Sanders mantém domínio, vence maratona e amplia liderança do Dakar nas motos

Daniel Sanders conseguiu a terceira vitória seguida na edição 2025 do Rali Dakar. O australiano da KTM superou Adrian van Beveren e Skyler Howes na maratona de Bisha, na Arábia Saudita, e ampliou a vantagem na disputa

2ª Especial: Bisha ➡ Bisha
Deslocamento: 45 km
Trecho cronometrado: 947 km
Percurso total: 992 km

Daniel Sanders segue imbatível na edição 2025 do Rali Dakar. O australiano da KTM repetiu o que fez no prólogo e no estágio 1 e garantiu a vitória na maratona das motos, completada em Bisha, na Arábia Saudita, nesta segunda-feira (6). O #4 fechou a etapa em 11h12min13s, 6min45s antes de Adrien van Beveren, o segundo colocado. Skyler Howes completou o top-3.

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Em uma etapa de 48 horas, os competidores passaram a noite em uma das seis áreas de acampamento preparadas ao longo da rota do estágio 2. No ponto de descanso, os pilotos receberam da organização uma tenda, um saco de dormir, um colchão inflável e 6 litros de água — para reabastecerem as camel-bags e consumirem no bivouac —, além de terem água quente à disposição. Além disso, a organização ficou responsável por soar o alarme, para evitar que os competidores tivessem problemas com despertadores, 30, 20 e 10 minutos antes da largada.

Desta vez, motos e carros tinham percursos diferentes, com os inscritos na FIM (Federação Internacional de Motociclismo) percorrendo 947 km de trecho cronometrado e os pilotos da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) com 967 km.

Primeiro a chegar à zona de descanso E, Tosha Schareina foi quem reabriu a trilha nesta segunda-feira, com Sanders, então líder provisório, largando em sétimo. Mas nem todos os pilotos conseguiram chegar ao ponto de descanso A, localizado no km 491 da especial: 27 não apareceram por lá.

Daniel Sanders venceu mais uma no Dakar 2025 (Foto: Marcelo Maragni/ Red Bull Content Pool)

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Destes, 24 foram agrupados pela organização no segundo ponto de reabastecimento, depois de 413 km, a 78 km do primeiro acampamento, mas três novatos permaneceram no deserto, há alguns quilômetros do campo improvisado. Dennis Mildenberger completou 358 km, mas a organização conseguiu dar a ele uma barraca e um edredom. Alexandre Yon completou 367 km e Iván Merichal Resina parou depois de 328 km. Os dois passaram a noite no deserto, apenas com as motos. Nenhum deles poderá completar a especial, mas poderão seguir no Dakar, ainda que não possam mais garantir o rótulo de pilotos que completaram o rali.

Nesta segunda-feira, os pilotos que tinham a missão de abrir a trilha tinham até 6min39s de bônus para recuperar, como previsto no regulamento. Nesta parte da maratona, o coeficiente do bônus é de 1s5 por km, ao contrário do 1s que vinha sendo aplicado até então.

Schareina foi o primeiro a chegar ao ponto de descanso E, ainda abrindo a trilha após 729 km. O piloto da Honda tinha 2min16s de atraso para Sanders, que mantinha a liderança da prova.

Alguns quilômetros mais à frente, Pablo Quintanilla alcançou Schareina, com Van Beveren se juntando a eles pouco depois. Assim, os três pilotos da Honda passaram a liderar o caminho em um ponto onde a navegação nas dunas sofria uma mudança importante.

Muito veloz, Sanders encontrou o trio da Honda, e passou a abrir a trilha junto com eles. Depois de 804 km, Daniel aproveitou os bônus para abrir 5min58s de frente para Schareina, 6min33s ara Howes e mais de 7min para Van Beveren.

Diferente de Sanders, que ganhou bastante nesta manhã, Ricky Brabec perdeu terreno, sendo superado por Schareina e Howes. Ainda assim, a diferença entre os pilotos da Honda não era assim tão grande.

No km 866, as distâncias entre os ponteiros iam quase inalteradas. Sanders, então, manteve o ritmo até chegar ao ponto final do estágio depois de 11h12min13s e garantir a vitória. É a primeira vez desde o Dakar 2017 que um piloto vence três estágios seguidos no Dakar. Há oito anos, quem conseguiu o feito foi Joan Barreda, que levou a melhor nos estágios 8, 10 e 11 — o 9º foi cancelado na ocasião por causa do clima.

Com 10min28s de bônus, Van Beveren assegurou o segundo posto, 6min45s atrás de Sanders. Howes colocou uma segunda Honda no pódio e ficou em terceiro, a 7min37s do vencedor.

Schareina ficou com o quarto posto, seguido por Ross Branch e Luciano Benavides. Michael Docherty levou a melhor na Rally2 e ficou em sétimo no geral, à frente de Ricky Brabec, Pablo Quintanilla e Edgar Canet.

Com o resultado da maratona, Sanders lidera o Dakar nas motos com 16h10min31s, 12min36s à frente de Howes. Branch é o terceiro, diante de Schareina e Brabec. Canet comanda a Rally2 com 4min09s de vantagem para Docherty.

O Rali Dakar deixa Bisha na terça-feira pela primeira vez, quando parte em direção a Al Henakiyah. Os competidores vão encarar um trecho cronometrado de 496 km, em um total de 848 km no dia.

UTV: Heger vence maratona e reduz vantagem de De Soultrait na liderança do Dakar

Estreante no Rali Dakar, Brock Heger garantiu a vitória na maratona de 48 horas disputada em Bisha. Ao lado do navegador Max Eddy, o piloto dos Estados Unidos completou a disputa em 11h57min43s, 7min26s à frente de Xavier De Soultrait, que ficou em segundo. Alexandre Pinto completou o terceiro posto.

De Soultrait e Heger foram os únicos a alcançar o acampamento D e passaram a noite juntos no deserto. O norte-americano já tinha completado a primeira parte da maratona em vantagem, mas conseguiu ir ainda mais longe nesta segunda-feira.

Na chegada ao ponto de descanso D, a diferença entre os dois tinha caído para 3min53s, mas, no ponto seguinte, a margem tinha subido para 4min14s. Faltando só 34 km para a linha de chegada, Heger tinha 4min49s de vantagem para Xavier e seguiu adiante para fechar a especial com 7min26s de frente.

38min31s atrás do vencedor, Florent Vayssade ficou com o quarto posto, seguido por Manuel Andujar, Gerard Farres, Hunter Miller, Enrico Gaspari, Jérome de Sadeleer e Gregory Lefort.

Na classificação geral, De Soultrait lidera com 16h57min52s, 5min14s à frente de Heger. Pinto, Vayssade e Farres fecha o terceiro posto.

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