López é tri e Quintero brilha com recorde histórico do Dakar nos Protótipos Leves

12ª etapa – Bisha – Jedá
Deslocamento: 516 km
Trecho cronometrado: 164 km
Percurso total: 680 km

Veterano de 47 anos, o chileno Francisco ‘Chaleco’ López Contardo confirmou nesta sexta-feira (14), em Jedá, a conquista do título do Dakar pela terceira vez. Duas vezes campeão nos UTVs, em 2019 e 2021, o piloto triunfou na edição de 2022 na nova classe dos Protótipos Leves. Entretanto, o sul-americano, mesmo tendo chegado ao título ao lado do compatriota, o navegador Juan Pablo Vinagre, foi mero coadjuvante de uma jornada amplamente dominada pelo jovem norte-americano Seth Quintero, de 19 anos. O piloto da Red Bull venceu nada menos que 12 especiais, 11 ao longo da prova e o prólogo, entrando assim para a história como o piloto que mais etapas ganhou numa mesma edição do maior rali do planeta.

Quintero venceu, na verdade, todas as especiais do Dakar nos Protótipos Leves com exceção de uma, na segunda etapa, justamente quando o piloto sofreu a quebra do diferencial. O norte-americano, que competiu ao lado do navegador Dennis Zenz, teve de pagar um preço amargo para continuar na disputa: uma punição de 10h, o que inviabilizou qualquer chance de lutar pelo título.

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Daí em diante, Quintero traçou a única meta possível em sua sequência de jornada no Dakar: vencer todas as especiais em jogo dali em diante. E assim foi, o que levou o jovem norte-americano a um recorde histórico no Dakar.

Desde a segunda especial, ‘Chaleco’ e Vinagre assumiram a liderança da competição e administraram a vantagem para os demais concorrentes. Tendo a regularidade como a maior aliada, o chileno evitou grandes problemas e chegou ao último dia de prova com apenas 164 km pela frente antes de consolidar mais um título.

Nesta sexta-feira, Quintero venceu a especial derradeira do Dakar 2022 com 1min23s de vantagem para a dupla segunda colocada, formada pelo sueco Sebastian Eriksson e pelo holandês Wouter Rosegaar. ‘Chaleco’ e Vinagre finalizaram a etapa em terceiro, à frente de outra dupla que mostrou bom trabalho ao longo da competição: Cristina Gutiérrez e seu navegador, o francês François Cazalet.

Na classificação geral, a diferença para a dupla segunda colocada reforça a tranquilidade que ‘Chaleco’ e Vinagre tiveram desde o segundo dia. Os chilenos terminaram a prova com 45h50min51s de tempo total e com 51min28s de vantagem para Eriksson e Rosegaar. Cristina Gutiérrez e Cazalet finalizaram em terceiro, mas com atraso de 4h34min43s.

“Foi uma longa disputa. Essas duas semanas foram bem tranquilas. Foi um cenário completamente diferente em comparação com o ano passado, quando tive de correr todos os dias sem errar. Após a segunda etapa, mantivemos uma etapa considerável, então somente precisávamos nos concentrar em chegar ao fim dia após dia. Estou muito feliz pela nossa estratégia dar certo. Foi um teste de resistência, tivemos de evitar as quebras. Depois de tudo isso, a vitória tem um sabor muito bom”, declarou o piloto tricampeão do Dakar.

O estrago com a quebra no dia 2 do Dakar reflete na classificação final para Quintero e Zenz, que terminaram a disputa em 16º na classificação geral dos protótipos leves, com 14h38min21s de atraso para ‘Chaleco’ e Vinagre.

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