gert Huzink, Pascal de Baar, Kees Koolen, Pato Silva, Ricard de Groot, Alberto Herrero, Mathias Behringer, Jordi Juvanteny, Claudio Bellina, Rafael Tibau Maynou, Sylvain Besnard, Zsolt Darazsi, Richardo Gonzalez, Ahmed Benbekhti, Tomas Tomecek e Alex Aguirregaviria. São 58 inscritos entre os caminhões e mais 20 nos caminhões clássicos.

Andújar repete ou haverá novo vencedor nos quads? Kamil Wisniewski, na foto, é um dos postulantes à vitória (Foto: Dakar)

QUADRICICLOS – Dakar 2021

A categoria dos quadriciclos começou a ser disputada em 2009 e, portanto, não tem tanta rodagem como as demais. Mesmo assim é notável apontar que apenas um dos campeões, de 2021, está inscrito para 2022. É exatamente Manuel Andújar, o vencedor vigente, que aparece com o #170 da Yamaha. Há apenas quads de Yamaha e Can-Am na disputa, mas todos de equipes privadas.

Vice e terceiro colocados do ano passado também estão inscritos, porém: Giovani Enrico (#171) e Pablo Copetti (#173), ambos também de Yamaha. Copetti, aliás, é o único piloto da categoria com selo de lenda do Dakar.

Entre os vencedores de especiais do ano passado, Alexandre Giroud (#174) e Italo Pedemonte (#187) são os dois que continuam atrás do caneco. Marcelo Medeiros (#183) é o representante brasileiro nos quadriciclos.

Os UTVs terão novo campeão em 2022 (Foto: Dakar)

UTVs – Dakar 2021

Se os quads não contam com muitos vencedores prévios, nos UTVs, então, nenhum volta à baila para 2022. Francisco López Contardo, vitorioso de 2019 e 2021 foi para os protótipos leves. O que há é um navegador campeão anteriormente: o brasileiro Gustavo Gugelmin, que triunfou ao lado de Reinaldo Varela em 2018 e segue ao lado do estadunidense Austin Jones (#401), com quem já estava no ano passado. Sergei Kariakin (#406), vencedor dos quadriciclos em 2017, também está nesta categoria em 2022.

Entre os vencedores de especiais do ano passado, Aron Domzala (#402) é o único que se soma a Jones e Kariakin. A dupla brasileira formada por Rodrigo Luppi e Maykel Justo está inscrita com o veículo #415. Gerard Farres Guell é o único piloto da categoria com o selo de lenda do Dakar.

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